Mais um triunfo natural do Sporting. Os campeões nacionais foram sempre superiores e empurraram o Arouca para a sua grande área durante maior parte do tempo e venceram por 3-0, com golos dos suspeitos do costume, Pedro Gonçalves e Viktor Gyökeres, mas também de Trincão. O resultado acabou por não ser mais elevado porque os lisboetas sentiram algumas dificuldades perante o bloco baixo dos homens da casa, mas a questão do vencedor nunca esteve verdadeiramente em causa.
Só podia dar “leão”
O jogo começou com uma boa oportunidade para o Arouca, falhada por Jason, logo no primeiro minuto, mas a partir daqui só deu Sporting, com um sufoco ofensivo que o Arouca encarou da única forma que conseguia, recuando par a sua grande área. Gyökeres ia fazendo miséria, Trincão ia desequilibrando e foi num lance do extremo da direita que surgiu o golo inaugural, por Pedro Gonçalves, de cabeça. E só dava “leão”.
O segundo tempo até começou com ameaça de alguma reacção dos homens da casa, mas foi apenas isso. O Sporting passou a aproveitar bem as subidas mais regulares dos arouquenses, aproveitando Gyökeres para ir ameaçando, e Mamadou Loum até fez autogolo aos 62 minutos, na sua estreia pelo Arouca, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo de Nuno Santos. Porém, o segundo apareceria mesmo aos 73 minutos, por Gyökeres, de penálti. Jogo resolvido, confirmado por Trincão.
[ Total superioridade do “leão” ]
O Jogo em 5 Factos
1. Incrível Gyökeres
O sueco está imparável e ficou na retina um lance aos 21 minutos, em que surgiu na esquerda, entrou na área e passou por toda a gente, antes de perder o lance. Nesta jogada, Gyökeres tentou quatro dribles e completou-os todos… quatro (!) – parecem três no mapa abaixo, mas uma “bolinha” está por cima de outra.
2. Precisão no passe vertical
Não é muito habitual ver equipas a este nível com uma qualidade no passe vertical como o Sporting mostrou neste jogo, em especial na primeira parte. Os “leões” chegaram a ter 92% de eficácia nestes lances, chegando ao descanso com 90%.
3. Vazio ofensivo do Arouca
Os homens da casa ameaçaram reagir no arranque do segundo tempo, mas foi sol de pouca dura. Entre os minutos 50 e 79, os homens da casa não realizaram qualquer remate, enquanto o “leão” contabilizou seis.
4. Facilidade para entrar na área
O Sporting esteve sempre em cima da grande área do Arouca, entrando nesta zona decisiva do terreno por 54 vezes. Os da casa não passaram das 4.
5. “Leão”, o rei do drible
Trincão (6) foi o principal contribuidor para este número, seguido de Gyökeres (5). O Sporting completou 17 das 22 tentativas de drible, igualando o que o Famalicão fizeram na primeira jornada ante o Benfica.
MVP GoalPoint: Francisco Trincão
A melhor exibição do extremo esta temporada. Já se tinha percebido que Trincão vinha com a mesma embalagem que apresentou na segunda metade de 2023/24 e confirmou nesta partida, com um GoalPoint Rating de 9.0. Na contabilidade fica um golo, uma assistência em três passes para finalização, quatro remates, somente dois passes falhados em 26, oito acções com bola na área contrária e seis dribles completos em oito tentados (valores mais altos). Sofreu o máximo de faltas (4), duas em zona de perigo.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Arouca
Nico Mantl 6.2
O guarda-redes alemão sofreu três golos, mas não por sua culpa. Esteve muito atento e terminou como o melhor do Arouca, com quatro defesas e três lançamentos longos eficazes.
Destaques do Sporting
Daniel Bragança 7.6
O médio espalhou classe. Na vaga de Morita, o português esteve sempre num nível elevadíssimo, terminando com uma assistência em três passes para finalização e o máximo de recuperações de posse (7).
Viktor Gyökeres 7.6
O sueco estava a ter algumas dificuldades face ao acentuado recuo do Arouca, mas foi sempre disruptivo – num só lance da primeira parte tentou quatro dribles e teve sucesso em todos, terminando com cinco completos em seis. Gyökeres fez um golo de penálti, recebeu 17 passes progressivos (máximo), somou 18 acções com bola na área contrária (também valor mais alto) e arrasou nas conduções, com seis progressivas e cinco super progressivas.
Gonçalo Inácio 6.5
Que jogo do central no passe. Inácio completou 91 das 96 entregas (máximos), incluindo sete de oito logos e realizou nove progressivos. Somou o valor mais alto de acções com bola (106) e teria registado uma nota mais alta não tivesse desperdiçado uma ocasião flagrante.
Nuno Santos 6.3
De volta em pleno após lesão, Nuno Santos deu muita energia ao flanco esquerdo, com três passes para finalização e seis cruzamentos, um deles eficaz.
Debast 6.3
Esteve bem o central belga, em especial no passe, com 95% de eficácia (81 em 85) e nove passes progressivos e três super progressivos.
Maxi Araújo 5.9
Estreia do uruguaio com atitude. Entrou aos 78 minutos e acumulou quatro recuperações de posse, duas intercepções e só falhou um de 11 passes.
Pedro Gonçalves 5.7
Mais um golo para “Pote”, embora desta feita a exibição tenha sido mais discreta. Foi o mais rematador do jogo, com sete disparos, mas apenas um enquadrado, o do golo. Criou uma ocasião flagrante em quatro passes para finalização (máximo) e recebeu nove passes progressivos. Desperdiçou uma ocasião flagrante.