Benfica: anemia em Vila das Aves com “recordes” e alertas

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O empate do Benfica na Vila das Aves foi uma das surpresas da 14ª jornada da Liga. Após uma primeira parte de controlo, a “águia” desapareceu no segundo tempo, coincidindo em especial com a saída de Leandro Barreiro do meio-campo à hora de jogo, e até ao fim foi vê-la sofrer para evitar o empate do AVS, que acabou por acontecer no último instante. Pelo caminho, a formação de Bruno Lage deixou um rastro de recordes pouco abonatórios que confirmaram sinais que já haviam ficado da recepção ao Vitória minhoto.

Sem qualidade no drible

A formação da Luz tentou o drible em 34 momentos, novo registo máximo da equipa no campeonato, e falhou 21 deles, igualando o valor mais elevado da prova, que já pertencia a Famalicão, Estoril Praia e Rio ave.

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Perdas de posse em zona proibida

Um dos sintomas que nenhuma equipa gosta de apresentar é as perdas de posse no terço defensivo. O Benfica contabilizou 26, muito acima do seu anterior máximo de 16 e da média de dez por jogo que apresentava até ao momento. Só Jan-Niklas Beste, alemão que regressou à lateral-esquerda, perdeu oito, novo máximo de qualquer jogador na Liga até ao momento.

Fora do jogo e foras-de-jogo

Este é um dado que tem perseguido o Benfica ao longo da época. A turma “encarnada” cai muito em fora-de-jogo, na Vila das Aves foram mais três, chegando aos 60 na soma entre Liga e competições da UEFA. No campeonato, Pavlidis é o segundo jogado com mais “offfsides”, com 17, apenas batido pelos 26 (!) de Clayton Silva, do Rio Ave.

“Águia” sem asas para voar

Pelo ar o Benfica também esteve longe de brilhar. Neste jogo da 14ª jornada, as “águias” disputaram 19 duelos aéreos defensivos, o seu máximo na prova, e apenas venceram 32%, perdendo mais na sua grande área (como no lance do golo) do que fora desta.

São Trubin na baliza

O “assalto” avense a partir da hora de jogo foi tal que Anatoliy Trubin terminou o jogo com seis defesas. Ao todo, o ucraniano já leva 29 defesas na Primeira Liga 24/25, mais do que qualquer dos guardiões dos outros “grandes”, e com menos um jogo disputado. Tubin leva já três golos evitados (defesas – xSaves).

AVS aproveitou apagão benfiquista

Neste jogo, a má exibição benfiquista permitiu ao AVS alcançar vários máximos positivos no campeonato, algo que é pouco visto em embates frente a formações de maior valia individual. A reter:

  • O AVS enquadrou sete remates, valor mais alto da equipa na prova, sendo que os avenses tinham uma média de pouco menos de três por jogo.

[ Os 18 remates do AVS ante as “águias” ]

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  • A superioridade do AVS na segunda metade fica patente na grande quantidade de duelos individuais que a equipa de Daniel Ramos venceu. Foram 80 (contra 60 do Benfica), novo recorde dos avenses, que ganhavam, em média, 59 por partida.
  • A equipa de Vila das Aves registou também o seu máximo de acções defensivas no meio-campo contrário, fruto da pressão na etapa complementar, nada menos que 24 (a média da equipa era de 11).
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[ Todas as acções defensivas do AVS ]

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As análises são muitas, mas fica patente, pela coincidência de eventos e mudança de tendências, que a incapacidade do Benfica para travar o AVS e levar os três pontos para a Luz teve muito que ver com a inoperância benfiquista no meio-campo. Algo que se intensificou com a saída de Leandro Barreiro por volta da hora de jogo, altura em que os da casa pressionaram como quiseram e poderiam ter marcado mais cedo. Seja como for, estes são dados que ajudam na análise e no debate sobre os primeiros pontos perdidos por Bruno Lage neste regresso ao Benfica.

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