Benfica 🆚 Braga | Grande espectáculo na Luz apura águia

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Jogo empolgante no Estádio da Luz referente aos oitavos-de-final da Taça de Portugal, entre Benfica e Braga. Os “encarnados” levaram a melhor por 3-2, numa partida com cinco golos, reacções, uma reviravolta e tentos de belo efeito. Poucos foram os momentos parados neste desafio e o golo espreitou sempre junto das duas balizas, mas no final foram as “águias” a sorrir.

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Emoção do início ao fim

O Benfica começou melhor, pressionante, mas não demorou muito até o Braga assentar o seu jogo e criar perigo. Logo aos sete minutos, Víctor Gómez obrigou Trubin a uma enorme defesa, mas o ucraniano nada pôde fazer no canto subsequente, com Zalazar a rematar, a bola a sofrer um desvio em João Mário e a entrar.

O Braga passou a controlar as incidências e a cortar com grande competência as linhas de passe dos “encarnados”, impedindo que a construção dos homens da casa fosse efectiva. Contudo, o minuto 42. Orkun Kökçü descobriu Rafa, este isolou-se e não perdoou perante Lukáš Horníček. Os minhotos sentiram o toque e, dois minutos volvidos, grande golo de Arthur Cabral, a trabalhar bem sobre Serdar e a rematar forte por entre as pernas do guardião bracarense. Estava consumada a reviravolta.

O melhor ao intervalo era Rafa. O atacante benfiquista registava um GoalPoint Rating de 7.0, com um golo, cinco passes progressivos recebidos e dois dribles completos em três. De negativo três desarmes sofridos e três maus controlos de bola.  

O segundo tempo com um grande golo do Braga, de novo por Zalazar, a rematar muito colocado, com a bola a embater ainda na barra antes de entrar. Só dava Braga, só que aos 70 minutos, contra a corrente de jogo, Arthur Cabral fez uma assistência primorosa de calcanhar para um belo remate cruzado de Aursnes. Benfica de novo na frente e agora com o jogo mais tranquilo.

A entrada de Florentino permitiu a Neves e Kökçü subirem no terreno e receberem a bola sem a pressão dos médios contrários e os “encarnados” controlaram as incidências até final, garantindo, assim, a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal.

[ Benfica um pouco mais subido que o Braga ]

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MVP GoalPoint: Rodrigo Zalazar 👑

Na Liga foi “réu” frente ao Benfica, com um erro que redundou no golo que decidiu o jogo. Agora, na Luz, o uruguaio foi o melhor em campo, com dois golos, o segundo verdadeiramente espectacular. Com um GoalPoint Rating de 8.5, Zalazar foi o mais rematador do jogo, com seus disparos, cinco enquadrados, recuperou oito vezes a posse, fez quatro desarmes e três bloqueios de passe. Uma noite agridoce para o médio, que saiu derrotado.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

Arthur Cabral 8.2

O brasileiro convenceu finalmente a plateia da Luz, com uma exibição de gala a empolgar os adeptos. Primeiro marcou um grande golo, após deixar para trás Serdar, e na segunda parte fez uma assistência de calcanhar para o tento decisivo de Aursnes. Registou sete acções com bola na área contrária e completou as quatro tentativas de drible, ambos máximos.

Rafa Silva 6.9

O melhor elemento da primeira parte. Rafa fez um belo golo, ao seu jeito, isolando-se em grande velocidade. Terminou com oito passes progressivos recebidos e duas conduções super progressivas. Os três desarmes sofridos e os quatro maus controlos de bola afectam-lhe a nota.

Kökçü 6.8

Grande passe do turco para o empate de Rafa Silva. Kökçü enquadrou dois de três remates, criou uma ocasião flagrante e um passe de ruptura (ambos para a assistência), completou duas de três tentativas de drible e fez três intercepções.

Morato 6.7

Não lhe peçam para dar profundidade ao flanco esquerdo do Benfica, mas a verdade é que foi dele a assistência para o golo de Arthur. O brasileiro terminou com cinco desarmes, máximo a par de António Silva.

Otamendi 6.6

É verdade que falhou cinco passes de risco, o máximo do jogo, mas somou incríveis sete conduções progressivas e acumulou oito acções defensivas.

Aursnes 6.6

Belíssima partida do norueguês, coroada com um bom golo. Aursnes completou as duas tentativas de drible e fez oito recuperações de posse

João Neves 6.6

O pêndulo do costume. Neves acertou 58 dos 61 passes que fez (95%), acumulou o máximo de acções com bola (82), completou duas de três tentativas de drible, fez nove recuperações de posse, três desarmes e outras tantas intercepções.

António Silva 6.2

Bem pelo ar, com dois duelos aéreos defensivos ganhos em três, somou cinco desarmes. Arriscou pouco nas subidas no terreno.

Destaques do Braga

Horníček 6.3

O guardião checo teve de se aplicar e terminou o encontro com quatro defesas.

Ricardo Horta 6.0

Um dos mais esclarecidos dos minhotos, teve, no entanto, de se aplicar em tarefas defensivas, terminando com quatro desarmes e o máximo de acções defensivas no meio-campo contrário (5) e alívios (7).

Pedro Tudela
Pedro Tudela
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.