Inevitável. Após o 5-0 da primeira mão, o Benfica carimbou o que todos esperavam, a presença na final da Taça de Portugal, no Jamor, a 25 de Maio, onde irá encontrar o Sporting. Após uma primeira parte aborrecida, ainda assim com um golo, os “encarnados” aumentaram de ritmo no segundo tempo, criaram vários lances de perigo e ampliaram naturalmente a vantagem.
Superioridade total
A primeira parte não teve muito para contar. O Benfica esteve por cima, como lhe competia, mas de forma algo lenta e previsível, dada a vantagem na eliminatória. O Tirsense ia tentando atacar e conseguiu-o em algumas situações, mas sempre sem grande perigo. O golo benfiquista parecia mais ou menos uma inevitabilidade, mas só surgiu nos descontos, por António Silva, a desviar na pequena área um remate de Leandro Barreiro.
O Benfica melhorou na segunda parte, mais intenso e veloz, algo que se foi intensificando à medida que o Tirsense ia perdendo fulgor físico e vários jogadores das “águias” iam sendo lançadas, alguns para estreia, como João Veloso, Hugo Félix e André Gomes. Adrian Bajrami, albanês que fez dupla com António Silva no centro da defesa, ampliou e Andrea Belotti fez o 3-0, numa altura em que os visitantes já não passavam do seu meio-campo. Nos descontos, após canto, Leandro Barreiro fixou o 4-0 final.
[ Só deu Benfica ]
O Jogo em 5 Factos
1. Enorme superioridade na área
A diferença de escalão entre as duas equipas explica em grande parte este número. O Benfica alcançou as 59 acções com bola na área do Tirsense, com os visitantes a somarem apenas três.
2. Muitos remates da “águia”
A superioridade “encarnada” deu para isto. O Benfica registou 33 remates, 15 deles com passe de bola corrida, mas somente sete foram enquadrados.
3. Tirsense obrigou à variação
O recuo do Tirsense na Luz obrigou o Benfica a variar muito o centro de jogo. As “águias” realizaram nada menos que 23 variações de flanco.
4. Facilidade no drible
A formação da casa apostou e muito no drible. Foram, ao todo, 37, com 18 a terem sucesso.
5. Benfica instalado no último terço
A posse de bola “encarnada” foi ampla, com 66%, mas nada como olhar para o field tilt (posse no terço ofensivo) para atestar da superioridade benfiquista, com as “águias a registarem 83,9%.
MVP GoalPoint: Samuel Dahl 
Numa altura em que se noticia o interesse do Benfica em manter Samuel Dahl no clube em definitivo, o sueco aproveitou para ser titular e ser o melhor em campo na goleada benfiquista. O lateral-esquerdo não só ganhou 11 de 14 duelos individuais, como criou duas ocasiões flagrantes em excelentes sete passes para finalização, teve êxito em quatro de sete cruzamentos de bola corrida, completou duas de três tentativas de drible e sofreu quatro faltas. Não fosse uma ocasião flagrante falhada e a sua nota teria disparado.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Benfica
Adrian Bajrami 7.7
Muito bom jogo do central albanês de 23 anos. Bajrani não só se estreou a marcar pela equipa principal do Benfica, como acertou todos (!) os 91 passes que realizou, incluindo oito longos, fez dez passes progressivos, apresentou o máximo de acções com bola (105) e ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos.
Tiago Gouveia 7.4
Intenso, forte, mesmo estando ainda à procura dos melhores índices físicos. Gouveia fez uma assistência em três passes para finalização, registou um passe de ruptura e completou três de quatro tentativas de drible.
António Silva 7.3
O capitão “encarnado” neste jogo foi o melhor do primeiro tempo, tendo marcado já nos descontos (já era MVP desta fase antes de facturar). António Silva acertou 95% dos passes que realizou, incluindo nove de 11 longos, somou dez progressivos e sete conduções progressivas.
Leandro Barreiro 6.8
O internacional luxemburguês falhou duas ocasiões flagrantes e acertou no ferro, em cinco remates, mas redimiu-se ao cair do pano com o golo que fechou a contagem. Fez ainda uma assistência, errou somente três de 51 passes, acumulou sete acções com bola na área contrária e quatro acções defensivas no meio-campo contrário (máximo).
Gianluca Prestianni 6.5
O jovem argentino entrou aos 62 minutos para agitar com o jogo. O extremo esteve muito bem entrelinhas, movimentou-se bem e foi a tempo de criar duas ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização. Não errou nenhum dos 16 passes que realizou.
Bruma 6.4
O extremo nem sempre decidiu bem, mas não foi egoísta e criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização. Somou sete acções com bola na área do Tirsense e tentou oito vezes o drible, com sucesso em apenas três.
Andrea Belotti 6.4
Muito bem nas movimentações e posicionamento, o italiano marcou um bom golo, foi o mais rematador do desafio, com sete disparos, apenas dois enquadrados, mas falhou uma ocasião flagrante. Somou incríveis 17 acções com bola na área contrária e ganhou os quatro duelos aéreos ofensivos que disputou.
João Veloso 5.7
Entrada positiva e desinibida do jovem médio, em estreia pela equipa principal do Benfica. Veloso errou somente dois de 28 passes.
Destaques do Tirsense
Bernardo Mesquita 5.3
O jovem extremo de 22 anos foi o melhor do Tirsense, com destaque para dois dribles completos em quatro tentados e cinco recuperações de posse.
