g oleada em resposta à goleada. O Benfica esmagou o AVS por 6-0, na clara procura de melhorar a diferença entre golos marcados e sofridos, que poderá ser decisiva na luta pelo título. O Sporting não foi de modas e respondeu da mesma moeda, com uma “manita” na visita ao Boavista, num jogo com história previsível: Gyökeres arrancou uma exibição portentosa, marcou quatro golos e somou mais uma nota máxima no campeonato.
Esmagador sueco
Irresistível. O Sporting foi superior na primeira parte, o Boavista foi tentando responder com as suas armas, mas não tinha antídoto para Viktor Gyökeres. O sueco destroçou a defesa “axadrezada” com dois golos, o primeiro bem cedo, oportuno, o segundo numa “cavalgada” impressionante, flectindo da esquerda para a direita como é seu timbre para arrancar um pontapé fulminante, já em cima do intervalo. O “leão” foi para o descanso com 29 acções com bola na área contrária, 12 remates e três ocasiões flagrantes criadas.
E o mesmo continuou na segunda metade, com o sueco a chegar bem cedo ao “hat-trick”. O jogo estava decidido, faltando saber quantos mais golos aconteceriam, quantos do sueco e se este chegaria à nota máxima. E chegou mesmo. Primeiro rematou para defesa de Tomáš Vaclík, com Maxi Araújo a fazer o 4-0 na recarga. Gyökeres continuava à procura de mais golos, ameaçou e consumou o “poker” nos descontos, chegando aos 38 golos na Liga. Incrível.
[ O Boavista ainda tentou equilibrar… ]
O Jogo em 5 Factos
1. Muitas oportunidades
O Sporting fez cinco golos, mas mais poderiam ter acontecido. Como prova disso o facto de os “leões” terem criado oito ocasiões flagrantes, ficando a um do máximo da equipa e a dois do recorde da prova. Quatro deram golo.
2. Rating médio muito alto
Só a nota de Gyökeres dá logo um “boost” ao GoalPoint Rating médio dos jogadores do Sporting, mas a verdade é que houve outras boas exibições e a equipa registou um rating colectivo de 6.95, igualando o máximo leonino.
3. “Leão” instalado no último terço
O Sporting teve bem mais posse de bola (61%) que o Boavista, mas o que salta à vista é mesmo a posse no terço ofensivo, o “field tilt”. E aí a formação de Alvalade chegou aos 71%.
4. Ataques melhores que as defesas pelo ar
Um dado em que as duas equipas se equivaleram. Os ataques dos dois conjuntos estiveram melhor pelo ar do que as defesas. O Boavista ganhou sete de nove duelos aéreos ofensivos, o Sporting ganhou cinco e seis.
5. Pontaria leonina
O Sporting fez 23 remates no total e enquadrou 12 deles, ficando a apenas um do registo máximo da equipa na competição.
MVP GoalPoint: Viktor Gyökeres 
Palavras para quê? O sueco é um “jogo dentro do próprio jogo”, tanta é a diferença de capacidade em relação a todos os outros intérpretes. Gyökeres fez um “poker”, destroçando um Boavista que até poderia ter armas para incomodar o “leão”, mas não capacidade para travar o ponta-de-lança. Gyö igualou o máximo de remates na Liga (10), que pertencia ao colega de equipa Daniel Bragança), fixou novo recorde de enquadrados (7), de disparos dentro da área (9) e de Golos Esperados (xG), com 2,7. E ainda registou 19 passes progressivos recebidos e 18 acções com bola na área contrária. Sem “tecto”, Viktor teria registado 11,02. E tudo com duas ocasiões flagrantes desperdiçadas.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Boavista
Tomáš Vaclík 7.6
Pouco havia a fazer mais para o guardião checo. Foram cinco golos sofridos, mas sete defesas e três a travarem ocasiões flagrantes.
Rodrigo Abascal 5.4
A nota não é elevada, mas Abascal esteve bem. Além de oito passes progressivos e três super progressivos, o central acumulou 11 acções defensivas, com destaque para três desarmes, dois bloqueios de remate e um corte decisivo.
Destaques do Sporting
Maxi Araújo 8.9
Estupendo jogo do ala uruguaio. Maxi fez um golo, uma assistência em três passes para finalização, ganhou oito de 11 duelos individuais e registou oito acções defensivas, quatro no meio-campo contrário, com realce para seis desarmes (máximo).
Francisco Trincão x.x
Mais uma exibição de grande nível, também ela ofuscada pelo que fez Gyökeres. Trincão enquadrou dois de três remates (falhou uma ocasião flagrante), somou duas assistências em oito passes para finalização (valor mais alto), assinou 12 passes progressivos e três super progressivos e foi dos mais activos na partida, com 84 acções com bola.
Eduardo Quaresma 7.6
Partida sólida do central, que errou somente um de 64 passes. Quaresma registou o máximo de acções com bola (86), completou três das quatro tentativas de drible, ganhou 12 de 18 duelos (máximos) e foi o jogador com mais acções defensivas (15), com destaque para os desarmes (5).
Zeno Debast 6.7
Até pode dar-se pouco por ele, mas o belga está sempre presente e activo. Debast somou cinco acções defensivas e três recuperações de posse.
Gonçalo Inácio 6.4
Pouco activo em termos defensivos, Inácio esteve, ainda assim, muito bem no passe, com uma ocasião flagrante criada, oito passes progressivos e três super progressivos.
Hidemasa Morita 6.1
Regressado à equipa, o japonês entrou aos 69 minutos para acertar a totalidade dos 22 passes que realizou, fazer um passe de ruptura e criar uma ocasião flagrante de golo.
