Club Brugge 🆚 Sporting | Leão sem ideias agudiza crise

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Evão quatro derrotas seguidas para o Sporting de João Pereira. Em Brugges, tal como em Moreira de Cónegos, os “leões” até voltaram a ver-se cedo em vantagem, com uma boa entrada no jogo, mas aos poucos – e com várias infelicidades pelo meio – permitiram que a turma da casa crescesse e chegasse ao empate ainda na primeira parte. Depois, num segundo tempo adormecido, o Sporting foi incapaz de criar perigo e viu o Club Brugge dar a volta ao marcador e chegar à vitória, num jogo em que até se ver em desvantagem o Sporting só tinha feito um remate na direcção do alvo (o do golo de Catamo). Nova derrota, contas mais complicadas na Champions e crise cada vez mais agudizada em Alvalade.

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“Leão” sempre a decrescer

Apesar de um contratempo ainda antes de começar, com Gonçalo Inácio a lesionar-se no aquecimento, o Sporting entrou com tudo e marcou cedo. Gyokeres desmarcou Maxi Araújo, o uruguaio atirou ao poste, mas, na recarga, Catamo não perdoou. Nos minutos que se seguiram a turma de João Pereira continuou por cima, subida no terreno, mas aos poucos foi perdendo o domínio, ao ponto de se deixar empatar, num lance infeliz de Eduardo Quaresma. As infelicidades não se ficaram por aí, com Quaresma a sair lesionado e ensanguentado ainda antes do intervalo. Os “leões” até tiveram mais bola e mais remates nos primeiros 45 minutos, mas depois do empate os belgas foram os mais perigosos, chegando com facilidade (e frequência) à área leonina.

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A primeira parte teve dez minutos de compensação, devido às inúmeras paragens, e o segundo tempo começou num ritmo lento e sem grande pressão alta de parte a parte. Mas, uma vez mais, o Club Brugge foi tomando conta do jogo face a um Sporting incapaz de criar perigo ou, sequer, rematar. João Pereira tardou em mexer na equipa e só aos 81 minutos o fez, para trocar Maxi Araújo por Ricardo Esgaio. Logo a seguir o Club Brugge marcou, com Vanaken a isolar o recém-entrado Nielsen, que não perdoou. Só depois disso o Sporting foi capaz de rematar na segunda parte, mas sem perigo. Muito pouco, demasiado tarde.

[ O “leão” até jogou bem subido no terreno ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Apenas dois remates enquadrados

O Sporting ficou-se pelos dois remates enquadrados: o primeiro foi o do golo de Geny Catamo, na recarga, com a baliza à sua mercê, a um disparo de Maxi Araújo ao poste, e o segundo surgiu já bem perto do fim, quando a equipa já perdia, por Trincão, sem perigo. E esse foi mesmo o único remate do Sporting nos segundos 45 minutos.

2. Pouca pressão

Num jogo em que a pressão alta não foi uma arma de parte a parte, o Sporting ficou-se pelas cinco acções defensivas no meio-campo contrário.

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3. Mínimo de desarmes

O Sporting nunca tinha feito tão poucos desarmes num jogo desta edição da Liga dos Campeões como nesta visita à Bélgica: apenas cinco. O Brugge somou 20…

4. Clara desvantagem nos duelos

Também a nível dos duelos ganhos o Sporting somou um novo mínimo na prova. Ficou-se pelos 30, quando a média da equipa até aqui rondava os 53. Também neste detalhe a vantagem do Club Burgge foi clara, com a turma belga a chegar aos 43.

5. Precisão no passe não valeu de muito

O Sporting terminou o jogo com quase 92% de precisão de passe, bem melhor do que o adversário. Os “leões” bateram mesmo o seu máximo de passes e de passes acertados na competição, mas não serviu de muito. 

MVP GoalPoint: Hans Vanaken 👑

O capitão do Club Brugge pautou todo o jogo da sua equipa a partir do meio-campo, desmontando por várias vezes, com a sua qualidade de passe, a defesa do Sporting. Fez a assistência para o golo da vitória, numa das duas oportunidades flagrantes que criou, e terminou o jogo com 55 passes acertados em 61 tentados. Sempre disponível para ter a bola, também ajudou a defender, com três desarmes e duas acções defensivas no meio-campo adversário.

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Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Club Brugge

Casper Nielsen 6.5

Saltou do banco para decidir o jogo, não desperdiçando a oportunidade que lhe surgiu para fazer o 2-1 no único remate que desferiu e, depois, ainda ajudou a defender e a segurar a vantagem, com um desarme e um passe interceptado.

Joel Ordóñez 6.1

O central internacional equatoriano foi quem mais acções defensivas totalizou no encontro. Foram oito, incluindo duas intercepções, três alívios e dois remates bloqueados.

Destaques do Sporting

Viktor Gyökeres 6.2

O avançado sueco ficou em branco, mas ainda assim foi o melhor do lado do Sporting, com uma ocasião flagrante criada e um total de três passes para finalização. Tentou o drible por oito vezes, mas apenas em três foi bem sucedido. 

Morten Hjulmand 6.2

O capitão dos “leões” tentou empurrar a equipa para a frente, mostrando-se bastante bem no capítulo do passe, falhando apenas três dos 53 que tentou. Ganhou três dos cinco duelos que travou e ainda somou três intercepções.

João Simões 5.7

O “miúdo” não comprometeu, apesar de o Sporting ter acabado derrotado. Alinhou os 90 minutos e só falhou dois dos 51 passes que tentou. Não se escondeu, totalizando 64 acções no jogo e três recuperações de bola.

Franco Israel 5.6

O guarda-redes uruguaio voltou à baliza do Sporting e não teve culpas nos golos sofridos, tendo até adiado o segundo golo dos belgas com uma grande defesa a negar uma grande oportunidade ao Club Brugge em cima do intervalo.

Geny Catamo 5.5

Apareceu no sítio certo para marcar, cedo, o golo do Sporting, mas só completou dois dos seis dribles que tentou e foi de longe o jogador que mais perdas de posse teve ao longo do encontro (16).

Maxi Araújo 5.4

O uruguaio esteve no lance do primeiro golo, com o remate ao poste que originou a recarga de Catamo e foi o jogador dos “leões” que mais duelos ganhou (seis em dez disputados). Foi o que mais faltas sofreu no jogo (três), mas também o que mais faltas cometeu (outras três).

Francisco Trincão 4.5

Parece ter perdido muita da confiança com que jogava sob as ordens de Ruben Amorim. Até foi dele o outro único remate do Sporting na direcção do alvo no segundo tempo, mesmo ao cair do pano, mas sem perigo, e só ganhou um dos sete duelos que travou, além de ter perdido por dez vezes a posse de bola, não completando nenhum dos três dribles que tentou. 

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