Estrela 🆚 Sporting | Gyökeres deixa leão Felicíssimo

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Triunfo categórico do Sporting ante o Estrela da Amadora por 3-0, num jogo em que foi complicado aos de Alvalade chegarem ao primeiro golo, mas depois tudo se tornou mais fácil, em especial ante uma equipa que jogou muito tempo com apenas dez jogadores e terminou ainda reduzido a nove. Gyökeres fez uma enorme exibição, bisou de penálti e carregou um “leão” que teve também em Eduardo Felicíssimo uma das figuras.

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Penáltis ajudaram, mas superioridade foi total

Aos seis minutos já o Sporting tinha uma ocasião flagrante falhada por Gyökeres, logo aos 32 segundos, e um remate na barra por Matheus Reis. O domínio leonino era total, com muita presença no último terço, mas o Estrela ia aguentando a pressão com muita concentração defensiva. Aos 34 minutos, porém, Guilherme Montóia viu o segundo amarelo e deixou os homens da Reboleira reduzido a dez elementos. A vida ficou mais facilitada para os de Alvalade, mas o primeiro golo apenas surgiu após o descanso.

Alan Ruiz fez penálti sobre Diomande e Gyökeres aproveitou para fazer o 1-0 aos 52 minutos, da marca dos 11 metros. O Sporting continuava a não criar perigo em grande quantidade, mas limitava grandemente a construção do Estrela, sendo que, aos 75 minutos, permitia apenas 3,5 PPDA (Passes por Acção Defensiva) aos homens da casa, que assim raramente conseguiam chegar a zonas mais adiantadas. Não espantou, portanto, o 2-0 aos 81 minutos, num excelente golo de Quenda, o seu segundo na Liga, após grande trabalho de Gyökeres. Estava feito, mas ainda houve tempo para o bis do sueco, de novo de penálti, que sofreu falta de Rúben Lima (expulso).

[ Grande adiantamento do Sporting em ccampo ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Estrela manietado

O Sporting não deu grandes hipóteses ao Estrela da Amadora. Os “leões” permitiram somente 3,5 passes aos anfitriões até realizarem uma acção defensiva, impedindo os da Reboleira de chegarem à frente. Não espanta, por isso, que os amadorenses tenham terminado sem qualquer remate enquadrado.

2. Sem necessitar de driblar

O Sporting conseguiu construir sem grande recurso ao drible e, perante o recuo do Estrela, também não teve muito espaço no último terço para o tentar com regularidade. Os “leões” registaram, por isso, mínimos da época na Liga em dribles tentados (12) e completos (4)

3. Solidez no primeiro terço

A quase inexistente pressão do Estrela ajuda a explicar este número, mas não deixa de ser relevante e muito positivo para o Sporting. A formação leonina perdeu somente três posses no terço defensivo, novo mínimo da equipa na Liga.

4. Sporting faltoso

Muitas vezes os treinadores queixam-se quando as suas equipas fazem poucas faltas, denotando assim pouca agressividade. O Sporting não se pode queixar disso neste jogo, pois realizou 18 infracções, valor mais alto da equipa nesta Liga.

4. “Superavit”, mas…

O Sporting fez três tentos em 2,2 Golos Esperados (xG), um saldo positivo na eficiência na finalização. Porém, tinha criado apenas 0,99 xG até aos 60 minutos e, bom 1,6 xG criados nos dois penáltis, sobra “meio golo” (0,6) criado de bola corrida. Já vimos mais por parte do “leão”.

MVP GoalPoint: Viktor Gyökeres 👑

Mais um jogo extraordinário do sueco. Apesar de os dois golos de Gyökeres terem acontecido de grande penalidade (o que tem menos peso nos ratings em comparação com outros lances), a nota final do ponta-de-lança é extraordinária. Viktor enquadrou os quatro remates que realizou, fez uma assistência em seis passes para finalização (máximo), recebeu 23 passes progressivos e somou 13 acções com bola na área contrária (ambos valores mais altos) e sofreu falta para penálti. Os cinco desarmes sofridos e a ocasião flagrante falhada tiram-lhe a nota 10.0.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Estrela

Ferro 6.8

Excelente jogo do central estrelista, obrigado a muito trabalho. Ferro ganhou nove dos dez duelos que disputou, incluindo os dois que teve com Gyökeres e os três com Quenda, e terminou com o máximo de desarmes (6) e de alívios (7).

Destaques do Sporting

Quenda 6.7

O extremo leonino fez um grande golo, o seu segundo na Liga, criou uma ocasião flagrante, registou um dos máximos de recuperações de posse (7), mas a que desperdiçou impede-o de ter uma nota ainda mais elevada.

Felicíssimo 6.6

Jogo discreto “a olho” do jovem médio, que terminou, contudo, com bons números defensivos. Destaque para cinco recuperações de posse, quatro desarmes e três intercepções, bem como o máximo de acções defensivas no meio-campo contrário. Ganhou dez de 13 duelos.

Quaresma 6.6

Jogo sólido do central, que falhou somente dois de 65 passes. Quaresma foi o jogador com mais acções com bola (78) e recuperações de posse (7, a par de Quenda), ganhou os cinco duelos que disputou e ainda registou três conduções progressivas.

Debast 6.4

O belga é um pêndulo, dando muita consistência e equilíbrio ao meio-campo. Debast ganhou seis de nove duelos, somou dois passes para finalização e seis progressivos.

Diomande 6.0

O costa-marfinenses sofreu falta para a primeira grande penalidade do Sporting, registou o máximo de conduções progressivas (4) e ganhou três de seis duelos aéreos defensivos.

Trincão 6.0

Jogo mais discreto do extremo, mas ainda assim positivo, com destaque para dois passes super progressivos e cinco acções defensivas.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.