ESTE foi um dos piores jogos da história do EURO. Sem sal, com escassas ocasiões de golo, só valeu pela festa que os eslovenos fizeram após o apito final, celebrando um merecido apuramento para os oitavos-de-final. Os “três leões” voltaram a miar, são um conjunto de jogadores sem um padrão de jogo, previsível e sem qualquer rasgo de criatividade. Pouco, muito pouco para uma selecção que tem nos seus quadros jogadores do quilate de Declan Rice, Bukayo Saka, Harry Kane, Phil Foden, Juden Bellingham…
Suplício sem fim…
Uma espécie de… suplício. Não ficará nos livros da história a primeira parte desta partida. Jogada quase sempre em velocidade de cruzeiro, escassearam os momentos de perigo e os poucos que ocorreram aconteceram nos últimos dez minutos: Oblak agarrou com segurança um livre cobrado por Foden, e Gallagher e Kane ficaram a centímetros de desviar um centro de Trippier. A Eslovénia demonstrou uma excelente organização defensiva, mas foi pouco esclarecida nas missões de ataque. E enganem-se, a etapa final não foi melhor, manteve a bitola, péssima, medíocre, basta escolherem o adjectivo. Para uma selecção que tem alguns dos melhores jogadores, a Inglaterra tem a obrigação de jogar o triplo daquilo que faz, já a Eslovénia foi uma equipa organizada, que não arriscou, mas que soube contornar as armas do opositor, assegurou o empate e carimbou uma inédita presença nos oitavos-de-final como um dos quatro melhores terceiros classificados.
[ Inglaterra foi a que jogou pior em zonas mais adiantadas… ]
O Jogo em 5 Factos
Ratings envergonhados – Nenhum dos 22 em campo na primeira parte obteve um rating superior a 6.0. Os elementos com melhor avaliação neste período foram Petar Stojanović (5.9) e Phil Foden (5.7).
Passes de risco – Os ingleses desperdiçaram 13 tentativas e os eslovenos 17.
Sem acerto – A Inglaterra finalizou o encontro com 12 remates, sendo que apenas quatro tenham sido enquadrados – golos esperados (xG) de 0,9. Já os eslovenos realizaram apenas quatro “tiros” ao alvo – um enquadrado – golos esperados (xG) de 0,1.
Suspense – Eslovénia e Dinamarca acabaram empatadas em todos os critérios de desempate, incluindo o número de cartões recebidos. O que acabou por desempatar foi o melhor desempenho na fase de classificação, que acabou por pender para o lado nórdico. Desta forma, a Croácia está matematicamente fora da prova.
Jude Bellingham – Mais vítima dos problemas colectivos do que réu, a verdade é que o jovem craque não tem deslumbrado neste EURO, com a excepção da estreia diante da Sérvia. Saiu com um rating de 5.0. Não registou nenhuma acção ofensiva, falhou oito dos 57 passes feitos (eficácia de 86%), atingiu as 69 acções com a bola – sete na área contrária -, venceu dois duelos, perdeu cinco, consentiu dois desarmes e acumulou 16 perdas de bola.
MVP GoalPoint: Timi Elšnik 
Jogo competente do médio que se destacou com uma eficácia de 91% nos 22 passes que fez, carimbou 33 acções com a bola, venceu quatro duelos, perdeu um, atingiu as oito acções defensivas, entre as quais quatro desarmes – máximo na partida – e um corte decisivo. Por tudo isto, Elšnik foi o MVP com um rating de 6.6.
