O jogo até começou difícil para o Sporting, com o Nacional a dar muito boa conta de si, a criar perigo e a marcar. Porém, os momentos dos golos leoninos e a eficácia tremenda da formação de Rúben Amorim ditaram leis, em especial no segundo tempo, altura em que os lisboetas marcaram por quatro vezes.
Segunda parte diabólica
Que bela primeira parte na Choupana. Houve mais Sporting, como se esperava, mas muito Nacional nos contra-ataques, a criar perigo, pelo que as equipas chegaram ao intervalo com o mesmo número de remates, de enquadrados e com os insulares a registarem mais Golos Esperados (1,2 xG). Ainda assim, o “leão” chegou a esta fase em vantagem, beneficiando da melhor qualidade dos seus executantes.
No segundo tempo, o Sporting “abriu o ketchup”, com mais quatro golos, jogadas de belo efeito e grande eficácia ofensiva, num verdadeiro festival dos homens da frente. Isto em apenas 2,6 xG, pelo que registou um saldo positivo de 3,4.
[ Sporting instalado no meio-campo contrário ]
O Jogo em 5 Factos
1. Nacional perigoso na primeira parte
O Sporting ganhava ao intervalo com dois golos marcados em apenas 0,4 Expected Goals (xG), mas o Nacional foi mais perigoso no primeiro tempo, com 1,2 xG e vários lances de apuro na área leonina.
2. “Leão” destacado na eficácia
A segunda parte mudou tudo, com o Sporting a apresentar níveis de eficácia extraordinários. Foram mais 2,2 xG e mais quatro tentos, terminando com 2,6 e um saldo positivo entre marcados e esperados de 34 novo recorde da Liga.
3. Facilidade em entrar na área
O “leão” terminou o jogo com 34 acções com bola na área contrária, mais 20 do que na primeira parte e mais 23 que o Nacional, que não passou das 11.
4. Inácio “mestre” do passe… e não só
A nota final do central leonino não foi por aí além (5.9), muito por culpa das poucas acções defensivas (6) que foi obrigado a realizar. Porém, brilhou no passe, com 91 certos em 95 tentados, 14 passes progressivos e ainda 105 acções com bola, tudo máximos.
5. Sem duelos aéreos ofensivos
Um evento pouco usual. O Sporting atacou muito, mas pelo chão, pelo que terminou a partida sem qualquer duelo aéreo ofensivo disputado.
MVP GoalPoint: Pedro Gonçalves
Que jogão de “Pote”, a continuar assim arrisca-se a abafar por completo os números da época de estreia em Alvalade. O melhor em campo fez um golo, duas assistências, seis passes para finalização e sete progressivos. Não fossem os três dribles consentidos e a nota poderia ter “batido no tecto”.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Nacional
Nigel Thomas 6.7
A melhor unidade do Nacional, autor do golo da formação insular. O extremo fez ainda dois passes para finalização.
Matheus Dias 5.4
O autor da assistência foi o central brasileiro, através de um magnífico passe de ruptura. Matheus fixou o máximo de acções defensivas (12) e de desarmes (5, todas na primeira parte), mas cometeu um erro num dos golos leoninos.
Destaques do Sporting
Viktor Gyökeres 9.1
O sueco está a voltar ao “normal”. Autor de dois golos, um de penálti, outro numa “bomba”, o atacante poderia ter marcado mais, mas desperdiçou duas ocasiões flagrantes. Destaque ainda para três passes para finalização, 14 passes progressivos recebidos e 13 acções na área madeirense.
Trincão 7.6
O extremo pegou onde tinha deixado na época passada. Ou seja, está em grande forma. Mais dois golos, seis remates, três dribles completos em cinco e duas conduções super progressivas.
Daniel Bragança 7.5
Classe. É isso mesmo que o médio sportinguista demonstra em campo. Na Choupana voltou a estar a um nível muito alto, com um golo, uma assistência e 51 passes certos em 54.
Quenda 7.0
O jovem extremo não abranda e voltou a estar em destaque. Nesta partida fez três passes para finalização, completou as duas tentativas de drible e sofreu falta para grande penalidade.