P elo terceiro jogo consecutivo (em quatro sob as ordens de Martín Anselmi), o Porto esteve a perder, evitou a derrota (o argentino segue sem perder), mas não conseguiu ganhar. Na recepção à Roma, os “dragões” somaram o terceiro empate seguido, num jogo em que não criaram lances de perigo na primeira parte e sofreram à beira do intervalo. Empataram a meio do segundo tempo, por Francisco Moura, e depois de se verem em superioridade numérica (Cristante foi expulso nos italianos) encostaram o adversário à sua área, mas foram incapazes de voltar a marcar.
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Segunda parte corrigiu passividade da primeira
A primeira parte foi dividida e com poucas ocasiões de golo… até a Roma marcar, em cima do intervalo. Os italianos estiveram ligeiramente por cima, mais subidos no terreno, mas sem arriscarem muito. O FC Porto mostrava-se mais recuado e sem pressionar alto. Os “dragões” até tiveram mais posse de bola, mas não foram além dos dois remates (nenhum deles enquadrados) e das nove acções na grande área contrária, acabando por se ver em desvantagem já para lá do minuto 45.
A segunda parte começou com a primeira ocasião de golo para o Porto, desperdiçada por Francisco Moura, mas depressa retomou a toada do primeiro tempo. Diogo Costa evitou o segundo da Roma e, logo a seguir, Francisco Moura redimiu-se e empatou, num lance iniciado pelo guarda-redes dos “azuis-e-brancos”. Depois a Roma ficou reduzida a dez e o Porto instalou-se no meio-campo contrário em busca da vitória, mas apesar de ter terminado a partida com 12 remates, mais nenhum voltou a levar a direcção da baliza e até foi a Roma a terminar com mais disparos e mais acções na grande área adversária.
[ No final houve equilíbrio nos posicionamentos médios ]
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O Jogo em 5 Factos
1. Muitos cruzamentos, pouca eficácia
O Porto apostou nos cruzamentos para a área, sobretudo depois de se ver em superioridade numérica, ao ponto de bater, de longe, o seu anterior máximo de cruzamentos num jogo nesta Liga Europa. Foram 25, quando a sua média por jogo até aqui na prova era de 13,1. Preocupante é o facto de, desses 25, apenas cinco terem chegado ao destino.
2. Dragão dominador nos duelos
Não foi por os seus jogadores não se mostrarem combativos que o FC Porto somou mais um jogo sem ganhar. Os “dragões” foram claramente mais fortes nos duelos, ganhando 68, contra 38 da Roma (a turma italiana ainda não tinha ganho tão poucos duelos num jogo da Liga Europa até à data esta época).
3. Muitos passes de risco falhados
O Porto não esteve particularmente mal no capítulo do passe, com uma eficácia de quase 86%. Porém, errou o dobro dos passes de risco em comparação com a Roma, terminando a partida com 28. Porém, apenas dois a partir da hora de jogo.
4. Roma soube resistir
O Porto encostou a Roma à sua grande área a partir do momento em que se viu em superioridade numérica, embora sem conseguir criar lances de muito perigo. A defesa transalpina respondeu a essa pressão com um total de 30 alívios, o seu máximo na prova esta temporada.
5. Poucas faltas, muitos cartões
Num jogo em que o número de faltas nem foi exagerado (24), ao todo foram 11 os cartões exibidos pelo árbitro da partida. Oito para a Roma (que totalizou 16 faltas), três para o FC Porto, que se ficou pelas oito. Só um jogo nesta edição da Liga Europa (entre Lyon e Eintracht Frankfurt) teve mais cartões (12).
MVP GoalPoint: Zeki Çelik ![👑](https://goalpoint.pt/wp-content/plugins/compressed-emoji/images/svg/1f451.svg)
O autor do golo da Roma também cumpriu no seu papel de central, com quatro alívios, dois remates bloqueados e duas intercepções. Foi o seu primeiro tento ao serviço dos romanos.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Porto
Nehuén Pérez 6.2
Foi o jogador com melhor rating no Porto e com mais acções defensivas em todo o jogo. Foram 12, no total, entre elas oito alívios. Ganhou sete dos 11 duelos que travou, impondo-se também pelo ar.
Alan Varela 6.0
O médio argentino dos “dragões” só falhou dois passes enquanto esteve em campo e apenas perdeu um duelo em sete. A defender contribuiu ainda com cinco desarmes (máximo do jogo) e duas intercepções.
Diogo Costa 5.6
Três defesas, uma delas a evitar o golo numa ocasião flagrante da Roma, e três passes longos acertados, um dos quais decisivo no lance do golo do Porto.
Otávio 5.6
Voltou à equipa após cumprir castigo frente ao Sporting e não esteve feliz no passe, falhando 15, sobretudo por ter sido quem mais passes longos tentou na partida (15, dos quais acertou quatro). Ninguém perdeu tantas bolas como ele (16), mas compensou com três desarmes, num total de oito acções defensivas até ser substituído, aos 72 minutos.
Gonçalo Borges 5.6
Foi quem mais remates fez no jogo (quatro), mas nenhum levou a direção da baliza. Forte no drible, completou quatro dos cinco que tentou e totalizou oito conduções progressivas (igualou máximo da prova) num jogo em que mais ninguém somou mais do que duas. Tentou nove cruzamentos, dois chegaram ao destino.
Francisco Moura 5.5
Foram dele os dois únicos remates do Porto na direcção da baliza: o do golo, e outro a abrir a segunda parte. Perdeu três vezes a bola no terço defensivo, mas compensou com quatro alívios. Só um dos seis cruzamentos que tentou encontrou um colega.
Samu 4.3
Jogo complicado para o espanhol, que voltou a ficar em branco e não fez qualquer remate. Teve o segundo pior rating no jogo (apenas João Mário ficou atrás) e só ganhou cinco dos 14 duelos que travou.
Destaques do Roma
Evan Ndicka 5.8
O defesa costa-marfinense terminou a partida com sete alívios (ninguém fez mais do lado da Roma) e não perdeu qualquer duelo aéreo defensivo.
Artem Dovbyk 5.8
Fez três passes para remate e, num jogo em que não foram muita as acções nas grandes áreas adversárias, foi quem liderou nesse capítulo, com seis.