S em Gyökeres, que ficou a descansar para a deslocação ao Dragão, o Sporting derrotou o Farense em casa por 3-1. Fresneda, Diomande e Harder sentenciaram uma partida na qual os algarvios ainda tentaram esboçar uma reacção, mas que se viram obrigados a recuar perante as investidas “verde-e-brancas”.
“Leão” derruba “leão”
O Sporting dominou a primeira parte do jogo contra o Farense, chegando ao intervalo com uma vantagem de 2-1. Os “leões” controlaram 66% da posse de bola, registando oito remates, dos quais quatro foram enquadrados, enquanto os algarvios, mais recuados, enquadraram apenas um dos quatro disparos que efectuaram. Iván Fresneda abriu o activo aos 11 minutos, a surgir muito bem em zona de finalização, e Diomande ampliou aos 26, após um canto de Trincão, reflectindo o domínio leonino. O Farense, que não deitou “a toalha ao chão”, conseguiu reduzir nos descontos da primeira parte, com Lucas Áfrico a marcar aos 45+2’, mantendo o jogo em aberto.
Na segunda parte o Farense tentou aproveitar o nervosismo inicial do Sporting, mas cedo os da casa meteram um travão às intenções algarvias, dobrando o número de acções defensivas no meio-campo adversário (13) em relação à primeira parte (6). A equipa “verde-e-branca” foi mantendo a posse de bola (68%), recorrendo maioritariamente ao drible (sem muito sucesso) para tentar penetrar a defesa algarvia, não correndo riscos desnecessários no passe. Foram tentando colocar Velho em sentido com vários remates de fora da área (7 nesta fase, 12 no total), mas o golo da confirmação chegaria apenas aos 88′ por intermédio de Harder, numa bela finalização com o peito após jogada de Matheus Reis pela esquerda.
[ mapa de passes ]
O Jogo em 5 Factos
1. “Leão” não engana “leão”
Os 24 dribles sem sucesso dos “leões” da capital são um novo máximo negativo na Liga, com a equipa a tentar 34 vezes estes lances.
[ A azul os poucos dribles completos do Sporting, nenhum no flanco esquerdo ]
2. Mas “leão” tenta enganar “leão”
Os “leões” do Algarve, por seu turno, igualaram o seu máximo de dribles tentados (25), mas também só tiveram êxito em oito.
3. Jogo Limpo
As oito faltas cometidas pelos algarvios é um novo mínimo da equipa na Liga, isto apesar de terem enfrentado 34 tentativas de drible da equipa “verde-e-branca”, não vendo qualquer cartão amarelo.
4. Arriscar no remate…
Os 12 remates de fora da área por parte do Sporting são o segundo registo mais alto da Liga (atrás dos 14 também do Sporting frente ao Casa Pia). Demonstrativo das dificuldades sportinquistas para encontrar momentos de finalização com qualidade dentro da área.
5. … mas não arriscar no passe
O Sporting igualou o seu mínimo de passes falhados na Liga (43), terceiro melhor registo na geral. Num total de 577 entregas, o “leão” de Alvalade teve acerto em 93%, pelo que não foi por aqui que a o líder do campeonato sentiu dificuldades.
MVP GoalPoint: Conrad Harder
O dinamarquês trabalhou muito para fazer esquecer Gyökeres, assistiu Fresneda depois de um bom trabalho sobre o defesa adversário, numa das três ocasiões de remate que criou. Em igualdade com Trincão foi o mais rematador da partida (5), curiosamente acabaria por sentenciar o jogo nos minutos finais da partida numa remate de… peito.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Sporting
Maxi Araújo 7.5
Fundamental não só a levar o Sporting para a frente, como também a travar qualquer tentativa do Farense de se aproximar da zona defensiva do Sporting (máximo de acções defensivas leoninas – 12). Os 12 passes progressivos são o máximo na partida, bem como os cinco desarmes efectuados (em igualdade com o algarvio Paulo Victor só que com 100% de eficácia).
Iván Fresneda 6.7
Desbloqueou o marcador a pisar terrenos que já tinha pisado em partidas anteriores, mas desta vez com sucesso. Tem feito por justificar a aposta de Rui Borges. Certinho, falhou apenas um passe (longo) em 53 tentados, isto sem evitar algum risco, dois passes longos com sucesso, bem como quatro passes progressivos.
Trincão 6.5
Saiu desgastado já perto do fim depois de uma partida onde tentou ser o principal agitador. As 11 tentativas de drible foram um máximo na partida, bem como os quatro bem sucedidos (no entanto os sete sem sucesso entram directamente para o segundo pior registo da Liga). Embora empatado (com Harder), liderou também em remates (5), dois deles enquadrados, e duelos disputados (16). É dele o canto para o golo de Diomande.
Diomande 6.5
Exibição personalizada do central da Costa do Marfim. Apenas um passe falhado em 82 tentados, apesar dos sete passes longos e nove passes progressivos. Foi de longe o jogador que maior distância ganhou em condução (227), tendo efectuado duas conduções progressivas. Marcou de cabeça na sequência de um canto convertido por Trincão.
G. Quenda 6.4
Começou o jogo à esquerda, teve algumas dificuldades no primeiro tempo, mas acabou por ser importante na manobra ofensiva da equipa no decorrer da segunda parte, sobretudo com movimentos de fora para dentro. Juntamente com Trincão deu muitas dores de cabeça aos laterais algarvios, tendo completado três de cinco tentativas de drible.
Destaques do Farense
L. Africo 6.9
Foi juntamente com o colega de defesa Moreno o jogador que mais acções defensivas realizou na partida (15), tendo tido o máximo de alívios na partida (10). Tentou que a turma de Faro saísse com alguma critério, tendo efectuado oito passes progressivos, máximo da sua equipa. Finalizou de cabeça, à ponta-de-lança, após trabalho na esquerda de Baldé, obrigando os “leões” de Lisboa a manter o foco na partida.
M. Moreno 6.4
Igualou Áfrico na quantidade de acções defensivas (15), tendo sido o jogador da partida que mais remates bloqueou (três). Juntamente com o colega de equipa Tomané ganhou nove duelos, máximo da partida.
Elves Baldé 5.2
O guineense formado no Sporting foi o elemento mais perigoso do ataque do Farense. É dele que nasce o golo dos algarvios, numa bela incursão pela esquerda a culminar num cruzamento com conta, peso e medida para Áfrico. Foi o algarvio que progrediu mais metros em condução (119m). Com três conduções progressivas (apenas atrás de Quenda com cinco), uma delas super progressiva e com seis dribles tentados (apenas atrás de Trincão com 11) tentou incomodar os “verde-e-brancos”.