Toulouse 🆚 Benfica | Águia sobrevive a amasso graças a Trubin

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Que sofrimento “encarnado”. O Benfica voltou a não saber lidar com o futebol intenso do Toulouse e, não fosse alguma sorte e a qualidade de Trubin, talvez estivéssemos agora a falar do afastamento da formação lusa. Os gauleses começaram melhor a primeira parte, o Benfica acabou essa fase por cima, mas na etapa final praticamente só houve uma equipa perigosa, a gaulesa, dando ideia de que se esta equipa tivesse um pouco mais de qualidade, as “águias” estariam agora a lamentar o seu destino.

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Sufoco na segunda parte

O Toulouse, em desvantagem, entrou ao ataque, com posse, intensidade e as primeira situações de golo, mas também com alguma falta de sorte, perdendo, na primeira meia-hora, dois jogadores por lesão, Moussa Diarra e Mikkel Desler. A primeira grande ocasião do Benfica surgiu aos 24 minutos, quando Ángel Di María desviou um cruzamento de Bah, mas a bola saiu rente ao poste direito da baliza de Guillaume Restes. Isto numa fase em que as “águias” já haviam refreado os ânimos gauleses. E nos descontos, António Silva, isolado na grande área, permitiu a defesa do guardião contrário.

Os melhores em campo ao intervalo eram os dois guarda-redes, com vantagem para o francês Guillaume Restes, que registava um GoalPoint Rating de 5.9, fruto de uma defesa, a tal perante António Silva. Trubin registava 5.8 e duas “paradas”.

O Toulouse voltou a entrar muito melhor no segundo tempo, com diversas ocasiões de golo, a melhor num cabeceamento de Stijn Spierings com 0,5 Golos Esperados (xG). Os “encarnados” não conseguiam controlar os acontecimentos a meio-campo e o golo anfitrião começava a parecer uma questão de tempo. Aos 65 minutos foi Dalinga a cabecear ao poste e, logo a seguir, de novo Spierings a desperdiçar um golo feito, este de 0,6 xG, graças a grande intervenção de Trubin.

Schmidt compreendeu-o e tirou Neres para colocar Aursnes no “miolo”, com a ideia de travar este sector dos homens da casa. E a verdade é que os portugueses conseguiram reequilibrar um pouco as operações. Aursnes que, aos 84 minutos, tentou um “golo olímpico”, num chapéu de meio-campo, mas a bola saiu um pouco ao lado.

O perigo maior continuava a vir dos homens da casa e Trubin, nos descontos, voltou a brilhar, a defender um grande remate de Vincent Sierro. O ucraniano segurou a formação lusa na Liga Europa com ambas as mãos.

[ Benfica quase sempre encolhido em Toulouse ]

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MVP GoalPoint: Vincent Sierro 👑

O médio suíço foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.4. Sierro foi o mais rematador do encontro, com cinco disparos, três enquadrados, criou uma ocasião flagrante de golo e acumulou 12 acções defensivas (quatro no meio-campo contrário), com destaque para quatro desarmes, três intercepções e outros tantos bloqueios de passe. 

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Toulouse

Warren Kamanzi 6.7

O norueguês entrou à meia-hora para o lugar do azarado Desler e foi um problema para o Benfica, pois acumulou três passes para finalização, errou apenas duas de 36 entregas e ainda realizou quatro desarmes.

Aron Dønnum 6.7

Outro norueguês a brilhar. Dønnum criou uma ocasião flagrante, mas também desperdiçou uma, destacando-se ainda com três dribles completos em cinco, quatro conduções progressivas e outras tantas acções defensivas no meio-campo defensivo.

Stijn Spierings 6.4

O médio neerlandês teve uma boa nota, apesar de ter desperdiçado duas ocasiões flagrantes. Destaque para uma flagrante criada, quatro duelos aéreos ganhos em quatro e o máximo de recuperações de posse (14) e desarmes (7).

Destaques do Benfica

Anatoliy Trubin 6.9

São Trubin. O guarda-redes do Benfica fartou-se defender, terminando com seis “paradas” e um golo evitado (defesas – xSaves).

Otamendi 6.4

Noite de muito trabalho para o central, que esteve sempre muito atento, ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e fez oito alívios.

João Neves 6.3

O jogo foi difícil para o jovem, pelos tristes motivos que se conhecem, mas Neves esteve à altura com uma bela exibição, onde se destacam 12 recuperações de posse, cinco desarmes, três intercepções e cinco acções defensivas no meio-campo contrário.

António Silva 5.4

O central teve nos pés o 1-0 no final da primeira parte, mas desperdiçou a ocasião flagrante. Esteve muito bem no passe, com 66 certos em 71 e 84 acções com bola.

David Neres 5.4

O brasileiro teve alguns (muitos) furos abaixo do que conseguiu frente ao Vizela, com destaque apenas para três dribles completos em quatro tentados.

Álvaro Carreras 4.3

O espanhol entrou ao intervalo para o lugar de Morato, que estava a sentir grandes dificuldades, mas a verdade é que nada melhorou no futebol do Benfica, terminando com o pior rating da noite e o máximo de passes de risco falhados (8).

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.