A França tem desiludido neste EURO 2024. Ante a já eliminada Polónia, os gauleses não foram além de um empate a uma bola, apesar de terem dominado e atacado bem mais que os polacos. Duas grandes penalidades, convertidas por Kylian Mbappé e Robert Lewandowski, decidiram o jogo. Com este resultado, a França terminou no segundo lugar do Grupo D e, se a lógica imperar, poderá apanhar Portugal nos quartos-de-final.
Desinspiração atacante
Fraquinha a exibição da França ante a já eliminada Polónia. Já com Mbappé de início, os gauleses criaram muitos lances de ataque e chegaram ao intervalo com 26 acções com bola na área contrária, contra apenas quatro da formação polaca. Contudo, a Polónia só tinha menos dois disparos tentados (8-6) e enquadrados (4-2) que os franceses. A pressão gaulesa prosseguiu no segundo tempo e deu frutos aos56 minutos, num penálti convertido por Mbappé, o seu primeiro golo em Europeus. Só que a Polónia respondeu, de grande penalidade, convertida por Robert Lewandowski (79′).
[ França sempre muito mais ofensiva ]
O Jogo em 5 Factos
Várias ocasiões flagrantes – Apesar do 1-1 final, este jogo teve sete ocasiões flagrantes, terceiro valor mais alto da prova. As duas grandes penalidade tiveram peso grande.
Muitos dribles certos – Este foi também o segundo jogo do EURO – a par do Polónia-Países Baixos – com mais dribles completos, nada menos que 21. Só a França conseguiu 14, também segundo número mais alto entre as equipas em prova, atrás da Croácia (16) frente à Albânia.
Muitas acções na área polaca – A primeira metade (26) já apontava para que este máximo fosse batido. A França sentiu facilidades para entrar na área polaca e terminou o jogo com 55 acções com bola nesta zona, mais 11 do que os Países Baixos conseguiram frente a este mesmo adversário – que pelos vistos é muito permeável. Ao invés, a Polónia só somou sete na área francesa, segundo valor mais baixo.
Será que a máscara tem mira? – Kylian Mbappé regressou à equipa após a lesão no nariz e com uma máscara protectora. Coincidência ou não, o atacante fez o seu primeiro golo em EUROs e estabeleceu o máximo de remates enquadrados nesta edição, cinco (em seis tentados). Ah, e completou seis (de oito) tentativas de drible, máximo do certame a par de Jérémy Doku frente à Eslováquia.
Só a França pressionou – A pressão ofensiva da França foi sustentada por 15 acções defensivas no meio-campo contrário, mais do dobro do que realizou a Polónia.
MVP GoalPoint: Łukasz Skorupski
Enorme jogo do guarda-redes que é habitual suplente neste selecção polaca. Skorupski foi, a par da desinspiração francesa, o grande responsável por este empate, terminando o encontro com sete defesas, seis a remates na sua grande área (um dos máximos da prova), evitou praticamente três golos feitos, mais concretamente 2,7 (defesas – xSaves) e travou três ocasiões flagrantes. Foi o MVP com um GoalPoint Rating de 8.8.