Olympiacos 🆚 Braga | Tragédia grega dos minhotos em Atenas

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correu mal a visita do Braga ao mui português Olympiacos. A primeira parte nem foi má, os lusos criaram as melhores situações de golo, mas quem não marca, arrisca-se a passar um mau bocado. Os gregos marcaram em cima do intervalo, através de um autogolo, e o momento desse tento desnorteou os minhotos, que se desorganizaram defensivamente na etapa complementar. Esta foi a primeira derrota de sempre dos bracarenses em solo grego.

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Segunda parte deita tudo a perder

O Braga até fez uma boa primeira parte frente ao detentor da Conference League. Os “guerreiros” até criaram os lances mais perigosos, com destaque para momentos de Bruma (6′), Roberto Fernández (22′) e Ricardo Horta (38′), a desperdiçarem ocasiões flagrantes, e ao intervalo os Golos Esperados (1,1 xG) mostravam que só o Braga deveria estar na frente. Porém, ao cair do pano, um remate de Ayoub El Kaabi originou um autogolo de João Ferreira.

No segundo tempo tudo se complicou ainda mais, com Santiago Hezze e Ayoub El Kaabi a aproveitarem o desnorte da defesa bracarense para ampliarem a contagem. Os minhotos carregavam o ónus de terem desperdiçado muitas ocasiões flagrantes, de verem os gregos apresentarem uma eficácia superior e o seu guarda-redes Kostas Tzolakis estar especialmente inspirado.

[ Pelo posicionamento médio dos jogadores nem dá para acreditar no resultado ]

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O Jogo em 5 Factos

1. Desperdício minhoto

Zero golos quando pelo menos um devia ter entrado. O Braga acabou com 1,3 Golos Esperados (xG), mas o desperdício foi total, ainda para mais tendo em conta que os “guerreiros” criaram quatro ocasiões flagrantes e falharam-nas todas.

2. Braga sem pedalada para pressão grega

O desacerto luso, em especial na segunda parte, deu-se em grande medida pela incapacidade de lidar com a pressão grega e ultrapassar essas dificuldades. O Olympiacos, aliás, terminou o jogo com 28 acções defensivas no meio-campo contrário, novo máximo da prova em 24/25.

[ As zonas de pressão gregas sobre o Braga ]

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3. Atenienses eficazes

Além de erros próprios, o Braga teve de lidar com a eficácia contrária. Foram três golos em apenas 1,1 xG, pelo que os gregos registaram um “superavit” de 1,9, segundo valor mais elevado desta competição

4. Portugueses em grande

O Olympiacos tem um extenso lote de jogadores portugueses. David Carmo foi o melhor entre eles, com 7.1, graças a cinco duelos aéreos defensivos ganhos em seis e dez acções defensivas, entre elas um corte decisivo. Costinha também esteve intratável, com rating de 6.8 graças a a incríveis 15 acções defensivas, com destaque para cinco desarmes e quatro intercepções.

5. Arrey-Mbi sólido

Bright Arrey-Mbi foi o melhor do Braga, com 6.4. O central ganhou três dos quatro duelos aéreos defensivos e realizou nove alívios, máximo do jogo.

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MVP GoalPoint: Kostas Tzolakis 👑

Estupendo o guarda-redes do Olympiacos. Tzolakis terminou o jogo com cinco defesas, todas a remates na sua grande área, três a travar ocasiões flagrantes, e evitou 2,1 golos (defesas – xSaves), novo máximo da Liga Europa. 

Outros Ratings 🔺🔻

Publicaremos aqui a análise dos desempenhos individuais mais relevantes de ambas as equipas.
Volte daqui a pouco, obrigado!

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.