Monaco 🆚 Benfica | Arte grega no Louis II vale vitória magra

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Uma finalização de enorme classe de Vangelis Pavlidis valeu ao Benfica um precioso triunfo no Stade Louis II. As “águias” levam assim uma pequena vantagem para o jogo da segunda mão, frente a um Monaco que terminou reduzido a dez, tal como havia sucedido quando a equipas se tinham defrontado no mesmo palco em Novembro. Após uma primeira parte dividida, Pavlidis confirmou, a abrir a segunda, o bom momento que atravessa, marcando pelo quarto jogo consecutivo – leva oito nos últimos seis jogos. Logo a seguir os monegascos viram Al Musrati ser expulso, mas o Benfica não conseguiu dilatar a vantagem, apesar de muito tentar.

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Vitória escassa para tanta superioridade

A primeira parte começou com um remate perigoso para cada lado, mas só perto do intervalo o perigo voltou a rondar uma das balizas. Muitos passes falhados (apenas 72% de eficácia para as águias, 77% para o Monaco), poucas acções defensivas no meio-campo contrário e poucas acções com bola nas grandes áreas de parte a parte, com as duas equipas algo recuadas e preocupadas sobretudo em não sofrer. O Monaco teve mais bola, mas o Benfica ameaçou por duas vezes perto do descanso.

As águias acabaram o primeiro tempo por cima e confirmaram esse ascendente a abrir o segundo tempo. Carreras ameaçou mais uma vez e Pavlidis marcou, com enorme classe, após lance de Tomás Araújo. Logo a seguir, Al Musrati viu o segundo amarelo, por protestos, e em vantagem numérica as “águias” partiram em busca de mais golos, terminando a partida com nada mais, nada menos do que 39 acções na grande área adversária e 23 remates (seis dos quais enquadrados), mas não conseguiram voltar a marcar.

[ Otamendi (30) forte nas ligações de passe ]

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[ A análise de Bruno Francisco à vitória do Benfica ]

O Jogo em 5 Factos

1. Benfica com novo máximo de remates na prova

Após terminar a primeira parte com seis remates, o Benfica acabou o jogo com 23 disparos (embora apenas seis tenham levado a direcção da baliza). A média das “águias” nesta Champions até à data era de 13 remates por jogo. 

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2. Recorde de acções na grande área adversária

Também no que toca a acções na grande área adversária o Benfica bateu o seu máximo na presente edição da prova, muito por culpa do caudal ofensivo a partir do momento em que se viu em superioridade numérica. Foram, no total, 39 acções na grande área do Monaco, traduzidas em apenas um golo, apesar dos 2,2 xG.

3. Poucos passes de risco falhados

Ao contrário do que sucedeu em alguns dos jogos mais recentes, com vários dissabores pelo meio, desta feita o Benfica foi mais cauteloso nos passes de risco e falhou apenas 18. Ainda não tinha falhado tão poucos num jogo desta edição da Liga dos Campeões.

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4. “Águia” forte pelo ar 

Este foi um jogo de muitos duelos aéreos defensivos para o Benfica. Foram, ao todo, 23 (o número mais alto num jogo das “águias” na prova até à data) e a equipa de Bruno Lage ganhou 70% desse duelos. Também no ataque o Benfica se superiorizou pelo ar, vencendo 56% dos duelos.

5. Novo máximo também nas intercepções

Num jogo em que superou os seus números na prova até aqui em vários capítulos, o Benfica terminou a partida com um total de 17 intercepções. A média, até aqui, era de 12,1 por jogo.

MVP GoalPoint: Radosław Majecki 👑

O guarda-redes do Monaco foi um dos responsáveis por o Benfica não ter saído do Monaco com uma vitória mais dilatada. Terminou a partida com cinco defesas e evitou um golo que parecia certo de Pavlidis.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Monaco

Golovin 6.2

Jogador do Monaco com mais passes progressivos recebidos (11), foi dos que mais dores de cabeça deu à defesa do Benfica, completando todas as três tentativas de drible que ensaiou e servindo os colegas para três remates.

Thilo Kehrer 5.9

O alemão foi o jogador (a par de Florentino e Salisu) com mais acções defensivas no encontro, num total de 12, com destaque para quatro alívios e três remates bloqueados. Contudo, deixou-se driblar três vezes, duas delas no terço defensivo.

Destaques do Benfica

Florentino 6.7

Foi o jogador do Benfica com melhor rating. Esteve 67 minutos em campo – viu amarelo e vai falhar a partida da segunda mão – e foi um dos jogadores com mais acções defensivas (12, cinco das quais no meio-campo contrário), o que registou mais intercepções (5), mais desarmes (4) e mais duelos travados (16, dos quais ganhou 9). A tudo isso juntou ainda oito recuperações de bola e 89% de eficácia no passe.

Orkun Kökçü 6.3

Jogador com mais acções no encontro (89), o médio turco foi quem mais bolas recuperou no jogo (11), um dos que mais metros progrediu com a bola nos pés (128) e destacou-se ainda com nove passes progressivos.

Kerem Aktürkoğlu 6.3

Pareceu não dar muito nas vistas, mas a verdade é que serviu os colegas para seis remates e esteve sempre disponível para o jogo, com 12 passes progressivos recebidos.

António Silva 6.2

Sete duelos aéreos ganhos em dez disputados, uns impressionantes dez alívios e 94% de eficácia no passe para o defesa-central português.

Otamendi 6.2

Tal como o colega do centro da defesa, mostrou-se forte pelo ar, perdendo apenas dois duelos aéreos dos oito que travou. Num total de 11 acções defensivas, destaque para seis alívios e três intercepções.

Vangelis Pavlidis 6.1

O grego voltou a marcar, e com grande classe, mas desperdiçou duas ocasiões flagrantes e só ganhou dois dos sete duelos que travou no encontro.

Álvaro Carreras 5.8

O espanhol foi o jogador que mais rematou no encontro, com quatro disparos. Ao seu estilo, foi o que mais metros progrediu com bola (148) e a defender contribuiu com nove recuperações, dois desarmes e dois cruzamentos interceptados, mas ganhou apenas cinco duelos em 13.

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