O Benfica venceu na visita ao Arouca por 2-0 e aproximou-se do Sporting na tabela, estando agora a cinco pontos dos “leões” e com um jogo a menos. Contudo, o triunfo “encarnado” foi mais complicado do que o resultado pode fazer transparecer. Os arouquenses foram incómodos e perigosos no primeiro tempo e só através de um autogolo os visitantes inauguraram o marcador. No segundo tempo o Benfica criou muitos lances, mas falhou três ocasiões flagrantes (todas por Pavlidis) e só de Penálti, cobrado por Di María, conseguiu tranquilizar-se.
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-Ratings](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-Ratings.jpg)
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-90m](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-90m.jpg)
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-xG](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-xG.jpg)
Mais difícil do que aparenta
O Benfica chegou ao intervalo em vantagem, mas a tarefa não foi nada fácil. Não só o tento “encarnado” surgiu de um autogolo de José Fontán, como os lisboetas apenas remataram pela primeira vez somente aos 22 minutos, dez volvidos após o golo. Ao invés, o Arouca foi criando perigo, viu Trubin evitar o tento anfitrião ao travar um chapéu e houve ainda uma bola a roçar o poste esquerdo benfiquista. A superioridade da “águia” esteve apenas nas acções com bola na área contrária, aí sim com uma diferença assinalável.
Os primeiros minutos do segundo tempo foram repartidos, com o Arouca a tentar reagir à desvantagem, mas sensivelmente a partir dos 65 minutos, o Benfica passou a pressionar muito e criou uma grande quantidade de ocasiões para marcar, falhando muito na finalização. Só que Nico Mantl fez falta sobre Leandro Barreiro na grande área e as “águias” ampliaram de penálti por Di María. Nesta fase já os lisboetas controlavam em absoluto o jogo e o Arouca pouco ou nada conseguiu fazer para o contrariar.
[ Otamendi (30) e Tomás Araújo (44) em muitas ligações de passe ]
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-pass-network](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-Benfica-Primeira-Liga-202425-pass-network.jpg)
O Jogo em 5 Factos
1. Muitas acções na área, em especial no 2º tempo
Na primeira parte o Benfica acumulou 12 acções com bola na área contrária, mas terminou com 32, juntando as 20 do segundo tempo, altura em que as “águias” criaram mais perigo. O Arouca ficou-se pelas 13.
2. Aposta no passe longo
Talvez resguardando-se do esforço despendido no Mónaco, o Benfica esteve grandes períodos mais na expectativa do que assumindo o ataque, com especial incidência no primeiro tempo. Talvez por isso tenha apostado bastante nos passes longos, tendo contabilizado 54 (com eficácia em precisamente metade), igualando o máximo da equipa na Liga – a média era de 38 até este jogo.
[ Os passes longos do Benfica ]
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-v-Benfica-AWAY-passes-long-line](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-v-Benfica-AWAY-passes-long-line.png)
3. Cruzamentos em vão
Este foi um jogo em que os cruzamentos de bola corrida fora quase todos em vão. Ao todo registaram-se 22, dos quais 13 do Arouca e nove do Benfica, e apenas três foram eficazes (2-1).
4. Arouca de pontaria afinada… de longe
Os arouquenses podem orgulhar-se de terem causado muitos problemas ao Benfica, ao ponto de terem enquadrado cinco dos seus 12 remates, algo que é máximo da equipa na Liga (a média era de 2,4). As dificuldades anfitriãs em entrarem na área benfiquista ficam demonstradas pelos dez remates de fora da área (em 12).
![GoalPoint-2024-12-01-Arouca-v-Benfica-HOME-shots-default-line](https://goalpoint.pt/wp-content/uploads/2024/12/GoalPoint-2024-12-01-Arouca-v-Benfica-HOME-shots-default-line.png)
5. Vangelis de música desafinada
O grego do Benfica, Vangelis Pavlidis, esteve tudo menos inspirado na finalização. O ponta-de-lança rematou três vezes, todas para ocasião flagrante e falhou-as todas, igualando o máximo de perdidas nesta Liga (junto a outros três jogadores).
MVP GoalPoint: Anatoliy Trubin ![👑](https://goalpoint.pt/wp-content/plugins/compressed-emoji/images/svg/1f451.svg)
Mais uma prova das dificuldades que o Benfica sentiu. O Arouca rematou 12 vezes, enquadrou cinco, e obrigou Trubin a aplicar-se. O ucraniano não cometeu qualquer erro, registou cinco defesas (uma delas a travar uma ocasião flagrante) que garantiram 1,3 golos evitados (defesas – xSaves).
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Arouca
Jason 6.2
O irrequieto espanhol foi no que mais perturbou a defesa benfiquista. Jason rematou três vezes, criou duas ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização e completou duas de quatro tentativas de drible.
Nico Mantl 6.0
Uma palavra para o guarda-redes alemão do Arouca. Mantl fez grande penalidade e isso afecta-lhe a nota, mas não apaga uma grande exibição global. Ao todo fez sete defesas, três a negar ocasiões flagrantes (todas a Pavlidis) e evitou 1,7 golos (defesas – xSaves).
Destaques do Benfica
Tiago Araújo 7.3
Grande jogo do central benfiquista, a defender, a atacar, a organizar. Araújo criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, acertou oito de 15 passes longos, fez dez progressivos e dois super progressivos e ainda nove recuperações de posse.
Alexander Bah 7.0
O dinamarquês esteve muito bem, em especial nos momentos defensivos. Além de ter ganho oito de 12 duelos, Bah acumulou nove acções defensivas, com destaque para quatro no meio-campo adversário e três desarmes.
Ángel Di Maria 6.9
Desta vez o argentino não esteve tão exuberante – e é natural, visto o que fez no Mónaco -, mas voltou a ser decisivo. Não só fez golo de penálti como enquadrou os seus dois remates, completou cinco de sete tentativas de drible (máximos) e registou três bloqueios de passe/cruzamento.
Florentino 6.3
Voltou a estar em todo o lado e voltou a realizar cortes importantes. Com apenas um passe falhado em 33, Florentino acumulou o máximo de desarmes (5).
Otamendi 6.2
Seguro e muito atento, o argentino somou o máximo de acções com bola (87), ganhou três de cinco duelos aéreos e acumulou 11 acções defensivas, com destaque para dois bloqueios de remate.
Aursnes 6.1
O norueguês foi o pêndulo do costume. Tacticamente irrepreensível, Aursnes criou uma ocasião flagrante e realizou quatro acções defensivas no meio-campo contrário.
Pavlidis 5.6
O que salva de certa forma a nota do grego foi o facto de ter enquadrado os três remates que realizou e acumulado nove acções com bola na área contrária. As três ocasiões flagrantes marcam, contudo, a exibição do atacante.
Jogador x.x
xxx