Benfica 🆚 Arouca | Chapa cinco na “last dance” de Rafa na Luz

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OBenfica cilindrou o surpreendente Arouca na “last dance” de Rafa Silva de águia ao peito no Estádio da Luz. O avançado liderou a “manita” benfiquista com mais uma exibição superlativa preenchida com dois golos, uma assistência, uma ocasião flagrante desperdiçada e detalhes que vão deixar saudades aos adeptos “encarnados”. O ataque móvel desenhado por Roger Schmidt funcionou em pleno e derrubou a estratégia arouquense com velocidade, bons momentos de futebol e cinco golos. Di María inaugurou a contenda, Kökçü fez o segundo, Rafa bisou e ainda assistiu Tengstedt para a “chapa cinco”. Apesar das boas intenções, a formação visitante foi um alvo fácil e apenas aos 81 minutos enquadrou o primeiro remate no alvo de Trubin. 

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Rolo compressor “encarnado” arrasa arouquenses

Minuto 42. Aursnes flectiu pelo corredor direito, assistiu Rafa e o camisola 27, no jogo de despedida no Estádio da Luz, disparou um “míssil” e apontou um golaço. O “tribunal” benfiquista “veio a baixo”…

Numa das melhores exibições desta temporada, o Benfica vencia e convencia diante do Arouca – a equipa sensação desta época –, felino a contornar a pressão alta do opositor e esclarecido com a bola. Os anfitriões construíram um volume considerável de situações perigosas neste primeiro período, não obstante a aposta num ataque móvel face às ausências dos lesionados Arthur Cabral e Marcos Leonardo – Casper Tengstedt e o jovem da equipa B, João Rêgo, iniciaram o duelo no banco. Di María abriu a contagem da marca dos 11 metros e Kokçu imitou o argentino e dilatou a vantagem. Os arouquenses saíram de cena para os balneários com apenas um remate, obra e graça de Sylla aos 40 minutos.

Com total liberdade de movimentos, ora surgindo no espaço entrelinhas, ora caindo para o corredor direito, Orkun Kökçü foi a unidade em foco com dois remates, um golo (o sexto na prova), recebeu cinco passes progressivos, atingiu as 23 acções com a bola, pecando nos seis passes que falhou. Por tudo isto, tinha ao intervalo um GoalPoint Rating de 6.6.

Se a equipa de Daniel Sousa ainda acalentava esperanças de poder reentrar, rapidamente estas se dissiparam. Rafa, sempre ele, assinou um golaço e igualou Pizzi e Simão com 94 tiros certeiros de águia ao peito! Insaciáveis, os “encarnados” continuaram em busca de mais, João Mário falhou aquilo que parecia impossível e foi anulado por escassos centímetros um chapéu orquestrado por Di Mariía (58’). Até que aos 77 minutos, Casper Tengstedt carimbou a manita na primeira vez que tocou no esférico. Rafa fez a assistência (12.ª na prova) e igualou Pedro Gonçalves.

A seis minutos dos 90, os 49.364 espectadores que se deslocaram na tarde desde domingo ao Estádio da Luz levaram-se e gritaram em uníssimo o nome de Rafa Silva. O camisola 27 foi substituído por João Rêgo – jovem que ainda deixou alguns detalhes da imensa qualidade que tem. Numa época que ficou aquém das expectativas, o Benfica fecha esta edição do campeonato sem derrotas em casa, somando 15 triunfos e dois empates em 17 duelos, algo que não ocorria desde 2016/17, altura em que Rui Vitória era o timoneiro. O Arouca, que vinha de seis jornadas consecutivas a pontuar, sofreu a derrota mais pesada da época. 

[ Jogo equilibrado nos posicionamentos médios ]

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MVP GoalPoint: Rafa Silva 👑

A grande figura dos “encarnados” – tem 22 golos em todas as competições igualando o melhor registo da carreira (14 na Liga) -, principalmente nas duas últimas temporadas, está em final de contrato e está de saída a custo zero. Na última partida que realizou em casa, saiu na mó de cima com mais uma exibição portentosa com quatro remates, dois golos, uma ocasião flagrante desperdiçada, uma assistência, 26 acções com a bola (sete na área contrária), foi eficaz em quatro dos sete dribles tentados, recebeu nove passes progressivos e caiu na armadilhada do fora-de-jogo em três ocasiões. O MVP deste encontro obteve um GoalPoint Rating de 8.6.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Benfica

Otamendi 7.1

Exibição serena e segura do capitão com uma eficácia de 91% no capítulo dos passes (cinco falhados em 56 tentados), quatro recuperações de posse, cinco perdas e 11 acções defensivas.

João Neves 7.1

Parece que não sabe jogar mal. Sempre ligado à corrente, destacou-se com três remates, seis passes progressivos, 88 acções com a bola (oito na área contrária), oito recuperações de posse (máximo no duelo), 12 perdas, cinco acções defensivas, pecando apenas nos três passes de risco falhados.

Casper Tengstedt 6.7

Lançado aos 75′, precisou de poucos segundos para apontar o quatro golo da temporada. Ao todo acumulou um remate, oito passes recebidos e 11 acções com a bola.

Orkun Kökçü 6.7

Mais adiantado no terreno, começa a demonstrar a imensa qualidade que tem. Neste domingo, registou três remates, um golo, 38 acções com a bola, venceu três duelos, perdeu quatro, chegou às 13 perdas da posse e sofreu dois desarmes.

Fredrik Aursnes 6.6

Responsável por uma assistência, três passes longos eficazes em cinco tentados, quatro acções com a bola na área contrária, cinco duelos vencidos, sete perdidos, sete recuperações de posse e 12 perdas.

Florentino 6.0

De regresso ao “onze”, imprimiu solidez ao “miolo” com três passes progressivos, 52 acções com a bola, quatro duelos conquistados, dois perdidos, seis recuperações de posse, cinco perdas e oito acções defensivas.

Di María 6.0

Não marcava para a Liga desde Fevereiro, abriu o “placard”, totalizou dois remates, seis passes falhados em 22 (eficácia de 73%), quatro acções com a bola na área contrária, levou a melhor seis duelos, perdeu três e atingiu as 14 perdas de bola.

Álvaro Carreras 6.0

Começou a partida com algumas falhas – 14 passes desperdiçados (cinco foram de risco) -, mas serenou com a passagem dos minutos e concluiu a partida com uma assistência, três passes para remate, três centros eficazes em quatro, ganhou quatro duelos, perdeu nove, acumulou 20 perdas de bola (cinco no terço defensivo), seis acções defensivas e sofreu dois desarmes.

António Silva 5.7

Desperdiçou apenas um passe em 50 realizados, orquestrou cinco passes progressivos, três recuperações de posse, quatro perdas e quatro acções defensivas. Saiu aos 64 minutos.

Benjamín Rollheiser 4.6

Entrou com vontade, mas acabou por pecar no único remate realizado – ocasião flagrante desperdiçada. Nestes 18 minutos, teve uma eficácia de 100% nos 11 passes feitos, 18 acções com a bola, ganhou dois duelos, perdeu um, acertou dois em três dribles, alcançou as duas recuperações de posse e as três perdas.

Destaques do Arouca

Tiago Esgaio 5.7

Foi o melhor do Arouca com nove duelos vencidos, dez perdas de bola e 12 acções defensivas (máximo na partida).

David Simão 5.4

Destacou-se com quatro passes longos em cinco tentados, cinco duelos ganhos, cinco perdidos e seis perdas da posse.

Javi Montero 3.6

Obteve a pior nota do duelo, fruto de oito passes de risco falhados, cinco recuperações de posse, dez perdas e três acções defensivas.

Leonel Gomes
Leonel Gomeshttps://goalpoint.pt/
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.