Escócia 🆚 Hungria | Magiares decidem jogo pobre ao cair do pano

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A Hungria arrancou uma vitória que lhe dá ainda algumas esperanças de apuramento, com um golo apontado no décimo minuto de compensação. O jogo foi pobre, a Escócia teve mais bola, mas não enquadrou qualquer remate e o encontro só ganhou emoção perto do fim, com as duas equipas finalmente a esticarem o jogo. Os britânicos vão para casa.

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Jogo pouco interessante

A primeira parte foi pobre. A Escócia teve mais bola e iniciativa, mas não sabia bem o que fazer coim ela, chegando ao intervalo sem remates. Os húngaros, pelo contrários, registaram cinco, mas quatro deles de longe, mostrando também dificuldades em entrar na área contrária (somente três acções nesta zona, contra seis dos escoceses). O segundo tempo manteve a toada de sono, interrompida pela lesão de Barnabás Varga, que deixou tudo em suspendo. A Escócia lá conseguiu o seu primeiro remate aos 53 minutos, mas o golo acabou por surgir, nos (longos) descontos, com Kevin Csoboth (90’+10′) a dar os três pontos aos magiares, a manter uma réstia de esperança de apuramento e a afastar os escoceses.

[ Escócia com muitos passes… lá atrás ]

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O Jogo em 5 Factos

Pouca qualidade no passe – Não espanta, tendo este sido um dos mais desinteressantes jogos do EURO. No final, as duas equipas terminaram com um acumulado de 172 passes falhados, novo máximo da prova. A Hungria errou 89 (valor mais alto da competição).

Muito jogo pelo ar – Não tivesse sido este um encontro com uma equipa britânica e de pouca qualidade. No total houve 57 duelos aéreos, mais 18 (!) que o segundo jogo com mais, o Portugal-Chéquia.

Foras-de-jogo em catadupa – O Escócia-Hungria teve oito foras-de-jogo, mais do que qualquer outro jogo deste EURO, mais um que o Eslováquia-Ucrânia. Só os húngaros somaram cinco.

Dois jogos sem enquadrados – Além da eliminação, a Escócia vai para casa com o pouco abonatório facto de ter sido a única equipa que não enquadrou nenhum remate em dois jogos (o outro foi com a Hungria). Aliás, findo o dia, é ainda a única selecção que terminou um encontro sem enquadrados.

Hanley, o controlador aéreo – Grant Hanley, da Escócia, foi um dos que contribuiu para o recorde de duelos aéreos no jogo. O central disputou 12 desses lances (oito defensivos) e ganhou nove (seis defensivos).

MVP GoalPoint: Angus Gunn 👑

Apesar do domínio aparente dos escoceses, o guardião Angus Gunn foi o que teve mais trabalho e foi o MVP, segurando a sua equipa perante os muitos remates magiares, com excepção para o derradeiro. Gunn terminou com quatro defesas, três a remates na sua grande área, e com um GoalPoint Rating de 7.2.

Pedro Tudela
Pedro Tudela
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.