FOI sofrer a bom sofrer. Em desvantagem desde o minuto 28, altura em que Dan N’Doye “furou” a baliza de Neuer, a Alemanha correu atrás do prejuízo, mas quase nunca teve arte, velocidade e engenho para enganar a feroz oposição helvética. Num período em que a festa Suíça já se sentia em Frankfurt, os suplentes Raum (na assistência) e Füllkrug (na finalização) salvaram a pele aos germânicos e asseguraram o primeiro lugar neste grupo A do EURO. Os estoicos suíços acabaram por sucumbir no período final…
Suíços indigestos…
Minuto 28. A Suíça foi venenosa, Freuler centrou com precisão e Dan N’Doye abriu o activo naquele que foi o primeiro remate dos helvéticos no encontro. Segundos depois, os suíços quase voltaram a ser letais num tiro do avançado do Bolonha que saiu a centímetros do alvo. Os germânicos, que tinham tido as despesas do encontro até então com três remates e um golo anulado a Andrich por falta de Musiala, nunca mais encontraram a direcção da baliza de Sommer e foram para o intervalo a perder.
Os germânicos tentavam contrariar a desvantagem, mas eram lentos e previsíveis, afunilavam o jogo pelo corredor central, a Suíça estava confortável, aguentava a pressão contrária e sempre que conseguia atacava de forma felina, rondou o segundo tento, mas não conseguiu dilatar a vantagem – Neuer voou aos 88’ perante um tiraço de Xhaka. Num último suspiro, pasme-se, os alemães ousaram usar os corredores laterais, Raum cruzou a preceito e Füllkrug “dinamitou” Sommer e empatou o duelo, assegurando o primeiro lugar para os anfitriões.
[ Alemanha sempre mais subida ]
O Jogo em 5 Factos
Domínio estéril – Os alemães foram para o intervalo com superioridade no número de remates (quatro contra dois), na posse de bola (64% versus 36%), nas acções com a bola na área adversária (sete/dois), mas esse domínio bem esprimido demonstrou ser estéril e não representou um grande perigo para os suíços.
Estreia goleadora – Foi à 14.ª internacionalização que Dan N’Doye encontrou os caminhos das redes contrárias e estreou-se a marcar pela selecção principal da Suíça.
Super helvéticos – Não obstante o balde de água fria, a Suíça conseguiu assegurar a presença nos “oitavos”, algo que ocorre pelo terceiro EURO seguido. Além disso, ainda não perdeu no ano civil de 2024 e trava a Alemanha há quatro partidas consecutivas.
Suplente de luxo – Niclas Füllkrug é um “ás” luxuoso para os anfitriões. Com este golo chegou aos 13 com as cores da “mannschaft”, sendo que sete foram anotados vindo do banco de suplentes. Neste domingo, entrou aos 76′ acumulando cinco acções com a bola, dois passes, duas acções com a bola na área contrária, recebeu um passe progressivo e registou uma perda da posse. Teve um rating de 6.5.
Contrastes – A Alemanha fechou o encontro com 37 acções com a bola na área adversária, criou quatro ocasiões flagrantes – golos esperados (xG) de 1,70 -, 18 remates, uma bola nos ferros, mas apenas enquadrou três dessas tentativas. Já os suíços criaram apenas dez acções com a bola na área contrária, quatro remates (três no alvo) e tiveram 35% da posse.
MVP GoalPoint: Toni Kroos
O “maestro” não foi tão brilhante como nos primeiros dois jogos da prova, mas ainda assim foi a unidade mais esclarecida em campo e acabou por vencer o prémio de MVP com um GoalPoint Rating de 6.9. Destacou-se com um remate, quatro passes para remate, entre os quais uma ocasião flagrante criada, desperdiçou sete dos 98 passes tentados (eficácia de 93%), carimbou 12 passes progressivos (máximo da noite), três passes super progressivos (outro recorde no duelo), atingiu as 127 acções com a bola (outro máximo), foram oito as recuperações de posse, 15 as perdas da posse, sofreu três faltas e acumulou sete acções defensivas. Nada mau para quem está prestes a reformar-se…