O debate sobre os jogadores de “equipas médias” atingiu um pico recentemente, a propósito das declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, sobre as apostas de mercado dosDragões nos anos mais recentes. O tema é interessante, as opiniões divergem, mas é inegável que nas tais “equipas médias” por vezes surgem jogadores capazes de mostrar qualidade acima… da média e despertar o interesse dos chamados “grandes” – muitas vezes chegando e pegando de estaca. Ora bem, quem está atento à Liga bwin saberá, certamente, que há um jogador a prometer entrar no lote dos mais cobiçados.
Ele é Guga Rodrigues, médio português que actua no Rio Ave e que tem mostrado, esta temporada, uma evolução assinalável no seu jogo, sendo um dos principais jogadores dos vila-condenses e das tais equipas que não estão na luta pelos lugares cimeiros.
Guga é um algarvio, natural de Faro, tem 25 anos e fez praticamente toda a formação no Benfica. Após um empréstimo ao Panetolikos, da Grécia, em 2018/19, regressou a Portugal para jogar, já desvinculado das “águias”, no Famalicão, onde pontificou durante uma temporada e meia, antes de rumar, em Janeiro de 2021, ao Rio Ave. Por ali se mantém e esta época explodiu.
[ O grande golo que Guga marcou ao Benfica na Luz, na jornada 9 ]
Médio com grande capacidade física, que lhe permite percorrer uma ampla quantidade de terreno, pode actuar a médio-centro ou médio-defensivo, tendo grande capacidade de trabalho, mas também qualidade no passe e boa chegada à área, onde tenta, não raras vezes, a meia-distância. Em 2022/23 já leva dois golos e uma assistência no campeonato e tem crescido bastante na segunda metade da temporada, sendo um dos melhores portugueses desde o reatamento da Liga, após o Mundial 2022, como referimos atempadamente, antes da primeira convocatória de Roberto Martínez (link).
O médio vila-condense está em todo o lado (como se pode ver pelo mapa de acções com bola esta temporada na Liga, em baixo à esquerda). Recua para ajudar nos processos defensivos, mas fá-lo também em zonas mais adiantadas do terreno. Nesta fase regista uma excelente média de 1,8 acções defensivas no meio-campo contrário por 90 minutos, bem como de 2,4 no meio-campo intermédio, algo ainda mais relevante estando numa equipa que muitas vezes joga em blocos baixos.
Entre jogadores com mais de 1125 minutos disputados (metade do total possível) é o oitavo em passes para finalização de bola corrida (0,9), com 1,9 incluindo bola parada. Nas entregas globais apresenta uma assinalável eficácia de 86,5% e também no remate não fica à espera de ver o que os colegas fazem, acumulando uma média de 1,6 disparos por 90 minutos, 1,2 de bola corrida.
[ Acções com bola (à esquerda), passes para finalização e acções defensivas (à direita) na Liga bwin 22/23 ]
Não tardarão, decerto, a surgir notícias do interesse de clubes com outras ambições no concurso de Guga, jogador que mostra uma progressão muito interessante e que promete não parar por aqui. Inteligência, boa ocupação dos espaços, utilização do corpo nos duelos, visão de jogo e capacidade de passe são algumas das qualidades de um jogador com potencial para conferir intensidade, luta e boa cultura táctica.
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