O que aprendemos na jornada 33 da Liga 23/24

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A33ª jornada mostrou um Benfica mortífero no adeus ao escudo de campeão, consolidou a melhor época de sempre de um jogador marcante, realçou que a necessidade de sobrevivência faz as equipas elevarem-se a outros patamares, mostrou a força do Braga pelo ar e a impotência do Boavista no Dragão.

1. Águia reencontra-se na despedida

No derradeiro jogo em 23/24 no Estádio da Luz, ante o Arouca, o Benfica parece ter-se reencontrado com a sua capacidade ofensiva. Não só conseguiu uma goleada por 5-0, como acumulou o segundo valor mais alto da Liga em Golos Esperados (xG) a favor, nada menos que 5,2, ficando apenas atrás do que os próprios “encarnados” registaram no empate 1-1 em casa com o Farense, na altura com 5,7. E ainda igualaram o máximo de ocasiões flagrantes numa só partida (8), algo que também aconteceu noutras seis partidas do campeonato.

2. Rafa despede-se em beleza

Após oito épocas de águia ao peito, Rafa fez o último jogo pelo Benfica no Estádio da Luz e fê-lo em grande estilo. Não só marcou dois belos golos, como fez uma assistência, confirmando, desta forma, a sua melhor época de sempre no clube lisboeta em termos de acções para golo, com 26, referentes a 14 golos e 12 assistências. E ainda se recusou a bater duas grandes penalidades.

 

3. Instinto de sobrevivência do Portimonense

Os algarvios não conseguiram mais do que um empate 2-2 na recepção ao Rio Ave, não fugindo ao lugar de play-off, mas os homens de Portimão fizeram por isso. A pressão foi tal que acumularam, ao todo, 26 acções defensivas no meio-campo contrário, igualando o máximo da Liga, que era pertença do Benfica desde o encontro frente ao… Portimonense.

[ As acções defensivas do Portimonense ante o Rio Ave ]

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4. Força aérea bracarense em Guimarães

No empolgante dérbi do Minho, que o Braga ganhou no “Castelo”, por 3-2, um dado salta à vista que ajuda a explicar a superioridade final dos “guerreiros”. Os “arsenalistas” ganharam nada menos que 30 (ou 60%) dos duelos aéreos defensivos que disputaram nesse jogo, novo máximo dos homens da Pedreira e bem acima da média da equipa até então (13,1).

[ Os duelos aéreos defensivos do Braga em Guimarães, a azul os ganhos ]

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5. Boavista sem acção no Dragão

O Boavista até chegou a estar a ganhar no dérbi do Porto e só caiu após a expulsão de Pedro Malheiro, mas os sintomas das dificuldades já lá estavam. Os “axadrezados” acumularam somente 368 acções com bola, novo mínimo de uma equipa na Liga. Para se ter uma ideia comparativa, só o portista Alan Varela somou 96, terminando os “azuis-e-brancos” com um total de 784.

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