T arda mas não falha, o nosso Antunes. Os tradicionais “Prémios GoalPoint” não estariam completos sem a conclusão dos Rankings de Treinadores GoalPoint (RTG) da Primeira e Segunda Liga nacionais. E aqui estão eles, com poucas surpresas mas grande mérito para os principais classificados.
Como nota introdutória, e para quem não está familiarizado com o método, cada treinador é pontuado, jogo a jogo, de acordo com a probabilidade (pré-jogo) de vitória, empate ou derrota, consoante as probabilidades atribuídas pelas casas de apostas. O método é assim 100% objectivo e baseado num indicador externo à GoalPoint, ao qual atribuímos então uma ponderação a cada competição (Liga = 4, competições europeias = 3, Taça de Portugal = 2 e Taça da Liga = 1), seguindo a lógica de importância atribuída pelo público em geral às diversas competições disputadas. Nesse sentido, um treinador de uma equipa mais pequena pontua naturalmente mais quando vence um “grande” do que o oposto e, feitas as contas, chegamos ao final da época com uma pontuação que pode ser positiva ou negativa para cada treinador.
Primeira Liga: Amorim, o homem do “mic drop”
O homem que devolveu o título ao Sporting é o grande vencedor da temporada e com uma margem dilatada. Ao todo foram 2089 pontos RTG para Rúben Amorim, que levou o “leão” ao título da Liga e à final da Taça de Portugal, além das meias-finais da Taça da Liga. A vantagem em relação ao segundo, o treinador do Moreirense, Rui Borges, foi de 453 pontos.
O técnico dos minhotos levou os cónegos a uma temporada sólida, com poucas oscilações, e a um excelente sexto posto, um acima do Arouca, de Daniel Sousa (terceiro no RTG), que pegou na equipa no último lugar e colocou-a a jogar um futebol de enorme qualidade, de ataque, subindo na tabela até se tornar, talvez, a equipa-sensação do campeonato. Tanto Rui Borges quanto Daniel Sousa conseguiram o pódio mesmo sem grandes feitos nas outras competições.
Segunda Liga: o que é Nacional é bom
Alheios às questões de secretaria, os treinadores de Nacional da Madeira e Santa Clara terminaram no topo do RTG da segunda Liga, com o primeiro a vencer também com enorme margem nesta espécie de dérbi insular. Tiago Margarido acumulou extraordinários 3281 pontos, mais 1239 que Vasco Matos, sendo que, na verdade, ainda não se sabe bem quem foi o campeão, após a festa inicial dos açorianos – que chegaram, igualmente, aos quartos-de-final da Taça.
A fechar o pódio ficou Jorge Costa, na sua última etapa no AVS antes de assumir cargo de Direcção no FC Porto. O antigo central levou os avenses ao play-off de subida/descida e venceu o Portimonense por duas vezes, confirmando o salto para a Liga Portugal.
Eis o resumo do RTG da época 2023/24:
Clica neste link para descobrir todos os treinadores eleitos – mensal e anualmente – pelo nosso ranking, desde 2015. Eis o “quadro de honra” de Treinadores do Ano da 1ª Liga desde que criámos o RTG.
| Época | Treinador do Ano Liga Portugal | Pontos RTG |
|---|---|---|
| 2023/24 | Rúben Amorim (Sporting CP) | 2.089 |
| 2022/23 | Armando Evangelista (FC Arouca) | 3.053 |
| 2021/22 | Sérgio Conceição (FC Porto) | 2.570 |
| 2020/21 | Rúben Amorim (Sporting) | 3.180 |
| 2019/20 | João Pedro Sousa (Famalicão) | 1.881 |
| 2018/19 | Bruno Lage (Benfica) | 1.783 |
| 2017/18 | Abel Ferreira (Braga) | 3.053 |
| 2016/17 | Nuno Manta (Feirense) | 2.840 |
| 2015/16 | Lito Vidigal (Arouca) | 2.855 |
| 2014/15 | Jorge Jesus (Benfica) | 1.389 |
Nota metodológica: O RTG (Ranking de Treinadores GoalPoint) mede o desempenho dos treinadores à luz das probabilidades (odds) médias atribuídas pelo mercado de apostas a cada jogo oficial disputado, nas provas nacionais e internacionais em disputa. Para mais informações confira a explicação introdutória dada aquando do lançamento deste ranking, em 2015, neste link.
