SEM espinhas! O Sporting entrou a rugir na defesa do título e venceu o Rio Ave por 3-1 no arranque da edição 2024/25 do campeonato nacional. Desta feita, a equipa de Rúben Amorim não dormiu à sombra da vantagem que construiu cedo graças a um bis de Pedro Gonçalves, Gyökeres dilatou a vantagem e Clayton fez o tento de honra dos rioavistas, que deixaram uma pobre imagem nesta visita a Alvalade.
O leão, ainda com o orgulho ferido após a “DisasterClass” em Aveiro, fez com o que o Rio Ave pagasse a factura. A primeira parte foi de sentido único, com os campeões a comandarem as operações inserindo no terreno de jogo uma pressão feroz e eficaz, apontou dois golos, o segundo uma obra-prima com a chancela de Pedro Gonçalves.
No reatamento, o Sporting baixou o ritmo, mas manteve a partida controlada, entre ameaças – incluindo uma bola nos ferros – dilatou a vantagem com uma finalização do suspeito do costume, Gyokeres. Na contagem decrescente para o apito final, os vila-condenses “maquilharam” o “score” num momento de inspiração de Clayton e o poste estragou as contas do jovem “leão” Rodrigo Ribeiro.
[ Só no final do encontro o Rio Ave subiu mais no terreno ]
O Jogo em 5 Factos
1. Sentido único
A formação leonina ligou o turbo e controlou o duelo. Na primeira parte contabilizou 14 remates, três dos quais enquadrados no alvo, dois golos, 19 acções com a bola na área contrária e 58% da posse de bola.
2. Desnorteados
A equipa de Luís Freire tentou actuar com o bloco subido, mas deixou imenso espaço nas costas e já se sabe que este Sporting é mortífero “em campo aberto”. Ao descanso, os visitantes tinham apenas um remate (sem direcção), 15 passes de risco desperdiçados, 16 perdas da posse no terço defensivo e apenas quatro faltas cometidas.
3. Para esquecer
De volta ao “Tugão” após seis meses no Lille, Tiago Morais teve um regresso aos palcos lusos no mínimo para esquecer, tendo acumulado na primeira metade dois passes de risco falhados, dez duelos perdidos, apenas um drible eficaz em seis tentados, 12 perdas de bola, sendo que cinco foram no terço defensivo.
4. Pouco eficazes
Os vila-condenses saem de Alvalade com poucas razões para sorrirem. Além de terem feito apenas quatro remates – marcaram no único enquadrado -, foram ainda pouco assertivos noutros parâmetros, por exemplo dos 12 centros tentados, nenhum foi eficaz e chegaram às 22 perdas de bola no terço defensivo.
5. Golos esperados (xG)
O caudal ofensivo “verde-e-branco” deixou Rúben Amorim satisfeito. A equipa finalizou a partida com um total de 27 remates, (seis dos quais enquadrados), quatro ocasiões flagrantes e 2,9 golos esperados (xG).
MVP GoalPoint: Pedro Gonçalves
O “Pote” que continua a ser de ouro época após época. Com o instinto de um predador, o camisola “8” pintou a manta com uma bela exibição, alicerçada em cinco remates, um bis – o segundo é de excelência -, quatro passes para remate, recebeu cinco passes progressivos e ajudou a equipa nas missões defensivas com dois desarmes e três acções no meio-campo contrário. A rever, os apenas dois dribles eficazes nos sete que tentou e as 22 perdas de posse – recorde negativo no duelo. O primeiro MVP desta edição do campeonato obteve um GoalPoint Rating de 8.3.
Outros Ratings 🔺🔻
Destaques do Sporting
Geovany Quenda 7.9
Continua de pedra e cal no “onze” e a justificar a confiança do “mister”. Apesar de não ter marcado, foi determinante com um remate, dois passes para remate, um passe de ruptura que esteve na génese do golo inaugural, quatro passes progressivos, cinco acções com a bola na área contrária, ganhou dez duelos, foi eficaz nos cinco dribles que tentou, carimbou oito acções defensivas e duas conduções super progressivas.
Trincão 7.2
Bom jogo. Destacou-se com três remates, uma ocasião flagrante criada, 44 acções com a bola, sete duelos conquistados, um perdido, cinco conduções progressivas e três faltas sofridas.
Gyökeres 7.0
O sueco estreou-se a assistir, mas não desistiu de procurar o seu golo, que apareceu aos 63′. Gyökeres acabou envolvido em oito dos 27 remates leoninos e, sem surpresa, foi o mais castigado em falta (4) do jogo. Desperdiçou uma ocasião flagrante, recebeu 15 passes progressivos, somou 12 acções com a bola na área contrária, venceu cinco duelos, perdeu 12, foi eficaz em apenas um dos sete dribles feitos e atingiu as 17 perdas de bola.
Hjulmand 6.6
Mais activo do que em Aveiro, registou cinco recuperações de bola, seis perdas, seis acções defensivas, uma falta cometida, quatro duelos vencidos e falhou quatro passes em 46 feitos (eficácia de 91%).
Diomande 6.6
Foi a única novidade no “onze”, tendo protagonizado três remates, uma ocasião flagrante criada, 115 acções com a bola (recorde da noite), 11 duelos conquistados, cinco perdidos, dez perdas de bola e 11 acções defensivas. Não ficou bem na fotografia no lance do golo do adversário.
Eduardo Quaresma 6.2
Sereno, ia marcando no único remate que fez, acertou 75 dos 79 passes acumulados (eficácia de 95%), gizou oito recuperações de bola, outras tantas perdas e quatro acções defensivas.
Gonçalo Inácio 5.8
Autor de cinco recuperações de bola, cinco perdas, cinco acções defensivas e de quatro passes/cruzamentos bloqueados.
Kovacevic 4.8
Num jogo em que foi pouco testado, não deteve o único remate enquadrado do adversário. Acertou oito em dez passes tentados.
Destaques do Rio Ave
Aderllan Santos 6.0
O experiente central foi o mais regular da equipa. Somou 12 acções defensivas, incluindo seis desarmes, ambos máximos da partida, ganhou ainda oito duelos, perdeu três e cometeu outras tantas faltas.
Clayton 5.5
Quase abandonado no ataque, inventou o golo no único remate que realizou em 94′. Recebeu 11 passes progressivos, coleccionou seis acções com a bola na área leonina, ganhou sete duelos e perdeu 11.
Jhonatan 2.8
Muito nervoso, obteve a pior nota da noite fruto de dois erros que resultaram em dois dos três golos sportinguistas e realizou três defesas – golos evitados (xSaves de -0,9).