Arrivederci campeão. A Itália, actual detentora do título, está fora do EURO 2024, ao perder de forma clara e em discussão com a Suíça por 2-0. Os helvéticos dominaram na maior parte do tempo, estiveram tacticamente irrepreensíveis, marcaram perto do intervalo e logo no reatamento do segundo tempo e o melhor que os italianos conseguiram foi enviar duas bolas aos ferros. Segue-se Inglaterra ou Eslováquia.
Sem discussão
Quem esperava uma Itália com iniciativa, desiludiu-se. Praticamente só deu Suíça, com bola, ataques, várias oportunidades e golo aos 37 minutos que colocava lógica no resultado, da autoria de Remo Freuler. Os transalpinos chegaram ao descanso com apenas um remate e nenhum enquadrado e, no arranque do segundo tempo, Rubén Vargas ampliou com um grande golo. Os italianos esboçaram uma pequena reacção, levando mesmo duas bolas aos ferros da baliza contrária, mas nunca mostraram futebol para contrariar os helvéticos.
[ Itália sempre muito retraída ]
O Jogo em 5 Factos
Poucos remates enquadrados – Os suíços marcaram dois golos em apenas quatro remates enquadrados, enquanto os italianos acertaram apenas uma vez com a baliza contrária. No total o jogo teve apenas cinco disparos com boa direcção, o segundo valor mais baixo do EURO.
Suíços como um relógio – Os 92% de eficácia de passe que a Suíça apresentava no final já apontava para algo assim. Em 492 entregas, os helvéticos falharam apenas 40, igualando o mínimo da prova, que pertencia à Alemanha desde o jogo de abertura, ante a Escócia. Esteve também aqui a base do triunfo suíço.
Itália pouco ambiciosa – Quem quer ganhar uma eliminatória tem de atacar e os italianos apenas pegaram no jogo verdadeiramente quando já perdiam por dois de diferença. Esta falta de ambição vê-se também na quase total ausência de pressão sobre o adversário. Em 90 minutos, os transalpinos realizaram apenas três acções defensivas no meio-campo contrário.
O dobro das acções na área – A Suíça somou 24 acções com bola na área de Itália. Os italianos apenas metade desse número do lado oposto. Muito pouco.
Fazer a bola correr e não o homem – Esta foi uma das filosofias da Suíça. Ao todo, os vencedores da partida acumularam um total de 915 metros de progressão através de conduções com bola. A Itália chegou aos 1290, sem qualquer efeito. É a bola que tem de circular.
MVP GoalPoint: Rubén Vargas 
O atacante helvético foi o melhor neste primeiro jogo dos oitavos-de-final. Rúben Vargas assistiu Freuler para o 1-0 e fez ele próprio o segundo, num grande golo em remate colocado. Terminou com um excelente GoalPoint Rating de 7.7.
