FOI um belíssimo jogo aquele que colocou a Alemanha nos quartos-de-final do EURO 2024. Foram apontados dois golos, foram anulados outros três, a intempérie deixou o duelo paralisado durante 20 minutos e não faltou emoção. Os germânicos dominaram o primeiro período do encontro, os “vikings” equilibraram, na melhor fase marcaram, mas o tento foi anulado por uma unha de Delaney. Havertz abriu o “placard” de penálti e Musiala fechou as contas. Nos “quartos”, a “Nationalmannschaft” vai defrontar o vencedor do embate entre Espanha e Geórgia.
Milímetros mudam história do jogo
Ascendente inicial para os germânicos, que viram as tentativas serem travadas por um inspirado Kasper Schmeichel e um tento a Schlotterbeck. A partir dos 20’, os nórdicos ganharam voragem ofensiva e sempre que chegavam aos últimos 30 metros criavam perigo. Os céus de Dortmund, “atacados” por relâmpagos e uma chuva copiosa, paralisaram o duelo por cerca de vinte minutos. No reatamento, o perigo voltou a rondar as duas balizas, mas o nulo perdurou até ao descanso. No espaço de poucos segundos, a Dinamarca foi do céu ao inferno. De um golo anulado a Andersen – literalmente por uma unha de Delaney – para uma grande penalidade cometida pelo defensor. Havertz não desperdiçou a ocasião, pouco depois falhou uma flagrante, Hojlkund não fez melhor na área contrária, até que Musiala não hesitou e deixou os anfitriões com a porta dos “quartos” escancarada – Wirtz ainda festejou, mas foi assinalada posição irregular… Em 14 presenças, é a décima presença alemã nos quartos-de-final. Já a Dinamarca sai de cena sem qualquer triunfo neste EURO.
[ Alemanha ligeiramente mais subida que a Dinamarca nos posicionamentos médios ]
O Jogo em 5 Factos
Antonio “Kaiser” Rüdiger – Pode ou não gostar-se do estilo, mas a verdade é que é um dos melhores centrais da actualidade e voltou a demonstrá-lo na noite deste sábado, com dois passes de ruptura (recorde no duelo), 83 acções com a bola, sete recuperações de posse, dez perdas e 15 acções defensivas (máximo no jogo).
Kai “perdulário” Havertz – Abriu a contagem e foi o elemento em campo com mais remates, cinco ao todo, mas pecou nos momentos de finalização, desperdiçando três ocasiões flagrantes (-0.98 xG) – igualou as marcas de Mitrovic e de Lukaku -, acumulou dez acções com a bola na área dinamarquesa (recorde na noite) e recebeu 17 passes progressivos (marca que mais ninguém até agora neste EURO). Em suma, o dianteiro lidera a prova no número de remates, de tiros à baliza, de acções na área adversária e de Expected Goal (xG) desperdiçados.
Maestro Toni – Mais uma “masterclass” do quase reformado Kroos. O maestro comandou as investidas alemães com um remate, quatro passes para remate (máximo), acertou 79 dos 82 passes tentados (eficácia de 96%), acumulou dez passes progressivos (mais um máximo), liderou as acções com a bola (107), registou cinco recuperações de posse, oito perdas da posse e quatro acções defensivas.
Alexander Bah – O benfiquista despediu-se da prova com um rating de 4.8, fruto de um centro eficaz, 17 passes eficazes em 21 feitos, sendo que dois foram de risco, contabilizou 31 acções com a bola, venceu três duelos, perdeu cinco, chegou às três recuperações de posse, seis perdas e quatro acções defensivas.
Agressividade nórdica – Boa exibição da Dinamarca que foi crescendo com o decorrer do tempo e destacou-se na forma como tentou travar o poderio alemão. Realce para as 15 faltas cometidas, contra as sete do adversário, e os 17 desarmes feitos.
MVP GoalPoint: Kasper Schmeichel
Super Kasper. O veterano guardião foi crucial nos momentos de maior aperto e terminou a partida com sete intervenções, duas das quais impedindo a concretização de ocasiões flagrantes – evitou 2,1 golos (defesas – xSaves). Sem culpas nos dois golos sofridos, carimbou ainda 34 acções com a bola e foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.6.