Vitória SC 🆚 Porto | Pepê com a cabeça no Jamor

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UM golo de cabeça de Pepê deixou o FC Porto na frente desta 1.ª mão da Taça de Portugal. Os portistas foram mais incisivos e protagonizaram as situações mais claras e perigosas no reduto do Vitória de Guimarães, num jogo tudo menos interessante (apenas 1,2 Golos Esperados criados pelas duas equipas). Os vimaranenses, que nunca conseguiram contornar a organização dos “dragões”, vão ter uma tarefa hercúlea, dentro de duas semanas, quando viajarem até à cidade Invicta para tentar inverter o rumo dos acontecimentos.

Dragões avistam a mata do Jamor

Até ao período de descontos, o jogo passou num ápice, numa espécie de duelo sem balizas. No entanto, a primeira parte ficou marcada pelo violento choque protagonizado por Ricardo Mangas e Jorgie Sánchez. Os lances de maior perigo surgiram nos nove minutos em que decorreu o tempo de compensação.

Nico González cabeceou e falhou o alvo por pouco, Alan Varela desferiu um remate violentíssimo, mas sem direcção, João Mendes ripostou e no último lance deste período inicial Gonçalo Borges, uma das três novidades no onze de Sérgio Conceição, não ficou longe de abrir o “score” na Cidade Berço. Tiago Silva era a unidade com maior destaque nesta fase, graças a quatro passes progressivos, uma eficácia de 93% nos quinze passos feitos (falhou um), sete duelos conquistados, quatro perdidos, sete recuperações de bola, quatro perdas, oito acções defensivas e quatro faltas sofridas. O médio contabilizava um GoalPoint Rating de 6.4.

O FC Porto subiu as rotações no reatamento e, à excepção de um aviso feito por Nélson Oliveira, dominou as incidências e chegou à vantagem decorria o minuto 52 altura em que Nico centrou com precisão para o cabeceamento certeiro de Pepê, num lance em que o regressado Bruno Varela poderia ter feito bem melhor.

Os vimaranenses esboçaram uma ténue reacção, mas nunca conseguiram visar a preceito a baliza portista. Já após as mudanças promovidas por Sérgio Conceição, os azuis e brancos voltaram a ganhar gás e viram Bruno Varela brilhar ao deter os remates dos “suplentes” Romário Baró (85’) e Iván Jaime (90’).

O magro triunfo coloca os detentores das últimas duas edições da Taça de Portugal em vantagem nesta eliminatória. O jogo decisivo está agendado para o próximo dia 17 no Dragão e aí será desvendado o adversário do Sporting na final do Jamor que irá decorrer a 26 de Maio.

[ O mapa de posição média com bola e principais tendências de passe do jogo ]

MVP GoalPoint: Tiago Silva 👑

Excelente exibição do maestro dos “conquistadores”. Tiago Silva foi o MVP e destacou-se com um remate, uma eficácia de 85% nos 27 passes que fez, carimbou quatro passes progressivos, levou a melhor em 11 duelos, perdeu nove, acumulou nove recuperações de bola, outras tantas perdas, 11 acções defensivas (máximo na noite desta quarta-feira), sofreu cinco faltas e cometeu outras cinco infracções. Por tudo isto, foi o jogador em destaque com um GoalPoint Rating de 6.9.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Vitória

Bruno Gaspar 5.9

Mais um bom jogo do ala direito que gizou um passe para remate, sete duelos ganhos em 11 disputados, 13 perdas da posse, dez acções defensivas e três faltas sofridas.

Tomás Händel 5.7

Responsável por um passe para remate, cinco recuperações de bola, sete perdas e três acções defensivas.

Bruno Varela 5.6

De regresso ao onze, acabou por pecar no lance do golo de Pepê, tendo ainda sido decisivo com cinco intervenções – evitou 0,2 golos (defesas – xSaves) -, duas das quais de elevado nível de dificuldade na sequência dos “tiros” de Baró e de Iván Jaime.

Jota Silva 5.0

Nunca “entrou” no jogo – vinha de quatro jogos seguidos a marcar – como atestam os números com um remate desenquadrado, dez duelos vencidos, 15 perdidos, dois dribles eficazes em sete realizados, 19 perdas da posse e quatro faltas cometidas.

Destaques do Porto

Pepê 6.5

Solto na dianteira dos azuis, o brasileiro exibiu-se num bom plano com um golo (na única tentativa que fez), 54 acções com a bola, cinco das quais na área contrária, ganhou nove duelos, perdeu oito, foi eficaz em quatro dos sete dribles tentados, sofreu duas faltas, registou 16 perdas de bola e quatro passes de risco.

Nico González 6.4

Muito sólido, teve o momento alto no passe decisivo que esteve na génese do único tento da noite. Além disso, realizou dois remates, 13 duelos ganhos, seis perdidos, seis acções defensivas, quatro faltas sofridas (máximo no duelo) e 12 perdas da posse.

Pepe 6.0

Liderou a defesa com cinco recuperações de bola, quatro acções defensivas, quatro duelos conquistados, outros tantos perdidos e foi eficaz em cinco nos oito passes longos que arriscou.

Galeno 6.0

Participou no lance do golo, carimbou dois remates, 42 acções com a bola, seis recuperações de bola, 13 perdas e seis acções defensivas.

Evanilson 5.9

Muito voluntarioso, terminou o jogo sem qualquer remate, apenas com 34 acções com a bola, seis das quais na área do opositor, venceu seis duelos, perdeu três e perdeu a posse em oito ocasiões.

Otávio 5.7

Muito solicitado na primeira fase de construcção, nem sempre tomou as melhores decisões – 11 passes desperdiçados em 59 (eficácia de 81%), sendo que cinco foram de risco. Venceu os três duelos aéreos defensivos em que interveio, acumulou 12 perdas de bola, sete acções defensivas e cometeu três faltas.

Gonçalo Borges 5.7

Fez o papel do castigado Francisco Conceição e sai de cena com dois remates, cinco centros (apenas um eficaz), três conduções progressivas e 12 perdas de bola.

Jorgie Sánchez 5.3

Voltou a campo na sequência do violento choque com Mangas. Tentou justificar a titularidade com três remates (todos desenquadrados), dez duelos vencidos, oito perdidos e cinco acções defensivas. A rever, as 21 perdas de bola (recorde negativo na partida).

Alan Varela 5.2

Não acertou no alvo nos três remates que efectuou, acumulou cinco passes de risco falhados, três recuperações de bola, nove perdas da posse e cinco acções defensivas.

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.