Empate quase total entre Dinamarca e Inglaterra. Os britânicos marcaram primeiro, por intermédio de Harry Kane, mas um golo soberbo do “leão “Morten Hjulmand empatou o resultado… e os acontecimentos no relvado. Dificilmente teríamos um jogo mais equilibrado, com o resultado a ajustar-se e a deixar as decisões para a terceira jornada do Grupo C.
Equilíbrio quase total
A Inglaterra entrou melhor, usando o seu “manto” de favorita, e marcou primeiro, aos 18 minutos, por Harry Kane. Acontece que a Dinamarca pegou no jogo a partir desse momento, aproveitando que os britânicos adormeceram à sombra da vantagem. Os nórdicos tiveram bola, atacaram e empataram num espectacular golo do sportinguista Morten Hjulmand, num remate de fora da área. E a verdade é que os “vikings” nunca deixaram Inglaterra dominar. O jogo prosseguiu equilibrado, com algumas oportunidades, pelo que o empate ajusta-se ao que aconteceu em Frankfurt.
[ A Dinamarca até esteve um pouco mais subida que a Inglaterra ]
O Jogo em 5 Factos
Hjulmand e um golo improvável – Já conhecemos a boa meia-distância do sportinguista Hjulmand da Primeira Liga e o médio fez um tento estupendo que tinha apenas 0,02 Expected Goals (xG). A nota é baixa? Apesar do golo, Morten registou quatro perdas de posse no primeiro terço, máximo do jogo entre dinamarqueses, apenas duas acções defensivas, perdeu três de cinco duelos e cometeu um erro que deu em remate. O algoritmo do Antunes não dá ponto sem nó.
Dinamarca muito pressionante – Os dinamarqueses não tiveram medo do “papão” inglês e terminaram com 24 acções defensivas no meio-campo britânico, valor mais alto num jogo desde EURO 2024. Hojbjerg (7) e Eriksen (4) foram os que mais contribuíram para estes momentos.
Faltas… à inglesa – Estamos habituados a ver no futebol inglês uma fonte de poucas faltas e a selecção vai pelo mesmo caminho. Os “três leões” fizeram apenas cinco infracções, mínimo da prova.
Ingleses com muitas perdas de posse – Os britânicos registaram muitas perdas de posse, em especial no terço defensivo, onde é mais “proibido” que tal aconteça. Foram 15 nesta zona, um dos valores mais altos deste EURO, com Declan Rice a contribuir com um terço (5).
A nota de Kristiansen é esta? – Sim, o ala esquerdo acabou com o pior rating (4.0) do jogo, apesar de ter feito a assistência para o golo de Hjulmand. É que Kristiansen cometeu um erro que acabou por dar o golo a Inglaterra, não ganhou nenhum dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou e somou somente uma acção defensivo. Insuficiente.
MVP GoalPoint: Pierre-Emile Højbjerg
Que grande jogo do médio do Tottenham. Højbjerg foi o melhor em campo com um extraordinário GoalPoint Rating de 8.3, mesmo sem acções para golo. O dinamarquês foi o mais rematador do encontro (cinco, todos de fora da área), incluindo quatro enquadrados (número mais elevado da prova), somou o máximo de passes certos (73) e tentados (82), de acções com bola (108), ganhou três de cinco duelos aéreos, acumulou dez recuperações de posse (valor mais alto), seis desarmes e ainda pressionou com sete acções defensivas no meio-campo contrário, tudo máximos do encontro. Não fossem os três dribles consentidos, dois no primeiro terço, e a nota teria disparado.