Dia 11? Dia do “onze”, uma tradição que partilhamos a meias com o analista e comentador Óscar Botelho. A rúbrica está de volta, desta feita incidindo sobre os grandes destaques do arranque da Premier League (até à 11ª jornada). Como funciona? O Óscar escolhe os 11 magníficos (com a limitação de poder escolher apenas um jogador por emblema) e o nosso Antunes coloca-lhe os ratings em cima. Eis o “onze” escolhido, com os StatsCards individuais que o justificam, um a um.
Bernd Leno (Fulham)
O germânico não singrou ao serviço do Arsenal, mas continua por Londres e, tal como na época passada, vai somando exibições decisivas ao serviço da turma de Marco Silva, Palhinha e Cia. Leno somou 43 defesas nas 11 jornadas analisadas, seguindo com um saldo positivo de dois golos evitados face ao que seria expectável ter sofrido.
Joachim Andersen (Crystal Palace)
O dinamarquês é outro que vem brilhando com regularidade já desde a época passada, ao serviço do Palace. Às competências defensivas soma-lhe a peculiar apetência para marcar e assistir golos. Não admira assim que aos 27 anos esteja avaliado em €30M.
Willy Boly (Nottingham Forest)
Olha quem ele é… o veterano costa-marfinense de 32 anos, que já jogou no Braga e Porto, vai rubricando uma fantástica época ao serviço do Forest, isto após ter representado o Wolves até 2022, quando rumou a Nottingham. Os números defensivos falam por si, embora seja sempre útil contar com um central que não hesita em tentar a sorte perto da baliza contrária no mínimo uma vez por jogo.
Kieran Trippier (Newcastle)
Outro veterano (33 anos) em altas, este ao serviço dos “magpies”. A idade essa não se revela no desempenho do lateral, sobretudo no plano ofensivo: Trippier já leva seis assistências na Premier, mais do que qualquer outra figura da prova.
Solly March (Brighton)
Um “onze” sem um jogador do sempre surpreendente Brighton até seria de estranhar e Solly March é uma óptima escolha. A extremo-direito ou a lateral-esquerdo? É escolher, o que não deixa de dizer quase tudo sobre a capacidade para o inglês oferecer rendimento e qualidade a Roberto De Zerbi.
Declan Rice (Arsenal)
O Arsenal pode não estar a brilhar tão alto como o fez na Premier anterior, mas não será certamente por causa de Declan Rice. O médio agitou o mercado de Verão, com os “gunners” a vencerem uma corrida na qual também entraram City e Chelsea, mas os (cerca de) €117M que custou não lhe pesam nas pernas e cabeça, na hora de comandar o “miolo” londrino.
Bruno Fernandes (Manchester United)
“In Bruno we trust”, dizem em Manchester, e com razão. O United vai protagonizando (mais) uma época tremida, mas Bruno é não só um habitual esteio, como uma rara excepção ao “apagão” que por vezes tolhe os homens de Ten Hag. As cinco acções para golo em 11 jornadas podem parecer pouco para os “standards” de Bruno, mas têm-se revelado essenciais no evitar de problemas maiores para os “red devils”.
James Maddison (Tottenham)
O Tottenham de Postecoglou parece tudo menos… o Tottenham. Os “spurs” vão lutando pelo título com um futebol corajoso e o reforço James Maddison foi um grande protagonista dessa transformação nas primeiras 11 jornadas. Os cerca de €46M que custou em Julho parecem agora uma pechincha, mas nem tudo são boas notícias: Maddison está lesionado e só volta a jogar no início de 2024, tendo fechado a loja (por agora) com oito acções para golo.
Mohamed Salah (Liverpool)
Este já não admira ninguém. Salah foi dado com um pé e meio fora de Liverpool, a caminho dos milhões das arábias, mas decidiu ficar e fazer o que sempre fez ao serviço dos “reds”: desequilibrar a torto e a direito. Salah leva 12 acções para golo em 11 jornadas e perante esse facto pouco mais há a acrescentar.
Jarrod Bowen (West Ham)
No meio dos altos e baixos dos “hammers” uma coisa é certa: Jarrod Bower é quase sempre dos melhores, normalmente pelo corredor direito, mas arrumado neste 11 do lado esquerdo para caber nas escolhas. Sendo certo que apenas o critério do “11doXI” (um jogador por clube) evita que fosse preterido por outros extremos em bom momento, as oito acções para golo de Bowen dão boa conta do porquê de integrar as escolhas de Óscar Botelho com inteira justiça.
Erling Haaland (Manchester City)
Dizem que nem sempre aparece nos jogos grandes e que o seu arsenal de truques parece algo limitado, mas a pergunta que fica é só uma: para que contratou Guardiola o norueguês? Para marcar golos, pois claro. Haaland leva 11 noutras tantas jornadas disputadas e ainda lhes soma duas assistências.