Porto 🆚 Vitória SC | Dragão espanta fantasmas e garante Jamor

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RUMO ao Jamor. O FC Porto carimbou na noite desta quarta-feira o acesso à final desta 83.ª edição da Taça de Portugal. Após o triunfo em Guimarães, os “azuis-e-brancos” voltaram a travar os minhotos, desta feita por 3-1. Numa grande partida, intensa, emotiva e imprópria para cardíacos, os “dragões” entraram em falso, mas souberam serenar os ânimos e deram a volta ao texto. Afonso de Freitas abriu a contagem, Taremi – que não era titular desde 29 de Dezembro do ano passado – fez o empate, Francisco Conceição e Pepê espantaram os “fantasmas” e colocaram um ponto final nas aspirações da equipa de Álvaro Pacheco. No próximo dia 26 de Maio, a equipa de Sérgio Conceição, que conquistou as duas últimas edições da prova rainha, vai defrontar o Sporting.

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Jogo de loucos e impróprio para cardíacos

Aos 59 segundos, no primeiro lance de ataque no jogo, o Vitória deixou o Dragão em silêncio quando Afonso Freitas empatou a eliminatória na sequência de um lançamento lateral.

Paulatinamente, os portistas foram colhendo os cacos, começaram a jogar de forma veloz, explorando a largura com Wendell e Galeno à esquerda e João Mário e Francisco Conceição na ala oposta, e foram ameaçando o empate que chegou da marca dos 11 metros por intermédio de Taremi.

O tento não travou o ímpeto portista e Charles foi uma espécie de muro que tudo foi parando – três defesas – à excepção de um “míssil” de Francisco Conceição já no período de descontos. No último suspiro desta grande primeira parte, por um “danoninho” Nélson Oliveira não conseguiu chegar ao empate.

Chico Conceição, sempre ele, era o melhor em cena fruto de dois remates, um golo, quatro cruzamentos, nove duelos conquistados e seis conduções progressivas que lhe valiam um GoalPoint Rating de 7.6.

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Se a primeira parte foi de perder o fôlego, a etapa final não lhe ficou atrás. Parada e resposta com os vimaranenses subiram o bloco e a tentarem de tudo para chegar ao empate “empurrados” pelos raides de Kaio César de Jota Silva, por sua vez, o FC Porto aproveitava as costas para accionar a velocidade supersónica de Galeno – muito perdulário e trapalhão a definir. A balança poderia pender para qualquer um dos lados, mas foi a formação da Invicta a mais mortífera e a 15 minutos dos 90 Pepê, assistido por Romário Baró, carimbou o acesso rumo à final do Jamor.

Sem nunca desistir, o conjunto minhoto tentou encurtar distâncias, mas Bruno Gaspar fez o mais difícil e falhou um golo que parecia cantado e João Mário viu Charles negar-lhe a festa. Nada que travasse a terceira presença consecutiva do FC Porto no Jamor.

[ Houve equilíbrio no posicionamento médio das duas equipas ]

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MVP GoalPoint: Francisco Conceição 👑

Tem sido a unidade mais regular e decisiva do FC Porto no decurso desta época. Chico chamou a si a responsabilidade e foi determinante na “remontada” desta partida, com dois remates, um golo, cinco cruzamentos, 48 acções com a bola – seis das quais na área contrária -, venceu 14 duelos, perdeu apenas cinco, foi eficaz em cinco dos oito dribles tentados, alcançou as seis conduções progressivas, cinco perdas de posse e sofreu três faltas, entre as quais a que esteve na origem do empate. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.7.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Porto

João Mário 7.3

Boa partida do internacional luso, consubstanciada num remate, dois passes para finalização, 75 acções com a bola, oito duelos vencidos, seis perdidos e nove acções defensivas.

Pepê 6.8

O polivalente destacou-se com dois remates enquadrados, um golo, oito passes progressivos recebidos, dez acções com a bola na área contrária (máximo no duelo), oito duelos ganhos, outros tantos perdidos, quatro faltas sofridas e dois cartões conquistados.

Romário Baró 6.8

Entrou em campo aos 69 minutos e aproveitou os minutos para ser… decisivo, com uma assistência, duas ocasiões flagrantes criadas, oito acções com a bola e duas conduções progressivas.

Alan Varela 6.5

Responsável por dois passes para finalização, uma eficácia de 94% nos 54 passes feitos, sete duelos ganhos, quatro recuperações de posse, oito perdas e oito acções defensivas.

Galeno 6.3

Pecou nos momentos em que teve de definir – foi consolado por Sérgio Conceição já no banco -, mas exibiu-se num bom plano com três remates (dois enquadrados), cinco passes progressivos recebidos, quatro conduções progressivas e 11 perdas de bola.

Otávio 6.2

Completou a folha de serviços com um remate, cinco passes longos eficazes em dez feitos, quatro duelos vencidos, cinco recuperações de posse, oito perdas e 14 acções defensivas (máximo no duelo).

Nico González 6.1

O espanhol carimbou um passe para remate, falhou três dos 38 passes feitos, ganhou quatro duelos, perdeu 12, acumulou três recuperações de bola, cinco perdas e quatro acções defensivas.

Wendell 5.9

Foi um dos primeiros a tentar responder ao golo madrugador do Vitória. Finalizou a partida com um remate, cinco passes progressivos, oito duelos vencidos, cinco perdidos, quatro recuperações de posse, nove perdas e seis acções defensivas.

Taremi 5.2

Chamado ao “onze” na ausência do castigado Evanilson, orquestrou um remate, um golo, 26 acções com a bola, dois duelos ganhos, oito perdidos, duas recuperações de posse e sete perdas.

Destaques do Vitória

Tomás Händel 6.4

Foi o melhor dos visitantes com um passe para remate, dois passes progressivos, sete duelos conquistados, três perdidos, seis recuperações de posse, oito perdas e sete acções defensivas.

Manu Silva 6.3

Registou um remate, sete passes progressivos, venceu dez duelos, perdeu seis, atingiu as nove perdas de bola e seis recuperações da posse.

Jota Silva 5.0

Esteve ligado ao 0-1, mas desta feita não foi decisivo e concluiu o encontro com dois passes para remate, dois passes super progressivos, dez passes progressivos recebidos e dez perdas de bola.

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.