A 29ª jornada mostrou, mais uma vez, o renascimento de um talento, mas também um Porto que acordou à hora de jogo, três equipas que adoram os ferros, uma outra que perde a pontaria frente aos “grandes” de Lisboa e um Vizela que tem de afinar os seus cruzamentos de bola corrida.
1. Trincão a um passo da sua melhor versão
Em 2019/20, Francisco Trincão, na altura também com dedo de Rúben Amorim, rubricou uma temporada que o levou ao Barcelona. As coisas não correram bem, nem em Camp Nou, nem em Wolverhampton, mas finalmente o bracarense está a explodir em Alvalade. Trincão está a apenas uma acção para golo para igualar a sua melhor temporada até agora, a última na Pedreira. Na altura fez oito tentos e seis assistências. Agora, e ainda com cinco jornadas por disputar, o “leão” já alcançou o mesmo número de tentos e tem somente menos um passe para golo.
2. Dragão acorda aos 60 minutos
A história do empate do Porto em casa com o Famalicão é curiosa. Os portistas estiveram por duas vezes em desvantagem e conseguiram sempre reagir, tornando o jogo muito heterogéneo, ao ponto de termos quase um “dragão” bipolar. Até aos 60 minutos os da Invicta registavam somente quatro remates, mas a partir daqui, em 38 minutos, realizaram 19, ou seja, um disparo a cada dois minutos.
[ Os remates do Porto ante o Famalicão – a amarelo os golos, a azul os enquadrados ]
3. “Grandes” de Lisboa apaixonados pelos ferros
O volume de ataques explica em parte estes números (excepto no caso dos minhotos). Os ferros das balizas adversárias parecem ter um magnetismo especial para três equipas, entre elas os “grandes” de Lisboa. O Benfica lidera nos remates ao poste/barra, com 14, seguindo-se o Sporting e o Famalicão, ambos com 13. Os “leões” acertaram duas vezes nesta ronda, por Gyökeres e Morita.
[ Os remates do Sporting frente ao Gil Vicente, 2 deles foram aos ferros ]
4. Moreirense sem pontaria ante lisboetas
Os cónegos têm mostrado algumas dificuldades frente aos chamados “grandes”, com excepção para o empate arrancado frente ao Benfica, na primeira volta. Agora, na segunda, o Moreirense foi à Luz perder por 3-0 e não enquadrou qualquer dos oito remates realizados. O facto que salta à vista é esta ter sido a segunda vez que os minhotos não conseguem acertar com as balizas adversárias esta temporada na Liga. A outra foi em casa, na recepção ao Sporting.
🇵🇹 FINAL | Benfica 3-0 Moreirense
— GoalPoint (@_Goalpoint) April 14, 2024
🟡 “2as linhas” goleiam, não permitem qualquer enquadrado e mostram a Schmidt que há vida para lá do “11 tipo”
🟡 SLB não ganhava tão confortavelmente desde… 25 de Fevereiro, em qualquer prova
🟡 Rollheiser estreou-se a marcar, Tiago Gouveia… pic.twitter.com/PQ2mURsVoq
5. Sem olho para os cruzamentos
No jogo entre os dois últimos classificados, o Chaves foi ganhar a Vizela e passou ao seu adversário a “lanterna vermelha”. Os minhotos atacaram muito, mas não tiveram qualidade no ataque, igualando mesmo o número mais alto de cruzamentos ineficazes num só jogo, que havia sido fixado primeiramente pelo Gil Vicente ante o… Vizela. Neste caso foram 37 centros de bola corrida (quarto valor mais alto da prova), com 33 a não encontrarem ninguém dos vizelenses na área.
