Portugal 🆚 Islândia | Pleno luso de vitórias para a História

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dez jogos, dez vitórias. Portugal conseguiu o pleno na fase de qualificação para o EURO 2024, fechando a campanha com mais um sucesso, desta feita com um triunfo por 2-0 sobre a Islândia. Com aquela que é, provavelmente, a equipa inicial mais forte, a turma das “quinas” dominou por completo, atacou desde o primeiro minuto e justificou plenamente o resultado, anulando as poucas investidas dos islandeses. em especial na segunda parte. Agora venha o grande certame, a realizar na Alemanha.

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Sem espinhas

Quase só deu Portugal. A turma lusa pegou na bola e praticamente não a largou, partindo para cima dos islandeses com tudo, menos espaços. Os insulares fecharam-se muito bem na defesa e complicaram sobremaneira a tarefa ofensiva de Portugal, que não tinha grande presença na área, em comparação com os visitantes. Ainda assim, aos sete minutos, após boa combinação colectiva, Otávio rematou em jeito, à barra. Gonçalo Inácio quase marcou de cabeça aos 26 minutos e, à meia-hora, Bruno Fernandes também rematou com perigo.

Adivinhava-se o golo, que aconteceu aos 37 minutos, precisamente por Bruno Fernandes, com um excelente pontapé de fora da área, cruzado e muito colocado. E era o médio do Manchester United o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.6. Além do golo, criou uma ocasião flagrante em quatro passes para finalização.

Os islandeses entraram dispostos a criar problemas no ataque, mas com isso desguarneceram a retaguarda, pelo que o segundo golo luso apareceu aos 66 minutos. Remate forte de João Félix, Hákon Valdimarsson defendeu, mas não agarrou, travou a recarga de Cristiano Ronaldo, mas não a de Ricardo Horta.

O jogo era controlado quase na totalidade pelos portugueses, com excepção para uma ou outra saída dos insulares em velocidade, mas as transições defensivas portuguesas iam resolvendo a questão com maior ou menor dificuldade – o momento mais perigoso aconteceu nos descontos, com Diogo Costa e a barra (após desvio de Raphäel Guerreiro) a manterem a baliza inviolada. Assim, Portugal garantiu mais uma vitória, a décima em dez jogos, uma feito inédito para a turma das “quinas”.

[ Só dois lusos atrás da linha de meio-campo no posicionamento médio ]

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MVP GoalPoint: Bruno Fernandes 👑

Começa a ser repetitivo. Bruno Fernandes foi o “rei” da fase de qualificação e voltou a encher o campo em Alvalade. O médio não só abriu o activo, com um excelente pontapé de fora da área, como esteve sempre presente a servir os companheiros. O seu GoalPoint Rating de 8.4 reflecte também uma ocasião flagrante criada em seis passes para finalização, 90% de eficácia de passe, 111 acções com bola e oito recuperações de posse.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques de Portugal

Rúben Dias 7.4

Grande jogo do central, que não raras vezes subiu no terreno para pressionar e recuperar jogo para Portugal. Rúben criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, falhou somente dois de 86 passes (eficácia de 98%), ganhou três de cinco duelos aéreos e acumulou sete recuperações de posse.

Otávio 7.1

Não se deu muito por ele em campo, tirando o remate à barra na primeira parte. Porém, o ex-FC Porto esteve em grande, com um passe de ruptura em dois passes para finalização e três acções defensivas no meio-campo contrário.

João Félix 7.1

A jogar a partir da esquerda, o criativo lutou muito, defendeu e mostrou bastante confiança nas acções ofensivas. Rematou três vezes, todas enquadradas, registou excelentes 12 acções com bola na área contrária (segundo valor mais alto), concluiu duas de três tentativas de drible e ainda fez quatro conduções progressivas e duas super progressivas

Diogo Costa 7.0

Na primeira parte não teve muito trabalho, mas mostrou-se na segunda com quatro defesas e um golo (0,9) evitado (defesas – xSaves). A mais vistosa evitou o tento islandês nos descontos.

João Cancelo 6.8

Alta rotação do lateral luso, que começou na esquerda e acabou na direita. Cancelo venceu 12 duelos, máximo da partida, tendo completado cinco de dez dribles. Foi o jogador mais participativo do duelo, com 120 acções com bola, realizou quatro conduções progressivas e duas super progressivas e acertou 93% dos passes (81 de 87). De negativo apenas os dois dribles consentidos no primeiro terço.

Bernardo Silva 6.7

O médio fez um belo jogo, embora o facto mais relevante tenha sido o de ter terminado sem qualquer passe realizado para Cristiano Ronaldo. Assinou uma assistência, três passes para finalização, um de ruptura e três super progressivos.

Ricardo Horta 6.2

O bracarense entrou aos 62 minutos e foi muito importante na vitória, marcando o segundo golo português. Dos 33 passes realizados teve sucesso em 31 e conseguiu somar cinco acções com bola na área contrária.

Cristiano Ronaldo 4.8

A pior nota entre jogadores lusos. CR7 bem tentou o golo, terminou com sete remates (máximo) e aumentou para 46 o pecúlio de disparos nesta qualificação, o valor mais alto da prova. O capitão enquadrou três desses “tiros” e fez uma assistência, somando também o máximo de acções com bola na área contrária (13). A sua nota é altamente penalizada pelas duas flagrantes falhadas e pelos quatro remates sem a melhor direcção.

Destaques da Islândia

Hákon Valdimarsson 8.3

O guardião islandês evitou males maiores para a sua equipa. Terminou o jogo com impressionantes nove defesas, sete a remates na sua área, quatro a menos de oito metros e evitou 0,8 golos (defesas – xSaves).

Sverrir Ingason 6.3

Portugal tem um Inácio e a Islândia um Ingason… Também defesa-central. E fez um belo jogo, com cinco desarmes e dez alívios, ambos máximos.

Pedro Tudela
Pedro Tudela
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.