Rangers 🆚 Benfica | Golo solitário de Rafa apura águia insegura

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Custou, mas foi. O Benfica venceu em Glasgow por 1-0 graças a um golo solitário de Rafa Silva na segunda parte, que precisou de recurso ao VAR para ser confirmado. As “águias” voltaram a mostrar-se acessíveis colectivamente, sem capacidade de pressão e de controlo do seu adversário, passaram por alguns (poucos) calafrios e decidiram num contra-ataque que o veloz atacante benfiquista finalizou com classe. O Rangers sentiu o golo e quem via o jogo terá sentido que os da casa já não tinhas “gás” para mais.

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Pingue-pongue atacante em Ibrox

Primeira parte muito repartida em Glasgow, com as duas equipas a dividirem a iniciativa atacante, o Rangers com mais capacidade de pressão, o Benfica a encetar contra-ataques venenosos, mas pouco esclarecidos, em especial no último passe. As ocasiões de golo iam escasseando, com a melhor, para as “águias”, a surgir aos 31 minutos, mas Marcos Leonardo não conseguiu a emenda de cabeça. A seguir foi Rafa, num lance confuso, a estar perto de marcar.

O futebol de parada e resposta prosseguiu até ao intervalo, altura em que James Tavernier era o MVP. O lateral-direito do Rangers registava um GoalPoint Rating de 6.7, fruto de dois passes para finalização e relevantes cinco desarmes. O melhor do Benfica era Otamendi, com 6.1 e três intercepções.

Já com Tengstedt em campo, no lugar de Marcos Leonardo, o Benfica começou mal a segunda parte, incapaz de roubar a bola ao Rangers, que rematava mais e jogava como queria. Só a partir da hora de jogo os “encarnados” reagiram e tiveram três disparos seguidos, o último, pelo atacante dinamarquês, com muito perigo, mas à figura de Jack Butland. Até que aos 66 minutos, Rafa isolou-se, assistência de Di María, e marcou. O lance foi anulado por fora-de-jogo, mas o VAR confirmou a legalidade do mesmo.

Os escoceses sentiram o golpe e deixaram de chegar com tanta frequência ao último terço, parecendo atordoados com o tento de Rafa. E aos 83 minutos, António Silva falhou uma grande ocasião praticamente na pequena área.

[ O Benfica esticou mais o jogo, como mostram os posicionamentos médios ]

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MVP GoalPoint: James Tavernier 👑

O lateral inglês é fundamental nesta equipa do Rangers. Ante o Benfica não conseguiu ser decisivo, mas foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.3. Tavernier fez quatro passes para finalização, 102 acções com bola, seis desarmes (máximo) e cinco alívios. Alguns dados negativos afectam-lhe a nota, como os 16 passes falhados (valor mais alto), apenas três longos certos em 12 e 25 perdas de posse (máximo). Terminou o jogo claramente fatigado.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Rangers

John Souttar 7.2

Tal como na Luz, o central escocês voltou a realizar o excelente jogo. Desta feita destacou-se com dois passes para finalização, 82 passes certos em 88 (93%), 103 acções com bola, três duelos aéreos ofensivos ganhos em quatro e 12 acções defensivas.

Connor Goldson 6.4

Ao seu lado teve o inglês Goldson, também muito sólido no passe, com 94% de eficácia em 93 entregas, sete longos certos em dez e nove progressivos. Acumulou 105 acções com bola, quatro duelos aéreos ganhos em seis e dez acções defensivas.

Fábio Silva 5.1

O português esteve discreto, talvez pelo facto de ter actuado muito encostado à esquerda. Não fez qualquer remate, somou somente um passe para finalização e o melhor que apresentou foram sete acções com bola na área benfiquista e três dribles completos em oito tentados.

Destaques do Benfica

Aursnes 7.1

O norueguês voltou a exibir-se a grande nível, na posição de lateral-esquerdo. Aursnes criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, somou seis alívios e dois bloqueios de remate.

Otamendi 6.9

Muito concentrado ao longo de todo o encontro, o que o ajudou a assinar quatro intercepções e sete alívios. Recuperou nove vezes a posse e ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos

Florentino 6.7

Mais uma belíssima partida de Florentino. O médio somou o máximo de recuperações de posse (13), de acções com bola no meio-campo contrário (5), de intercepções (5) e ainda quatro desarmes.

Bah 6.7

Esteve mais em acção nos momentos defensivos. Além de ter ganhou quatro dos seis duelos com Fábio Silva, o dinamarquês fez três passes super progressivos, cinco recuperações de posse e três bloqueios de passe/cruzamento.

Ángel Di María 6.2

Jogo difícil para o argentino, num terreno pesado e de muita luta, e que valeu, sobretudo, pela excelente assistência, de cabeça, para o golo de Rafa. De negativo os seis maus controlos de bola.

João Neves 6.2

Mais um bom jogo de Neves, por vezes castigado pela pouca ajuda que teve na intermediária, para além da de Florentino. Ainda assim, registou o máximo de duelos ganhos no jogo, nada menos que 13 dos 15 em que participou. Completou, ainda três de cinco tentativas de drible, somou dez recuperações de posse e cinco desarmes, segundo valor mais alto do encontro.

Trubin 6.0

Ameaçou um erro grave na primeira parte, mas estabilizou e terminou com três defesas e 0,7 golos evitados (defesas – xSaves).

Rafa Silva 5.8

Jogo difícil para o atacante, com poucos espaços para explorar e, quando tinha, era mal acompanhado pelos companheiros de equipa. Contudo, quando viu metros à sua frente, fugiu “de mota” e fez o golo decisivo, numa das seis conduções super progressivas que acumulou.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.