Sporting 🆚 Boavista | Letra genial de Nuno “Puskás” Santos

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OSporting continua a dar mostras de que está a crescer neste período da temporada e ampliou para quatro o número de vitórias consecutivas registadas na Liga bwin. Na recepção da noite deste domingo ao Boavista, a turma “verde-e-branca” dominou por completo as “panteras”, marcou três golos, da autoria de Nuno Santos (antológico), Salvador Agra (na própria baliza) e Paulinho (que voltou a “mostrar os dentes”), e exibiu-se a um excelente nível, principalmente na etapa inicial. Já os “axadrezados” – que vinham de duas jornadas sem desaires – deram uma pálida imagem na visita Alvalade, desperdiçaram uma boa oportunidade para assumir o oitavo posto da competição e aumentaram para 14 o número de partidas em que sofrem golos fora de portas.

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Superioridade de um “leão” que mostrou os dentes

Após ter desperdiçado duas ocasiões flagrantes, ambas por Chermiti nos primeiros segundos e aos 12 minutos, o Sporting abriu a contagem com um golo monumental.

Decorria o minuto 17 quando numa combinação entre Chermiti e Edwards, a bola sobrou na área para Nuno Santos que, de rompante, inventou um remate “de letra” que deixou a tribuna de Alvalade em êxtase. Momento sublime para o ala canhoto, que assinou o sétimo tiro certeiro em 21 presenças na prova.

O “leão” continuou a afiar as garras e sempre que se aproximava nas imediações da baliza de Bracalli ameaçava as “panteras”. O jogo tinha apenas um sentido e o 2-0, apontado por Salvador Agra na própria baliza, não surpreendeu ninguém, tal era a superioridade “verde-e-branca”, patente nos números ao intervalo: 60% da posse, 19 acções com a bola no interior da área contrária, seis remates (metade enquadrados) e duas ocasiões flagrantes desperdiçadas. Já os “axadrezados” quase nada produziram neste período, à excepção de três acções com o esférico na área contrária e nenhum remate com boa direcção. Nuno Santos era o melhor nesta fase. O camisola 11 teve acção directa nos dois tentos, carimbou um golaço e fez o centro que esteve na génese do autogolo de Agra. Além disso, coleccionou quatro acções com a bola na área adversária, recuperou a posse em cinco ocasiões e registava um GoalPoint Rating de 7.7.

Na etapa final o Sporting soube gerir a vantagem, viu uma óptima iniciativa de Esgaio ser travada pela barra da baliza boavisteira e chegou ao terceiro tento já em período de descontos, altura em que Esgaio (na assistência) e Paulinho (marca há três partidas seguidas) escreveram o 3-0. Petit foi promovendo diversas mexidas no esquema do xadrez visitante, mas foram inexistentes as “chances” de real perigo, perante o estreante Franco Israel.

[ Houve sempre Sporting mais ofensivo que o Boavista ]

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MVP GoalPoint: Nuno Santos 👑

É um dos homens de confiança de Rúben Amorim e voltou a demonstrá-lo com mais uma exibição determinante e que abrilhantou com um momento sublime, de elevada nota artística e candidato ao prémio “Puskás”, atribuído pela FIFA ao melhor golo do ano. Em cima do intervalo foi dele a “assistência” para o 2-0. Dos números amealhados este domingo, o esquerdino foi, ainda, o mais rematador em campo, com cinco tentativas, fez quatro cruzamentos, 12 passes progressivos, sete acções com a bola na área adversária, recuperou a bola em dez ocasiões, perdeu-a por 13 vezes e gizou três acções defensivas. O MVP desta partida teve um GoalPoint Rating de 7.7.

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Sporting

Ugarte 7.5

Foi fundamental na forma como lançou a equipa rumo à baliza do Boavista, com uma exibição total, e destacou-se com extrema eficácia no capítulo do passe (92%, tendo acertado 49 dos 53 passes feitos), com três progressivos, recuperou a posse em oito ocasiões e somou com 13 acções defensivas, entre as quais nove desarmes – acumulou nove acções defensivas no meio-campo do opositor. Os aplausos que recebeu quando foi substituído por Tanlongo foram mais do que merecidos.

Paulinho 6.8

Esteve apenas cerca de 20 minutos em campo, tempo suficiente para ser considerado o terceiro melhor dos “leões”. Neste período, acumulou dois remates, um golo, 12 acções com a bola (três na área contrária) e três acções defensivas.

Trincão 6.4

Aproveitou a pouco mais de meia-hora de acção, imprimindo velocidade e imprevisibilidade ao ataque. Registou um remate, apenas um passe falhado em 19 (95% de eficácia), quatro acções com a bola na área boavisteira, cinco recuperações de posse acumuladas e quatro acções defensivas.

Marcus Edwards 6.4

Mais um bom jogo do extremo inglês, que está cada vez mais regular e tem sido um dos principais agitadores das ofensivas da equipa. Saiu aos 70 minutos com dois remates, uma ocasião flagrante criada, dois passes super progressivos e quatro dribles eficazes em oito tentados.

Coates 6.2

O capitão serenou os ânimos com sete posses de bola recuperadas, cinco acções defensivas (três intercepções) e 95% de eficácia nos passes.

Ricardo Esgaio 6.1

Mais confiante, fez uma bela exibição. Defendeu com segurança e ainda desequilibrou no ataque: com dois remates (um embateu na barra), dez passes progressivos recebidos, 80 acções com a bola (quatro na área contrária) e cinco acções defensivas.

Matheus Reis 6.0

Autor de nove passes progressivos, quatro recuperações da posse de posse e três acções defensivas.

Pedro Gonçalves 5.9

Poupado no início da etapa complementar, registou quatro passes progressivos, recuperou a posse do esférico em cinco ocasiões e gizou duas acções defensivas.

Chermiti 5.9

Foi uma das novidades no “onze”, esteve muito em jogo – sete acções com a bola na área adversária -, mas foi perdulário no momento da finalização (dois remates e perdeu a posse de bola em 12 ocasiões). Lutou e ainda fez a assistência para o primeiro golo do encontro.

Diomande 5.3

Importante na primeira fase de construção (dez passes progressivos e 102 acções com a bola (marca recorde no jogo) -, acumulou ainda seis acções defensivas, quatro delas no meio-campo do Boavista. A rever as 14 vezes em que perdeu a posse e os dois passes de risco que acumulou.

Destaques do Boavista

Abascal 6.9

Foi a unidade boavisteira com melhor nota, graças a nove posses de bola recuperadas e a excepcionais 14 acções defensivas (número que mais ninguém atingiu no encontro), com destaque para sete desarmes.

Reggie Cannon 5.8

De volta ao “onze”, o norte-americano fez de tudo para travar a avalanche leonina com seis recuperações de posse acumuladas e dez acções defensivas registadas.

Yusupha 5.3

Jogo ingrato para o goleador do Boavista, que não foi servido da melhor forma. Dos seus dados, realce para um remate, dez passes recebidos e três dribles eficazes em cinco tentados.

Leonel Gomes
Leonel Gomes
Amante das letras, já escreveu nos jornais A Bola, Público e o O Jogo, dedicando-se também ao Social Media Management desde 2014. Tornou-se GoalPointer na "janela de mercado" do verão de 2019.