Sporting 🆚 Porto | Dragão implacável firme na corrida pelo título

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O “clássico” da 20ª jornada da Liga bwin caiu para o lado “azul-e-branco”. Sporting e Porto defrontaram-se em Alvalade, num jogo que foi repartido e intenso, com alguns lances muito interessantes, até ao tento portista, marcado aos 61 minutos por Matheus Uribe. A partir daqui o “leão” caiu de produção, desanimado pelo facto de ver como muito provável a perda de mais pontos, quando sabia que tal lhe era “proibido”. Nos descontos, porém, Pepê ampliou e Chermiti reduziu ao cair do pano. O 2-1 ditou mais um triunfo dos “dragões”, que assim se colocaram a cinco pontos do líder Benfica, enquanto os “verdes-e-brancos” estão a 15 dos rivais lisboetas e a dez do Porto.

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Bom jogo… até ao primeiro golo do Porto

Algumas surpresas nos “onzes” das duas equipas. No Sporting, Hidemasa Morita nem no banco ficou, local onde começou Nuno Santos, preterido por Fatawu, e com Héctor Bellerín a começar na direita. Perante muitas ausências, o Porto apresentou Pepê e André Franco de início. Seja como for, as duas equipas lançaram-se à procura do golo, com lances de parada e resposta. Só a vitória interessava.

O primeiro grande lance de perigo surgiu aos 20 minutos, quando Marcus Edwards, vindo de trás, surgiu na área a rematar, mas tentou colocar tanto a bola que esta saiu rente ao poste esquerdo da baliza de Diogo Costa. Pouco depois foi Bellerín a fugir pela direita e a cruzar atrasado, mas Francisco Trincão rematou fraco, num lance perigoso. O golo do Porto rondou aos 33, quando Mehdi Taremi, isolado, desviou para a barra e Iván Marcano, na recarga, com a baliza escancarada, cabeceou por cima.

Ainda antes do intervalo (35′), Rúben Amorim lançou Paulinho, para jogar ao lado de Chermiti, saindo Trincão, aparentemente por problemas físicos. E o jovem Chermiti quase marcava aos 41 minutos, com Marcano a bloquear um remate do sportinguista com selo de golo. Antes do descanso, Edwards obrigou Diogo Costa a enorme defesa, na sequência de um livre directo. Porém, o portista João Mário era o MVP ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 5.9, fruto uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura e três dribles eficazes em quatro.

O Porto chegou à vantagem aos 61 minutos. Uribe trabalhou à entrada da área Manuel Ugarte tentou o corte, mas o que conseguiu foi isolar o médio portista que, perante Adán, atirou para o 1-0, ao oitavo remate dos “dragões”, segundo enquadrado. Um tento que foi como que um balde de água gelado no público de Alvalade e no próprio jogo. O “leão” esmoreceu, os da Invicta passaram a jogar de forma mais expectante, à procura do erro e de encurtar espaços no seu meio-campo.

Ainda assim, aos 87 minutos, Chermiti esteve perto do empate, valendo Diogo Costa, e aos 90, o atacante marcou mesmo, após primeira estirada do guardião portista, mas o lance foi anulado por fora de jogo do jovem. Do outro lado contou mesmo o 2-0, com Pepê, isolado, a “matar” o jogo nos descontos, com uma “picadinha” sobre Adán. O melhor que o Sporting conseguiu foi reduzir por Chermiti, de cabeça, no derradeiro lance.

[ O Sporting esteve mais pressionante, mas vacilou na retaguarda ]

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MVP GoalPoint: Matheus Uribe 👑

O melhor em campo em Alvalade foi o homem que começou a decidir este “clássico”. Matheus Uribe não só marcou o golo inaugural, como esteve incansável defensivamente, com seis recuperações de posse e 11 acções defensivas, das quais destacamos três desarmes e um bloqueio de remate. Terminou com um excelente GoalPoint Rating de 7.7

Outros Ratings 🔺🔻

Destaques do Sporting

Edwards 6.3

O melhor elemento do Sporting foi o inglês Marcus Edwards, sempre o mais inconformado e a tentar dar um safanão no jogo. O extremo foi, com Chermiti, o mais rematador do jogo, com quatro disparos, criou uma ocasião flagrante e fixou o máximo de passes para finalização (4), e esteve muito bem no drible, com seis completos em nove tentados (máximos). Pecou na ocasião flagrante que desperdiçou.

Arthur 6.0

Entrado para os últimos 20 minutos, o brasileiro deu alguma intensidade ao futebol leonino, terminando com a assistência para o golo de Chermiti, bem como com cinco cruzamentos, um deles eficaz.

Matheus Reis 6.0

O central esteve bem a defender, com oito recuperações de posse e três bloqueios de passe/cruzamento, falhou apenas cinco de 53 passes e criou uma ocasião flagrante.

Coates 5.8

Pouco reactivo no lance do 2-0, o central uruguaio destacou-se com duas intercepções e três alívios, bem como com cinco recuperações de posse.

Bellerín 5.6

O espanhol estreou-se a titular, mas acabou por sair no início do segundo tempo, muito por culpa de ser ter mostrado pouco capaz de travar as acelerações de Galeno. Fez um passe para finalização e somou quatro acções defensivas.  

Gonçalo Inácio 5.5

Não estava a ter um mau jogo, tendo-se destacado com um passe de ruptura, 90% de eficácia de passe, oito recuperações de posse e o máximo de acções com bola (93). Ganhou três de cinco duelos aéreos defensivos, mas num dos dois que perdeu permitiu a Toni Martínez assistir Pepê no 2-0.

Chermiti 5.4

O jovem atacante leonino marcou o golo da sua equipa e ainda viu outro ser-lhe anulado. Foi, com Edwards, o mais rematador do jogo, com quatro disparos, dois enquadrados, somou o máximo de acções com bola na área contrária (6), mas desperdiçou uma ocasião flagrante, sofreu três desarmes e acumulou quatro maus controlos de bola.

Destaques do Porto

Pepê 6.8

Excelente jogo do brasileiro, um dos maiores focos de desestabilização no ataque portista. Além do golo que marcou, enquadrou dois dos três remates que fez, completou cinco de oito tentativas de drible e fez uma condução super aproximativa.

Diogo Costa 6.5

Nos melhores períodos do Sporting, o guarda-redes portista esteve em grande nível. Terminou com quatro defesas, evitando 1,5 golos (defesas – xSaves).

João Mário 6.4

O melhor elemento na primeira parte, o lateral manteve sempre um nível apreciável, registando uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, três cruzamentos eficazes em cinco, bem como quatro dribles completos em cinco. Pecou nas perdas de posse, com cinco no primeiro terço.

Taremi 6.3

Na primeira parte atirou uma bola à barra, numa das duas ocasiões flagrantes que desperdiçou. O atacante foi dos mais rematadores, com três disparos, mas não conseguiu facturar em 0,7 Expected Goals (xG).

Galeno 6.2

Causou muitos problemas a Bellerín, mas acabou por ser pouco objectivo no ataque. Ainda assim criou uma ocasião flagrante e fez dois de ruptura. Registou, com Coates, o máximo de passes falhados (11).

Grujić 6.0

Bem pelo ar – ganhou quatro de seis duelos aéreos -, o médio-defensivo trabalhou muito, acumulando dez acções defensivas, com relevo para três desarmes e dois bloqueios de remate.

Pedro Tudela
Pedro Tudelahttps://goalpoint.pt/
Profissional freelancer com mais de duas décadas de carreira no jornalismo desportivo, colaborou, entre outros media nacionais, com A Bola e o UEFA.com.