O futebol é mesmo assim. O Braga fez uma boa segunda parte, apesar de ter sofrido primeiro, reagiu e marcou por Niakaté, mas o central foi expulso três minutos volvidos, algo que condicionou a formação minhota. Ainda assim, os “guerreiros criaram excelentes ocasiões para marcar, incluindo nos descontos, esbarrando na grande exibição do guarda-redes Nikita Haikin, e no derradeiro lance, num canto, o Bodø/Glimt marcou…
Balde de água fria
Jogo dividido na primeira parte, apesar de algum ascendente bracarense expresso na superioridade marginal na maior parte das estatísticas do jogo. A verdade é que as duas equipas conseguiram anular os pontos fortes uma da outra e não houve muitas ocasiões de golo. O nulo ao intervalo era natural.
Os noruegueses assustaram e marcaram, deixando no ar a possibilidade de mais um triunfo ante equipas portuguesas, após a vitória na recepção ao Porto. Contudo, Niakaté empatou, numa fase em que os minhotos pressionavam em busca do golo, e nem a expulsão do central apenas três minutos volvidos permitiu aos visitantes o domínio da partida. Nos descontos, Bruma esteve perto da reviravolta, mas no último lance do jogo, os noruegueses marcaram e tornaram-se numa espécie de carrascos das equipas lusas.
[ Braga mais subido que os noruegueses, ainda que ligeiramente ]
O Jogo em 5 Factos
1. Máximo de remates enquadrados
Que o Braga merecia mais, parece pacífico. No processo de grande pressão ofensiva, os minhotos enquadraram 11 remates, igualando o máximo da prova, que já pertencia ao Besiktas.
2. Muitas acções nas áreas
Os noruegueses não deixaram de atacar e acabaram por se aproximar do Braga no número de acções com bola nas áreas contrárias. Os anfitriões somaram 32, os visitantes 26.
3. Braga consistente no primeiro terço
Apesar da desatenção no último lance, que deu golo norueguês, a verdade é que o Braga errou pouco lá atrás e só registou seis perdas de posse no primeiro terço, contra 14 do Bodø/Glimt.
4. Jogo intenso e movimentado
Este encontro na Pedreira foi o segundo desta competição com mais acções com bola, nada menos que 1421. O Braga somou 722, o Bodø/Glimt 699.
5. Oh, Nikita, you will never know…
Já cantava Elton John nos anos 80, julgando ser este um nome feminino. Porém, é masculino e, no caso, de guarda-redes. Nikita Haikin foi um dos responsáveis por este desfecho, terminando com um extraordinário rating de 8.8, igualando o máximo de defesas (10) da competição. Evitou mesmo 2,2 golos (defesas – xSaves), segundo valor mais alto da prova, atrás dos 2,5 de Kostas Tzolakis, do Olympiacos, ante o… Braga.
MVP GoalPoint: Bruma
Jogo incrível de Bruma, que merecia muito mais, terminando com um rating estratosférico, mesmo sem qualquer acção para golo. O extremo enquadrou dois de três remates, criou uma ocasião flagrante em cinco passes para finalização (máximo), realizou um passe de ruptura, 13 passes progressivos e seis super progressivos (novos recordes desta Liga Europa), completou três de cinco tentativas de drible e acumulou quatro conduções progressivas. Uff!