Espanha cumpriu o que se esperava dela. Frente à inferior Albânia, e mesmo com muitas mexidas e a entrada das chamadas “segundas linhas”, os espanhóis dominaram amplamente a primeira parte, marcaram e depois geriram, perante albaneses esforçados, que reagiram no segundo tempo, mas não tiveram arte nem engenho para marcar. E vão para casa com um ponto, enquanto a formação ibérica venceu as três partidas no Grupo B e sem sofrer qualquer golo.
Imperou a lógica
Primeira parte sem muita história. Mesmo com as segundas linhas, Espanha dominou por completo e marcou aos 13 minutos por Fernán Torres, após grande passe de Dani Olmo. O máximo que a Albânia conseguiu foi rematar uma vez, enquadrada sim, mas sem oferecer grande perigo. Os albaneses tentaram reagir no segundo tempo, aproveitando alguma passividade dos espanhóis que, ainda assim, controlavam os acontecimentos com maior ou menor dificuldade. “La roja” termina só com vitórias o Grupo C, enquanto a Albânia vai para casa com um ponto.
[ Passes e mais passes de Espanha ]
O Jogo em 5 Factos
Grimaldo mostra serviço – O ex-Benfica jogou no lugar de Cucurella e complicou as escolhas do seleccionador espanhol. Registou o segundo mais alto rating da partida, um 7.1, fruto de cinco passes para finalização (0,6 Assistências Esperadas – xA), quatro cruzamentos de bola corrida eficazes (igualou recorde do EURO) em nove, 57 passes certos em 61 e 91 acções com bola.
Espanha chegou fácil à área – Em especial devido à boa primeira parte, os espanhóis acumularam 31 acções com bola na área contrária, contra 11 dos albaneses. Um fiel retrato do jogo.
“La roja” não brinca em serviço – Poder-se-ia esperar uma Espanha mais macia num jogo que nada pesava para as contas, mas a verdade é que “nuestros hermanos” fizeram 15 faltas, mais do dobro das da Albânia (6).
Domínio aéreo – Os albaneses tentaram criar estragos em bolas pelo ar, mas Espanha não foi na cantiga. Dos dez duelos aéreos defensivos em que participaram, os espanhóis ganharam nove.
Asllani nunca desistiu – O facto de a Albânia não ter tido o mesmo pendor ofensivo de Espanha dá ainda mais relevo a estes dados. O atacante albanês Kristjan Asllani acumulou cinco passes para finalização, tantos quanto Grimaldo. Tendo em conta que fez quatro remates, quer isto dizer que Asllani esteve em nove das dez finalizações da sua selecção. Incrível.
MVP GoalPoint: Dani Olmo
O criativo do Leipzig aproveitou a titularidade para mostrar serviço. Autor da assistência para o único golo do encontro, o médio foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2. Olmo fez dois passes para finalização, um de ruptura, dois super progressivos, recebeu ele próprio dez progressivos, registou o máximo de acções com bola na área contrária (7), completou as três tentativas de drible e registou quatro conduções progressivas.