Melhores do Ano: Os 44 magníficos da Liga 22/23 ⭐️

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E chegou o dia de anunciar os 33… não, os 44 magníficos GoalPoint da Liga bwin. Decidimos aumentar o leque (e dar mais trabalho gráfico ao Antunes) para contarmos, de forma ainda mais completa, a História individual dos heróis de desempenho da Liga 22/23. O líder esse já está eleito: Otávio é Jogador do Ano pela segunda vez (igualando um feito que só tinha sido atingido por Jonas e Pizzi, desde que há GoalPoint) e de forma consecutiva (inédito até agora), e a ele juntam-se duas das 10 Revelações do Ano também já anunciadas anteriormente. Mas chega de paleio: passamos então a anunciar, detalhar e comentar os 44 Magníficos GoalPoint Liga bwin 2022/23, entre todos os jogadores que completaram mais de 50% do tempo de jogo da prova (mais de 1530 minutos).

1. Guarda-redes

  • De Arruabarrena – Chegou a Arouca como especialista em defender grandes penalidades e confirmou o estatuto esta época, travando quatro (máximo da Liga e metade dos que enfrentou), mas não foi só por isso que brilhou. O uruguaio terminou aliás com o valor mais elevado de golos evitados (diferença entre defesas somadas e esperadas/exigíveis): 14! Ah e, como se não bastasse foi o primeiro guardião da Liga a somar um rating perfeito 10.0, neste jogo.
  • Andrew – O gilista voltou a brilhar contra os “grandes”, como já o tinha feito na época passada. E o mais incrível é que o ex-Botafogo tem apenas 21 anos, muito jovem para a qualidade que já apresenta na posição.
  • Paulo Vítor – O experiente guardião foi um dos grandes responsáveis pela tranquilidade ter chegado cedo a Chaves, tendo sido mesmo Jogador do Mês GoalPoint de Abril de 2023, um tipo de galardão que raramente escapa aos jogadores dos quatro primeiros classificados.
  • Nakamura – O japonês foi o guardião com mais trabalho da Liga, somando 137 defesas, a um ritmo de cerca de cinco a cada 90 minutos. Apesar do assédio que sofreu (o Portimonense foi a equipa que mais remates permitiu), conseguiu travar 75% dos disparos que enfrentou e terminar com 12 golos “limpos” evitados.

2. Centrais

  • Iván Marcano – De “acabado”, devido à idade e às lesões, a indiscutível titular, após a saída de Chancel Mbemba e o insucesso da primeira temporada de David Carmo no Dragão. O “central goleador” terminou com quatro golos na Liga mesmo não tendo sido, nem de perto, o central mais rematador – somente 0,6 disparos por 90 minutos e 27% de taxa de conversão.
  • João Basso – Um dos destaques habituais nos nossos canais, desde a temporada transacta. Basso é um dos melhores centrais da Liga, marcou três golos, fez uma assistência e foi sempre o líder do sector recuado do Arouca, com excelente posicionamento e bom no jogo aéreo. Esteve em quatro “onzes” da jornada em 2022/23.
  • Bruno Wilson – O neto do velho capitão Mário Wilson subiu alguns patamares na qualidade do seu futebol e terá realizado mesmo a melhor época da carreira, tendo sido mesmo o quinto central com menos desarmes falhados (32%) e o quarto com mais alívios (5,3).
  • Gonçalo Inácio – Uma espécie de “pronto-socorro”, pois tanto foi usado esta época como central do lado direito, como do lado esquerdo – dependendo muito dos adversários e das lesões dos seus colegas, em especial St. Juste. As três assistências são um excelente registo para um central e ainda esteve muito bem nos lances aéreos.
  • Sikou Niakaté – Um dos integrantes do Top 10 das revelações da Liga esta temporada, o central francês do Braga contribuiu, e de que maneira para a solidez da terceira melhor defesa da Liga e fez esquecer David Carmo. Niakaté é veloz, forte e lê bem o jogo, e subiu sempre a preceito, tendo marcado três golos. Chegou emprestado pelo Guingamp, mas o Braga decidiu exercer opção.
  • Nicolás Otamendi – O capitão e líder da defesa do Benfica, emblema campeão e que foi a menos batida da prova, com 20 golos. Só isso é um cartão de visita, mas o argentino esteve em grande nível. Excelente pelo ar, foi o segundo central mais rematador por jogo, com média de um disparo, foi o terceiro em intercepções (2,1) e o segundo em recuperações de posse (7,2).
  • Tomás Araújo – O central de apenas 21 esteve emprestado pelo Benfica ao Gil Vicente e, após ter feito dupla com António Silva na equipa “encarnada” que venceu a Youth League, faz agora dupla com o benfiquista no melhor “onze” da temporada. Foi o quarto central com mais desarmes por 90 minutos (2,1).
  • António Silva – O melhor central da Liga, que já havia liderado o Top 10 das revelações. António Silva tomou de assalto a equipa do Benfica e o campeonato, com exibições que demonstram personalidade, nervos de aço, imunidade à pressão, maturidade, sentido posicional e total percepção táctica dos jogos. Foi o central com mais recuperações de posse (7,2).

3. Laterais-esquerdos

  • Nuno Sequeira – Um dos casos de maior regularidade e solidez desde que há GoalPoint, e estamos a falar desde que o começámos a “medir”, ainda no Nacional da Madeira. Sequeira não é muito falado, mas “seca” os adversários com competência há épocas seguidas em Braga.
  • Wendell Borges – Longe vão os temos em que o Porto se destacava com os melhores laterais da Liga, mas isso não significa que não exista competência na posição. Wendell pode não ter brilhado individualmente, mas foi opção sólida, faltando apenas mais participação ofensiva para competir com as referências no seu corredor.
  • Nuno Santos – De melhor lateral-esquerdo 21/22 salta para segundo melhor. Isto diz muito da qualidade (aparentemente pouco percebida) de um jogador que se adaptou na perfeição às exigências do sistema de Rúben Amorim, mesmo que o treinador opte muitas vezes por deixá-lo no banco quanto menos se espera. Mais um ano em grande, batido apenas pelo super-Grimaldo.
  • Grimaldo – O lateral espanhol vai deixar saudades, após uma época em grande, quiçá a melhor de águia ao peito. Para lá das tarefas defensivas somou 14 acções para golo, apenas Gonçalo Ramos e Grimaldo fizeram mais no campeão nacional.

4. Laterais-direitos

  • João Costinha – O jovem lateral-direito, de apenas 23 anos, está há muito em Vila do Conde e esta foi a segunda temporada em que atingiu um nível bem interessante, ao ponto de ter despertado, segundo a comunicação social, o interesse do FC Porto. Muito influente na manobra ofensiva da equipa, dá solidez ao sector recuado e foi mesmo o lateral com mais de 1530 minutos com o registo mais alto de desarmes por 90 minutos (3,4).
  • Miguel Maga – Outro jovem lateral, este de 20 anos e um dos mais promissores do futebol português. Mesmo quando o Vitória tinha quebras, Maga mantinha o nível e foi o terceiro da posição com mais desarmes por 90 minutos (3,0) e também o terceiro com mais intercepções (1,8). Claramente para manter debaixo de olho.
  • Pepê Aquino – Chegou como médio/extremo, mas a sua capacidade de trabalho – é, talvez, o jogador do Porto que mais se assemelha a Otávio nos equilíbrios que dá à equipa – levou Sérgio Conceição a apostar no ex-Grêmio a lateral-direito, perante as lesões de outras opções para o lugar. Manteve o nível elevadíssimo quando foi chamado a actuar em zonas mais adiantadas e terminou a época com o número mais alto de dribles eficazes em termos absolutos (75).
  • Alexander Bah – O melhor lateral-direito da Liga, sobretudo após o adeus de Porro. Começou no banco, com Gilberto no “onze”, mas mal entrou, nunca mais largou o posto. Evoluiu nos aspectos defensivos ao longo da temporada e é um jogador com peso na pressão e no envolvimento ofensivo, terminando a Liga com quatro assistências e a quarta média mais alta de passes para finalização da posição (1,6).

5. “Trincos”: os médios de pendor mais defensivo

  • Manuel Ugarte – O destino do médio uruguaio parece estar traçado, ou PSG ou Chelsea, e a troco de €60M. A eventual saída é fruto de uma época de enorme qualidade por parte de Ugarte. Com poucas ordens para atacar, foi um autêntico “polvo” e, entre médios-defensivos, arrasou nos desarmes, com a média mais alta da Liga (4,7 e o valor absoluto mais alto, nada menos que 121), e liderou nas acções defensivas no meio-campo contrário (4,2). A pouca participação ofensiva e a facilidade com que antecipa o cartão amarelo são dois exemplos de motivos para não surgir tão acima nos 44 eleitos como muitos esperariam.
  • Florentino Luís – O benfiquista regressou de dois empréstimos agridoces para tomar conta do sector mais recuado do “miolo” da equipa campeã nacional, com uma primeira metade de época de altíssimo nível. Esteve muito bem nas acções defensivas no meio-campo contrário (3,4, segunda melhor média) e liderou nas intercepções (2,7).
  • Matheus Uribe – Em final de contrato com o Porto, deverá sair a custo-zero e, perante os desempenhos nas últimas épocas, é caso para dizer que dificilmente os “dragões” encontrarão um jogador com características tão completas num médio, com grande capacidade defensiva, de construção e de integração no ataque.
  • Mohamed Al Musrati – O melhor “trinco” da Liga. A solidez do Braga e a segurança que os médios e avançados sentiram para atacar sem preocupações tiveram na sua génese a presença do líbio, que estava lá atrás a “limpar” tudo, nos desarmes, intercepções e a pressionar, igualmente, em zonas bem adiantadas. A isso junta uma capacidade de passe a média/longa distância que o separa dos demais concorrentes locais na posição.

6. Os médios-centro: dos box-to-box aos “faz-tudo”

  • Santiago Colombatto – Uma das agradáveis surpresas desta Liga. O médio argentino foi o cérebro por detrás do futebol do Famalicão, dando uma qualidade extra não só aos momentos defensivos, como também à construção, sem esquecer que se integra bem no ataque. Foi o médio com mais passes para finalização realizados por 90 minutos (2,2).
  • Hidemasa Morita – O japonês chegou ao Sporting após cobiça de clubes turcos, na sequência de uma excelente temporada no Santa Clara, e com rótulo de substituto de Matheus Nunes. Não demorou a ganhar o seu espaço no esquema leonino, com algumas excelentes exibições, permitindo a Pedro Gonçalves subir no terreno.
  • Stephen Eustaquio – Após a saída de Vitinha para o PSG, o internacional canadiano assumiu-se como o natural substituto. Por vezes discreto no seu jogo, mostrou qualidade no passe, visão de jogo e capacidade de trabalho. Tem tudo para crescer ainda mais no “dragão”.
  • Otávio Monteiro – O Jogador do Ano GoalPoint da Liga bwin 2022/23. Os números incríveis do portista podem ser consultados aqui (link).

7. Os furtivos: dos médios-ofensivos aos “avançados-sombra”

  • Fábio Samu – O médio do Vizela arrasou, realizando exibições que mais pareciam ao serviço de uma das equipas do topo da tabela, de tão impositivas. Terminou a Liga com golos, assistências e números muito bons a defender e a construir.
  • Rafa Silva – O veloz jogador do Benfica alternou tarefas de médio-ofensivo com as de segundo-avançado. Começou num nível altíssimo, foi caindo de produção ao longo da temporada, mas não deixou de ser um dos mais importantes jogadores na conquista do título benfiquista.
  • Francisco Trincão – A sua chegada, por empréstimo do Barcelona, animou as hostes leoninas com a mesma velocidade com que iniciou as primeiras críticas, muitas delas injustas – talvez devido às expectativas criadas. A verdade é que Trincão foi ganhando confiança ao longo da temporada e terminou com golos, assistências e algumas prestações memoráveis, incluindo um “hat-trick”.
  • Pedro Gonçalves – “Pote” não tem merecido a mesma atenção que na época em que o Sporting foi campeão. Claro que não marcou os mesmos 23 golos, mas fez 15 e mais 11 assistências, e parece mesmo que os elogios falham devido ao insucesso leonino. É a única explicação, pois Pedro Gonçalves realizou uma época a um nível altíssimo, no remate, na construção, na oferta de situações de finalização. Em termos absolutos, foi o jogador da Liga com mais remates (104) e passes para finalização (74).

8. Os Médios/Extremos-esquerdos

  • Iván Jaime – Revelação da época para alguns, mas só para os mais distraídos. Em Famalicão desde 2020, apenas uma lesão prolongada interrompeu a sua afirmação e ainda maior brilho, nesta e na Liga anterior. Fala-se de um salto, com toda a justiça.
  • Frederik Aursnes – Figura central no título “encarnado”, a importância do norueguês transcende em muito o seu desempenho mensurável, pois este acaba por sair prejudicado por uma das características que Roger Schmidt parece ter encontrado nele, mas que nem sempre o favoreceu nos ratings: a polivalência.
  • João Mário – Uma das figuras do título benfiquista, a jogar e, para surpresa de muitos, a marcar (muitos) golos. Fechou a primeira volta com 6.86, mas caiu um pouco de rendimento e influência na recta final, o que não retira brilho à sua melhor época de sempre.
  • Wenderson Galeno – Ora aqui esta um jogador cujo desempenho mensurável costuma exceder o mediatismo e análise a olho. E a coisa não é de agora, já sucedia ao serviço do Braga.

9. Os Médios/Extremos-direitos

  • Morlaye Sylla – A época extraordinária do Arouca teve como um dos principais jogadores o extremo guineense, que marcou, assistiu, driblou e mostrou velocidade difícil de travar pelos adversários.
  • Marcus Edwards – Um dos principais desequilibradores leoninos viveu uma época com mais altos que baixos e foi mesmo, em alguns momentos, o jogador que carregou a equipa para a frente. Marcou golos, fez assistências e foi o futebolista com mais alta média de dribles tentados (6,1) e completos (2,8).
  • David Neres – O brasileiro chegou para agitar por completo a Liga, com velocidade, técnica acima da média e grandes golos. As lesões acabaram por atrapalhar um pouco e, em determinados momentos, perdeu mesmo a titularidade. Contudo, foi uma das figuras do Benfica, pelos golos, assistências e pelo que desequilibrou, adaptando-se de imediato ao futebol português. 
  • Iuri Medeiros – A dada altura, quando o destacámos como Jogador do Mês de Março, definimos Iuri como “underrated”. E mantemos, pois continua a ser pouco falado. O jogador do Braga realizou uma época espectacular e é o extremo-direito da nossa equipa de melhores do ano, com golos, assistências, drible, criatividade e imprevisibilidade. Por pouco não era mesmo o melhor de 2022/23.

10. Os homens de área: dos pontas-de-lança aos avançados-centro

  • Rafa Mujica – O espanhol foi o elemento que materializou em golos a boa época do Arouca. Terminou a temporada da Liga no Top 10 dos mais rematadores do campeonato, com uma média de 3,2, sendo 3,0 de bola corrida (quarta média mais elevada).
  • Gonçalo Ramos – A evidente quebra de produção no final da época não só lhe impossibilitou vencer a corrida para melhor marcador do campeonato, como ajudou a ser “apenas” o terceiro melhor rating entre os homens mais adiantados. Contudo, é inegável que fez a melhor temporada da sua (ainda curta) carreira e os números falam por si.
  • Ricardo Horta – “Ah e tal, não foi para o Benfica, vai amuar”. Não só Ricardo Horta não baixou de produtividade, como realizou uma das melhores épocas da carreira. O capitão dos minhotos marcou, assistiu, jogou, fez jogar, desequilibrou e até foi ao Mundial 2022, onde marcou um golo.
  • Mehdi Taremi – O dono da “ponta da lança”. O iraniano não é propriamente um número “9” típico. Pode ser homem de área, mas é mais um segundo-avançado, ou um avançado-centro à antiga, que sabe construir e assume ele próprio a iniciativa. Foi, finalmente, o melhor marcador do campeonato luso, com 22 golos.

Fechamos os 44 Magníficos GoalPoint Ratings da Liga bwin 22/23 com a “foto de família”. Cá estaremos em 2023/24 para apanhar e medir tudo o que os craques da Liga façam em campo.

[ O quadro de honra completo dos 44 Magníficos GoalPoint Ratings da Liga bwin 22/23 ]

Parabéns a todos os eleitos!
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