O que aprendemos na jornada 30 da Liga 23/24

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A30ª jornada, que antecede o “clássico” entre Porto e Sporting, ampliou uma grande diferença entre os dois rivais, abriu um “hospital de campanha” no Dragão, voltou a calar os “críticos” de Pedro Gonçalves, dilatou a vantagem de Di María em passes “especiais” e reforçou a admiração pela grande temporada (e postura) de João Moutinho.

1. Fosso ainda mais profundo antes do “clássico”

Vem aí “clássico” entre Porto e Sporting, numa fase em que alguns números das duas equipas são tão contrastantes que a eles não podemos fugir. Os “leões” contabilizam 87 golos quando os seus Golos Esperados (xG) não passam dos 65 (64,9), mais 22 tentos obtidos, não muito longe da metade dos tentos que os “dragões” apontaram (55) no campeonato. Por outro lado, o Porto está a dever à sua contabilidade dois tentos (-2,3), um saldo negativo que coloca em quase 25 os golos de diferença entre os que o Sporting marcou “a mais” e os que os portistas têm “a menos”. Na derradeira jornada, a 29, o Sporting fez três golos ao Vitória de Guimarães em apenas 1,9 xG.

[ Os remates (a amarelo os golos) e os xG (círculos maiores, mais xG) de Porto e Sporting até à J30 ]

2. Hospital de campanha no Dragão

Na vitória ante o Casa Pia, Sérgio Conceição foi forçado a fazer duas substituições por lesão, no caso de João Mário e Francisco Conceição. Este facto elevou para 18 as substituições que os “dragões” já tiveram de fazer por problemas físicos dos seus jogadores esta temporada na Primeira Liga, mais três que o segundo emblema mais afectado, o Vitória SC.

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3. “Pote” de golos, marcados e oferecidos

“Pedro Gonçalves está muito abaixo da época de estreia em Alvalade”, grita-se desde o início de 2023/24. Uma afirmação que colhe muito pouco junto dos números. Ante o Vitória minhoto, “Pote” fez mais um golo e uma assistência, colocando em 23 a sua participação directa nos tentos do “leão” esta temporada, apenas menos três do que na brilhante época de 2020/21.

4. Di María, o super progressista

A temporada do argentino no regresso ao Benfica divide opiniões, mas há diversas variáveis em que Di María está muito acima dos demais. Uma delas é no passe super progressivo – que aproxima a equipa da baliza em pelo menos 25% e 15 metros. Ante o Farense arrancou mais seis, terceiro valor mais alto de um jogador numa partida. Ángel lidera, aliás, os quatro registos mais elevados, com nove ante o Farense na Luz, oito na visita ao Casa Pia, seis nesta partida no São Luís e também em Arouca. Já leva 62, com uma vantagem enorme sobre os perseguidores.

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5. Um “monstro” no meio-campo do Braga

Aos 37 anos, João Moutinho continua a dar cartas e é o grande “patrão” do meio-campo do Braga. Frente ao Vizela voltou a estar em grande e criou três ocasiões flagrantes, igualando o máximo de um jogador numa só partida, que já pertencia a outros sete craques. Não satisfeito, aproveitou o apito final para se tornar o MVP “flash interview” 23/24.

[ As três flagrantes criadas por João Moutinho ante o Vizela ]

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