(artigo originalmente publicado a 29 de Julho de 2020)
Apesar da maldita pandemia, algumas tradições ainda são o que eram e, aqui estamos nós, para vos apresentar os 33 magníficos da Liga NOS 19/20. A temporada foi longa, cheia de reviravoltas até ao último minuto, mas há coisas que não mudam, nem mesmo entre os eleitos. Em relação à temporada passada, três jogadores mantêm o lugar no “onze” ideal (Coates, Alex Telles e Pizzi), sendo que o lateral portista tem lugar cativo desde a época (16/17), na qual chegou a Portugal. Coates, que “aterrou” em 15/16, mas já não a tempo de estar nos eleitos, só falhou o “onze” ideal na época 17/18, a mesma em que Pizzi ficou “sentado no banco”, à custa de Bruno Fernandes e de… Zivkovic. Em todas as outras eleições, desde 15/16, o brigantino esteve presente no “onze” ideal do campeonato, sendo que na actual temporada ficou apenas atrás de Francisco Trincão no que aos GoalPoint Ratings diz respeito.
Ainda em relação à época transacta, a grande queda foi claramente a de Haris Seferovic, melhor marcador do campeonato passado e “titular” na frente de ataque. O suíço caiu a pique em quase todas as variáveis de desempenho, sobretudo no que toca à eficácia, e teve a maior queda de rating (-0.94) entre todos os jogadores que jogaram pelo menos mil minutos em cada uma das épocas. O segundo maior tombo (-0.88) foi de… Rafa, que tinha tido o melhor GoalPoint Rating da época passada, mas que na presente temporada ficou longe da excelência. Por outro lado, se Rafa não teve substituto à altura, o mesmo não se pode dizer do ponta-de-lança, já que Carlos Vinícius foi o homem com melhor evolução de rating entre as duas épocas (+0.71).
[ Seferovic teve a maior queda de GoalPoint Rating em relação a 18/19, e Carlos Vinícius a maior subida ]
Tomando como referência os eleitos no final da primeira volta, o “onze” ideal até sofreu bastantes alterações (sete), tal como a classificação. À passagem da jornada 17 o Benfica era líder na classificação e elegia tantos jogadores como o Porto (três). No final, apesar de ter “perdido” Zé Luís, as entradas de Otávio para o lugar de Pêpê e de Alex Telles para o lugar de Grimaldo significam um campeão em maioria também aqui. Destaque ainda para o Braga, que coloca no “onze” os seus dois extremos titulares, e para o Boavista, que “fura” a ditadura do top-4 com a eleição do seu guarda-redes.
Mas vamos aos eleitos, começando precisamente pela baliza.
Depois da lesão a bonança
Após ter sido um dos guardiões revelação da temporada passada, Helton Leite lesionou-se em Fevereiro de 2019 e começou a época ainda em recuperação. Rafael Bracali estava a ter bons desempenhos e Helton teve que “penar” nove jornadas no banco até tomar conta da baliza “axadrezada”. Foi quase um ano sem jogar, mas as suas qualidades permaneceram intactas. Na defesa da sua baliza, segurou 66% dos remates que lhe foram disparados já dentro da área, o segundo melhor registo do campeonato, sendo que 84% das defesas que fez foram para zona segura, algo em que só Hervé Koffi esteve melhor.
Foi precisamente o guarda-redes do Belenenses a ficar no segundo posto, a uma ingrata margem de 0.004 pontos. Koffi foi uma das grandes revelações, entre os postes e fora deles. Poucos saem com tanta frequência a cruzamentos (1,5 / jogo), e poucos conseguem tão alta eficácia (93%). O burquinês é ainda dos melhores a repor a bola em jogo, seja através de lançamentos ou de pontapés longos, e se melhorar algumas falhas de concentração tem um futuro brilhante pela frente. Makaridze, que já foi por diversas vezes apontado a clubes “grandes”, ficou no terceiro posto, com Amir 5.86 e Vlachodimos 5.84 muito perto.
Defesa com muito fogo “azul-e-branco”
Já começa a ser normal a linha defensiva ter sempre maioria de jogadores do Porto, e esta época não foge à regra. Começando pela lateral-direita, onde Tecatito jogou 14 jogos como titular e foi, de longe, o melhor do campeonato. As contratações do Porto para esse posto teimam em não resultar e, desde a saída de Ricardo Pereira, o mexicano tem sido claramente a melhor solução, apesar de continuar a render em posições mais adiantadas. Terminou com quatro golos e 11 assistências, fez uma média de 2,0 passes para finalização por jogo e teve uma eficácia de 30% nos cruzamentos, apenas superada por Ricardo Esgaio (32%). No drible, foram 2,3 / 90m, registo que só o endiabrado Nanu (2,5) superou. Mas se Corona se destaca mais pelo que faz com bola, há no Moreirense um lateral que faz de tudo um pouco. Aos 31 anos, João Aurélio está em “ponto de rebuçado” e fez provavelmente a melhor época da sua carreira. Sabe desequilibrar em progressão, como mostram as duas faltas sofridas por jogo, mas é sobretudo no desarme (3,1 / jogo) e nas intercepções (2,6 / jogo) que impressiona. Ninguém conseguiu melhor registo nestes parâmetros, num total de 10,7 acções defensivas a cada jogo. O sempre sólido Ricardo Esgaio aparece no terceiro lugar de uma posição que não teve qualquer alteração em relação à primeira volta.
A dupla Coates/Marcano é a “escolhida” para o centro da defesa, tendo ambos os jogadores terminado com o mesmo GoalPoint Rating. Se o leitor quiser mesmo saber quem foi o melhor central do campeonato, de acordo com o nosso algoritmo, Marcano 6.113 levou uma curta vantagem sobre Coates 6.107. Convém lembrar que, até se lesionar, o espanhol era dos jogadores mais importantes nas bolas paradas do Porto, com média de quase um golo a cada quatro jogos e 1,1 remates por jogo na sequência destes lances, algo que mais ninguém conseguiu em todo a Liga NOS. Defensivamente foi dos centrais menos driblados no campeonato (0,2 / jogo) e venceu 71% dos duelos aéreos que disputou. A eficácia nos duelos aéreos defensivos é algo em comum a outros três eleitos para as posições de central. Com 79%, Jadson foi o melhor nesse aspecto, enquanto Mathieu e Coates terminaram ambos com 77%. Diferenciador, no caso do uruguaio, é o facto de também conseguir eficácia excelente (62%) nos duelos aéreos ofensivos, e não é por acaso que muitas vezes é chamado a ajudar na frente. Cada passe certo do uruguaio faz a equipa avançar 7,6 metros (só Marco Baixinho tem melhor registo) e o único “leão” presente no “onze” consegue ainda um drible a cada dois jogos, o que mostra o seu conforto com bola.
Rúben Dias, que mostrou segurança com bola muito acima da média (97% de passes certos no primeiro terço), e Aderllan Santos, importantíssimo na construção do Rio Ave (65% de eficácia no passe longo), foram os outros centrais eleitos.
[ A diferença entre Marcano e os outros dois centrais mais utilizados por Sérgio Conceição ]
A posição de lateral-esquerdo foi talvez das mais renhidas. Com 11 golos e oito assistências, Alex Telles acabou naturalmente como o melhor, mas Sequeira e Grimaldo não ficaram longe, e até Acuña 6.01 e Henrique Gomes 5.97 tinham GP Rating para aparecer no outro flanco. O lateral do Braga terminou com uma impressionante média de 2,4 passes para finalização a cada jogo, muito por culpa do seu acerto nos cruzamentos e foi, atrás de Grimaldo, o lateral-esquerdo com mais dribles (1,3) a cada 90 minutos. Defensivamente, foi de longe o lateral mais eficaz no desarme (66%), e ainda venceu 65% dos duelos aéreos. Quanto ao espanhol do Benfica, que até tinha terminado a primeira volta como “rei” deste posto, teve, ainda assim, uma época positiva, mostrando que ainda não tem concorrência à altura no plantel.
Três sub-apreciados no meio-campo
Muitas vezes penalizado pelos adeptos pelo excesso de riscos que corre, Gabriel terminou como o melhor médio-defensivo do campeonato. A sua eficácia de passe (78%) não é brilhante e já não o era antes de chegar à Luz, mas convém não ignorar o tipo de passes tentados pelo brasileiro. Cada passe certo de Gabriel conquista 4,5 metros de terreno para a equipa, um registo apenas superado por João Pedro (Tondela). Nas zonas onde o passe deve ser mais seguro, Gabriel tem eficácias acima da média (93% no primeiro terço e 83% no segundo). A sua capacidade com bola nota-se também na eficácia de drible (71%), apenas superada por Wendel (75%) entre médios com mais de 1,5 tentativas por jogo, mas é sem ela que o brasileiro se destaca ainda mais. Entre jogadores de equipas que terminaram no top-7, só João Palhinha (6,9) se aproxima de Gabriel (7,4) no números de acções defensivas a cada jogo, e isso notou-se também na sua ausência.
Se com Gabriel em campo o Benfica sofreu um golo a cada 231 minutos, na sua ausência esse registo passou para um golo a cada 76 minutos (o triplo). No mínimo, dará que pensar.
Pêpê e Pepelu são as alternativas na “posição 6”. O português caiu um pouco na segunda volta, mas terminou ainda assim com registos soberbos ao nível do passe, sobretudo longo (73% de eficácia) e vertical (78%). A parte defensiva (apenas 4,7 acções por jogo) continua a ser uma pecha no seu jogo, algo de que Pepelu não sofre (6,6).
O espanhol é o único representante do Tondela e uma das grandes revelações do campeonato. Muito eficaz na cobrança de bolas paradas, terminou com 1,1 passes para finalização por jogo neste tipo de lances e ainda revelou grande conforto ao nível do passe curto e longo.
Se Gabriel não é unânime entre os benfiquistas, o mesmo se pode dizer de Otávio entre os adeptos do “dragão”. Quase sempre atirado para segundo plano em relação a outras figuras, Otávio responde com competência muito acima da média em todas as posições e funções que lhe são pedidas. Terminou com terceiro melho rating da Liga NOS 19/20, apesar de ter ficado longe dos números de Trincão e Pizzi no que aos golos diz respeito (apenas dois), e isso diz muito da influência que tem noutras áreas.
De bola corrida, ninguém ofereceu mais finalizações do que ele a cada 90 minutos (1,8), sendo que ficou em segundo (atrás de Taarabt) no que toca a passes de ruptura. Também no drible (2,3 eficazes por jogo) o marroquino (2,4) e Paulinho, do Boavista (2,5), foram os únicos a fazer-lhe frente entre centro-campistas, mas onde Otávio não tem ninguém à altura é na capacidade para recuperar a posse de bola em zonas adiantadas (1,5 / 90m no último terço). Os seus 3,3 desarmes a cada jogo são um número quase absurdo num jogador que ocupa os espaços que Otávio ocupa, e ao todo foram 71 (o tweet em baixo é da jornada anterior) os jogadores da Liga NOS que viram a bola ser-lhes roubada por “Tavinho”. O colega Uribe e o já citado Taarabt fazem companhia a Otávio na posição “8”. Se o marroquino se destacou pela criatividade e irreverência, Uribe mostrou consistência (apenas 17% de posses perdidas) e qualidade na ocupação dos espaços (1,4 intercepções / 90m).
SABIAS QUE❓
— GoalPoint.pt (@_Goalpoint) July 22, 2020
Nas 33 jornadas da #LigaNOS, Otávio 🇧🇷 já roubou a bola a 69 jogadores diferentes?
Nenhum jogador desarmou tantos adversários como "Tavinho"!
Em 2º lugar está Fábio Pacheco 🇵🇹 (Moreirense), com 62 pic.twitter.com/nhoLMoXmUF
Passando aos médios-ofensivos, parece mentira que o rendimento de Pizzi ainda seja, hoje em dia, desvalorizado por alguns. Foi mais uma época de números soberbos que vai para lá dos 18 golos e 14 assistências. Pizzi contribuiu directamente para 54% dos golos marcados pela equipa enquanto esteve em campo (só Mohammadi do Aves fez melhor), ofereceu 3,2 finalizações a cada jogo (o segundo, Tabata, ficou com 2,6), e só foi superado por André Horta no volume de passes certos para o último terço (15,4 / jogo).
Muitas vezes criticado por pouca entrega a nível defensivo, isso também é desmentido pelos 4,1 desarmes que tentou a cada jogo (acima da maioria dos médios-ofensivos), com eficácia baixa (41%), é certo. No segundo posto da posição ficou Luciano Vietto que, tal como Pizzi, apesar de partir da ala ocupou quase sempre espaços centrais. As lesões incomodaram o argentino que, ainda assim, terminou com quatro golos e quatro assistências em apenas 1632 minutos. Muito rematador (3,5 / jogo), sobretudo de fora da área (1,9), foi a nível ofensivo o principal destaque do Sporting para lá de Bruno Fernandes, e ainda o mais trabalhador em zonas altas, característica um pouco ausente em todos os outros jogadores do plantel. Lincoln, do Santa Clara, mostrou grande qualidade no último passe e foi outra das revelações, mostrando-se pronto para “dar o salto”.
Dois “gverreiros” (quase três) na frente de ataque
Demorou a ser aposta, mas, com a chegada de Rúben Amorim, Francisco Trincão passou a titular indiscutível e acabou… no Barcelona. O jogador com melhor rating do campeonato é-o por tudo o que fez individualmente (2,6 remates, 1,9 passes para finalização e 3,5 dribles eficazes por 90 minutos), mas também pelo impacto que isso teve na equipa a nível colectivo. Com Trincão em campo, o Braga registou uma incrível média de 2,5 golos marcados a cada 90 minutos, quando sem ele a média foi de apenas um golo a cada 90 minutos. Ter Trincão em campo foi, para o Braga, o equivalente a começar cada jogo a ganhar por 1,5 a zero, e se a isso juntarmos a fantasia e até a capacidade para ajudar sem bola (só Otávio fez mais acções defensivas no último terço), está mais do que justificado o seu GoalPoint Rating. Marcus Edwards, revelação do campeonato e o outro grande fantasista da prova, foi o segundo melhor extremo-direito, com um rating que dava para ser “titular” no flanco contrário, enquanto Bruno Tabata fecha o lote de craques nesta posição, após uma época inglória em que acabou por descer de divisão, mas mostrou um grande desenvolvimento em relação ao ano anterior.
[ Bruno Tabata foi dos jogadores que mais evoluiu na Liga NOS, sobretudo na 2ª volta ]
Se, na primeira volta, Fábio Martins era o dono do flanco esquerdo e Ricardo Horta ocupava o último lugar do pódio, as coisas inverteram-se no final da época. O “arsenalista” melhorou o seu rating de 6.30 para 6.44, enquanto Fábio Martins caiu de 6.55 para 6.27, tendências que acompanharam as das próprias equipas. É provável que ambos se voltem a encontrar na próxima época para disputar o lugar e, se assim for, Carlos Carvalhal tem duas opções de grande qualidade para atacar a campanha 20/21. Jogadores diferentes, que até se podem complementar, visto que Ricardo Horta é um jogador mais finalizador, que joga bastante bem dentro da área (2,1 remates nesta zona, apenas atrás de quatro “números 9”), enquanto Fábio Martins prefere ver o jogo mais de frente e movimentar-se entre linhas à entrada da mesma. Entre os dois, Rafa (também ele já com passagem pelo Braga) completa o trio.
[ Ambos arsenalistas e ambos com 12 golos e cinco assistências na Liga NOS 19/20 ]
Carlos Vinícus é o ponta-de-lança titular do nosso “onze”, e impediu assim Paulinho de fazer companhia ao seus colegas no trio de ataque. O brasileiro foi o melhor marcador do campeonato, com 18 golos (mais um do que Paulinho), mas foi o único do top-4 que não beneficiou de grandes penalidades, e também o que actuou menos minutos. Contas feitas, sem golos da marca de 11 metros, “Vinigol” marcou a cada 98 minutos, e Paulinho precisou de mais 54 para facturar. Mas nem só de golos é feito um avançado.
Com mais participação no jogo (30 acções em posse por jogo, contra 22 de Vinícius), Paulinho, e também Marega, ofereceram mais passes para finalização (1,4, cada um, contra 1,1 de Vinícius). O maliano destacou-se nas faltas sofridas (2,0 / jogo) e acabou por ajudar mais a defender, apesar de também perder uma maior percentagem de posses (39%), sobretudo em relação a Paulinho (29%). No entanto, convém dizer que esta foi uma temporada com vários pontas-de-lança de grande nível. Taremi 5.94, Douglas Tanque 5.91, Sandro Lima 5.81, Fábio Abreu 5.79 e Rodrigo Pinho 5.78 são alguns exemplos de jogadores que mostraram muita qualidade em equipas fora do top-4, e que podem (e devem) dar o salto em breve.
As menções honrosas
Bruno Fernandes (Sporting) 7.14 – Pelo GoalPoint Rating, podia ter sido (novamente e merecidamente) o jogador da época, mas ficou a escassos cinco minutos de utilização de caber no critério de selecção. Até sair para Manchester marcou oito golos, ofereceu sete assistências, e participou directamente em 54% dos golos do Sporting quando esteve em campo.
Sérgio Oliveira (Porto) 6.89 – Mais um jogador que tinha tudo para ocupar um lugar no meio-campo deste “onze”, não fosse a arreliadora lesão que lhe tirou três jogos no final da época. No tempo que jogou, mostrou o médio completíssimo que é hoje em dia. Marca, assiste e defende como poucos.
Jovane Cabral (Sporting) 6.46 – Foi uma das grande surpresas do “pós-covid” e terminou o campeonato com seis golos e duas assistências em apenas 1046 minutos. Também no drible (3,1 eficazes / 90m) e faltas sofridas (3,0) deixou “água na boca” para a próxima temporada.
Wenderson Galeno (Braga) 6.44 – Mais um jogador que mostra bem a qualidade de opções que o Braga tem nos flancos. Há quem diga que até se esperava mais, mas as quase duas situações de finalização de bola corrida criadas a cada jogo, a juntar às 3,1 faltas sofridas, contam outra história.
João Carlos Teixeira (Vitória SC) 6.43 – À semelhança de Sérgio Oliveira, lesionou-se quando estava no melhor momento da sua melhor época da carreira. A temporada 19/20 trouxe um JCT goleador (oito tentos), algo que sempre faltou ao seu jogo.
Willyan Rocha (Portimonense) 6.42 – O central com melhor rating em todo o campeonato, mas a quem faltaram dois jogos para entrar no “onze” titular. Uma veia goleadora impressionante e capacidade de antecipação brutal (2,9 intercepções / 90m).
Mikel Agu (Vitória SC) 6.35 – Foi dividindo com Pêpê a titularidade na “posição 6” do Vitória e, apesar de ser um jogador completamente diferente, voltou a mostrar imensa qualidade nas oportunidades que teve. Foram 9,8 acções defensivas por jogo. É obra.
Zé Luís (Porto) 6.33 – Não se percebe muito bem o que correu mal na época de Zé Luís para ter tão poucos minutos. Quando foi chamado, respondeu quase sempre com golos (melhor média do que Soares e Marega), e tanto como bola (1,9 dribles) como sem ela (3,1 acções defensivas), mostrou ser tão bom ou melhor que os pares.
André André (Vitória SC) 6.28 – Quando está em condições físicas cabe em qualquer meio-campo. O Vitória foi sempre melhor quando teve André André disponível e, aos 30 anos, mostrou que ainda tem muito para dar ao clube.
Bebeto (Marítimo) 6.22 – A “explosão” do “explosivo” Nanu fez com que jogasse menos do que tem vindo a ser hábito, mas não deixou de mostrar muita competência sempre que foi chamado.