Melhor Rating: Rafa Silva, o “Speedy González” da Luz
Muitos dos nossos mais assíduos seguidores podem não conhecer esta personagem de desenhos animados muito famosa nos anos 80 em Portugal, mas o nome do pequeno rato mexicano que corria a grande velocidade assenta que nem uma luva em Rafa Silva. O veloz extremo do Benfica falha a disputa pela eleição de Jogador do Ano por não ter cumprido o mínimo de 2040 minutos de utilização, no critério de dois terços exigíveis, mas terminou a temporada com o melhor GoalPoint Rating médio, um excelente 7.04 que reflecte a melhor época da carreira do internacional luso.
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Rafa foi um dos mais decisivos jogadores da “águia” na corrida ao 37º título, com prestações de grande nível em momentos muito importantes, como foi o caso do jogo no Dragão com o Porto, ou outros embates de menor cartaz que não estavam a correr bem ao Benfica, mas que o extremo tratou de resolver – como no 5-1 caseiro ao Portimonense. E essa importância está reflectida nos números finais.
O “camisola 27” fez nada menos que 17 golos e somou duas assistências, tendo sido o jogador com melhor taxa de conversão de remates em golo, nada menos que 29,3% – um feito assinalável tendo em conta que o desperdício era uma das suas pechas nos primeiros anos de “encarnado”. O jogador parece ter resolvido esse problema, tornando-se num goleador para a sua posição. Foi ainda o sexto jogador (com um mínimo de dez) no aproveitamento de ocasiões flagrantes e acabou a liderar numa variável que antes era dominada por Yacine Brahimi: a eficácia no drible. Rafa foi o segundo (atrás do argelino) no número de dribles eficazes, mas a sua taxa de sucesso foi a mais elevada, com 60,8%.
O seu elevado rating denuncia ainda outros momentos em que esteve num patamar muito alto. De facto, Rafa foi o segundo melhor da Liga em passes para finalização de bola corrida, com 1,90 a cada 90 minutos, e o terceiro a criar mais ocasiões flagrantes de golo, nada menos que 0,57, apenas atrás dos companheiros de equipa Pizzi (0,86) e João Félix (0,63).
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A excelente exibição em Braga, que valeu a Rafa um rating de 9.1, na 31 jornada (vide infografia em cima), foi um retrato perfeito da época do extremo, que foi o melhor em campo com um golo de antologia (ver em baixo), uma ocasião flagrante criada e sete dribles eficazes em nove tentativas. Uma temporada para recordar, não deixando de ser curioso o facto de ter sido durante a sua ausência por lesão que o Benfica mais sofreu, trocando inclusive de “comandante”: Rafa começou a época como suplente e falhou cinco jornadas, entre a 13ª e a 17ª, mas voltou com igual fulgor decisivo, como se nada fosse.
O golo de Rafa ao Sporting de Braga: