3º Eden Hazard
Tinha sido sexto em 2015, num ano que muitos classificaram como abaixo das expectativas, mas só isso diz tudo acerca das capacidades do belga.
Em 2016, sobretudo a partir de Maio, voltámos a ver o melhor Eden Hazard, e desde aí foi um acumular de recordes (e rins) quebrados, como ainda há poucos dias noticiámos. Terminou o Euro 2016 com um desempenho médio GoalPoint Ratings de 7.87, número fabuloso para uma competição deste nível, tendo tido participação directa em cinco golos nos cinco jogos em que actuou.
Mas onde Hazard é o melhor do mundo é na capacidade para fintar. Apesar de não arriscar tanto como outros, Hazard tem um estrondosa taxa de sucesso de 70% nas suas tentativas, e mesmo no “mau ano” de 2015 esse número cotava-se nos 63%. Como termo de comparação, refira-se que o próprio Messi só concretiza 53% das suas tentativas de drible, e só Diego Perotti (66%) se aproximou minimamente de Hazard em 2016.
Com o Chelsea em grande forma na Premier League, não seria de espantar que, mais uma vez com um ano de atraso, Hazard aparecesse no pódio do prémio FIFA em 2017.
https://www.youtube.com/watch?v=6yvwgH8kxJw
2º Thiago Alcântara
Sabemos que chegou aqui a pensar, “mas quem é que sobra para ficar em segundo lugar?” Está aqui a resposta. Provavelmente o melhor e mais sub-valorizado médio da actualidade. O facto de nem na selecção espanhola lhe ser atribuído o devido valor, como se viu no Euro 2016, ajuda a que a surpresa seja maior, mas o que fez na Bundesliga em 2016 não pode (nem deve) ser ignorado.
Thiago é hoje um jogador diferente daquele que vimos aparecer no Barcelona: aprendeu a contribuir para mais momentos do jogo e, apesar de o vermos menos vezes nos resumos, compensa isso com uma leitura de jogo posicional que lhe permite estar no topo dos rankings de desarmes e intercepções, mesmo jogando numa equipa com tanta posse de bola como o Bayern de Munique. Tudo isto sem praticamente falhar um passe.
Na senda de Xavi e Iniesta, Thiago Alcântara é daqueles jogadores que, por si só, valem uma visita ao estádio. Se puder, não perca essa oportunidade.
1º Lionel Messi
Pelo segundo ano consecutivo de Pepita de Ouro, Lionel Messi é o vencedor indiscutível do prémio. A diferença para os restantes é tão grande que fica a sensação que, enquanto houver Messi, o prémio vai para ele.
Messi marca golos, muitos. Foram 50 nas “grandes provas” em 2016, 13 deles na Champions League, em apenas nove jogos! Como se não bastasse, o argentino juntou-lhes 21 assistências e uma Copa América de um nível tão elevado que justifica toda e qualquer frustração momentânea por não a ter ganho.
Loiro ou moreno, pouco interessa, o futebol está lá todo, e é muito. Tal como escrevemos em 2015, privilegiados devemos sentir-nos por um dia podermos dizer que vimos Leo Messi jogar. Até lá, continuemos a desfrutar. Dos números, dos recordes, mas sobretudo das imagens e do seu talento.
Curiosidades
- Diego Costa foi o jogador que subiu mais posições em relação a 2015. O hispano-brasileiro trepou de 613º para 149º.
- Em sentido oposto, Damien Delaney, do Crystal Palace, desceu 527 posições em relação ao ano passado.
- Entre os portugueses, o maior progresso foi de João Mário, que subiu 174 lugares.
- Islam Slimani foi o jogador com a melhor média de golos de cabeça a cada 90 minutos durante 2016. O argelino marcou dessa forma a cada 268 minutos, mas foi também o quinto a cair mais vezes em fora-de-jogo.
- Otávio precisou, em média, de apenas 247 minutos para fazer uma assistência de bola corrida em 2016. Só Rooney, Suárez, Di María, Dembélé e Messi terminaram o ano com melhor média.
- Franco Vázquez, que trocou o Palermo pelo Sevilha no mercado de Verão, foi ao mesmo tempo o jogador com a maior média de faltas sofridas (5,0 / 90m) e cometidas (3,4 / 90m).
- Marek Hamsik foi quem tocou mais vezes numa bola (4648) durante o passado ano civil. Thiago Motta foi quem o fez mais vezes a cada 90 minutos (124,6).