A hora chegou de anunciar o melhor jogador do ano… passado. O leitor estará por ventura a pensar que já vamos tarde, afinal de contas os nossos “concorrentes”, FIFA e France Football, já revelaram os resultados dos seus prémios há algum tempo, mas nós preferimos assim. Convenhamos que fechar as votações para melhor do ano em Setembro, quando 25% do ano civil ainda não aconteceu, não ajuda muito na credibilização dos prémios, e essa é só mais uma das coisas que distingue a Pepita de Ouro™ dos outros galardões em questão.
Outra delas, e a mais significativa de todas, é o facto de a Pepita de Ouro™ ser decidida puramente com base no desempenho de cada jogador em campo. Aqui, não há votações e cada jogador é avaliado consoante aquilo que fez, e não conforme os troféus colectivos que conquistou. Da final da Liga dos Campeões a um jogo entre os dois últimos classificados do campeonato holandês, todas as partidas passam pela “peneira” dos GoalPoint Ratings, com o objectivo de, assim, encontrarmos o melhor jogador do mundo.
Doze foram as competições avaliadas este ano. As duas principais provas europeias (Champions League e Europa League) e os dez campeonatos mais fortes do velho continente (Alemanha, Espanha, Inglaterra, França, Itália, Rússia, Turquia, Portugal, Bélgica e Holanda), cada uma associada a um coeficiente de importância, também calculado estatisticamente. Ao todo, 3320 jogos foram rateados e um total de 6413 jogadores estiveram na lista inicial. De entre eles foram considerados apenas os que totalizaram um mínimo de 2500 minutos jogados, sobrando uma lista final de 840 que vamos passar a percorrer até ao número 1, o verdadeiro melhor jogador do mundo dentro do campo.
Menções honrosas
Antes de passarmos à lista propriamente dita, não podíamos deixar de nomear alguns futebolistas que ficaram de fora, não por falta de qualidade, mas por falta de tempo de jogo. À cabeça, o nosso “número 2” de 2016: Thiago Alcântara. O internacional espanhol voltou a ser arreliado por lesões e perdeu por apenas 190 minutos o acesso à lista final. Caso contrário teria ficado em quarto lugar, confirmando-se como o melhor centro-campista do mundo, apesar de não constar nem nos nomeados da FIFA nem da France Football. Em Março ele volta, a tempo do Mundial.
James Rodríguez, agora colega de Thiago no Bayern, foi outro dos que pagou o preço de uma utilização escassa, antes de se dar o empréstimo. Ainda assim, os números do ex-Porto continuam a ser muito acima da média e, aos 26 anos, o colombiano está a provar no Bayern que ainda se pode tornar num dos grandes. O seu rating final também lhe daria acesso ao “top 10”, caso tivesse feito mais jogos.
Outro representante do campeonato germânico, Bruma, foi o melhor português a falhar a lista final por uma questão de minutos a menos. O extremo de 23 anos foi o melhor jogador do campeonato turco em 2016/17, o que lhe valeu uma transferência para o RB Leipzig. Aí, nem sempre é titular, mas dá nas vistas sempre que joga, ao ponto de ter sido o melhor driblador na fase de grupos da Liga dos Campeões. Após ter sido o melhor da fase de grupos do Euro Sub-21, Bruma tem tudo para, a continuar assim, aspirar a estar presente nos 23 eleitos de Fernando Santos para a Rússia.