9º ISCO (REAL MADRID)
A BBC está cada vez mais difícil de sintonizar em Madrid e 2017 marcou o fim da uma dinastia, de maneira emblemática caracterizada na tabela da Pepita de Ouro™. O melhor jogador do Real Madrid no ano que acaba de terminar é (rufar dos tambores!)… Isco. Se têm visto os jogos da equipa “merengue” não se poderão espantar. Há uma diferença considerável entre a qualidade de jogo que o Real consegue apresentar tendo, ou não tendo, Isco em campo.
No ano passado, o médio espanhol não tinha minutos suficientes para figurar na lista dos 50 melhores e a entrada pode ser considerada triunfal, directamente para o “top 10”. Num momento em que o bi-campeão europeu está em crise, a afirmação de Isco só pode ser considerada uma fantástica notícia, para Zinédine Zidane ou para quem vier depois dele.
https://www.youtube.com/watch?v=WvnaixzZukA
8º CESC FÀBREGAS (CHELSEA)
Não se deixem enganar pelas últimas impressões. Esta poderia bem ser uma frase estampada na t-shirt que Cesc Fàbregas vestiria quando entrasse no centro de treinos do Chelsea. Em 2017, o espanhol foi uma das figuras mais regulares do campeão inglês, não evitando deixar o perfume do seu jogo em todas as situações em que é chamado a actuar. Resultado disso, subiu 38 lugares na tabela da Pepita de Ouro™.
Fàbregas viveu sempre, ao longo da sua carreira, tocado pela ideia de que poderia ser algo mais. Fosse no Arsenal, no Barcelona ou no Chelsea, o seu estatuto sempre se apresentou com a vertente do contestado que, em termos de rendimento, não estaria ao nível do potencial. Mas haverá algo mais bonito do que os números que comprovam o bom futebol? Em 2017, Fàbregas cresceu no momento sem bola, mas continuou a ter números de criativo por excelência. Só o já falado Ziyech – jogando na Liga holandesa – conseguiu melhor média de passes para finalização (4,1 / 90m) que o espanhol, e na criação de ocasiões flagrantes (0,78 / 90m), Lionel Messi, seu ex-colega no “Barça”, foi o único que se superiorizou.
https://www.youtube.com/watch?v=hthTQHulqck
7º ARTURO VIDAL (BAYERN)
Em relação ao ano passado, o chileno baixou o seu número de acções com bola e a sua percentagem de passes eficazes, mas centrou-se na melhoria da capacidade de desarme para manter o seu lugar no “top 10” e subir posições em relação a 2016, quando havia terminado em nono lugar. No meio-campo de um Bayern dominador na Bundesliga, mas que ficou pelo caminho cedo demais na Liga dos Campeões, eliminado pelo Real Madrid nos quartos-de-final, Arturo Vidal manteve o foco ao longo de um ano em que também esteve ao serviço da sua selecção na Taça das Confederações, onde alcançou a final da prova e foi o MVP GoalPoint.
O seu papel na dinâmica dos bávaros pode colocá-lo, de momento, num espaço de menor exposição, devido à falta de concorrência na Bundesliga, deixando-o excessivamente dependente daquilo que o Bayern fizer na Europa. O ano de 2017 tem, no entanto, uma marca bem negra para Vidal. A incapacidade de se apurar para o Mundial deixa-lo-á de fora da competição que todos vão ver no próximo Verão.
6º HARRY KANE (TOTTENHAM)
Se nos últimos anos Harry Kane tem escalado a montanha dos melhores pontas-de-lança do mundo, 2017 foi o ano em que o inglês atingiu o topo. Consigo levou o Tottenham a um importante segundo lugar no campeonato e até conseguiu acabar em primeiro num grupo de Liga dos Campeões que incluía Real Madrid e Borussia Dortmund.
Em frente à baliza, e não só, não haverá muitos rematadores melhores que ele: sem consideramos selecções, o “artilheiro” marcou mais que qualquer outro jogador no continente em 2017 (um golo a cada 81 minutos), e foi o único a não precisar de bolas paradas para ter uma média superior a um golo por jogo. É certo que remata em quantidades “industriais” – os seus 5,4 remates por jogo só são comparáveis aos “do costume”, Messi e Ronaldo -, mas o factor que nos ajuda a explicar o seu grande ano será a eficácia que apresenta em situações claras de golo. A estrela dos “Lilywhites” converte quase 56% das suas ocasiões flagrantes, o que é ainda mais impressionante se considerarmos que se encontra nestas situações mais de uma vez por jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=0P3f26Ne854
5º EDEN HAZARD (CHELSEA)
Campeão na passada temporada e agora em clara luta pelo segundo lugar da Premier League, o Chelsea tem passado um bom período sobre o comando de Antonio Conte e, quando os “blues” estão bem, é sinal de que Eden Hazard – sua estrela maior – também está. Jogando na maioria das vezes como o atacante mais móvel do sistema da equipa de Stanford Bridge, o belga tem vindo a tornar-se um jogador mais completo, visando a baliza adversária com mais frequência e qualidade.
Mas o coração do seu jogo continua a ser a criação de jogadas para a sua equipa e os números mostram isso mesmo. São 6,5 tentativas de drible a cada 90 minutos, e uma eficácia de 74%, algo astronómico para alguém que tenta estes movimentos com tanta frequência e nas zonas do terreno em que o faz. Após deixar para trás os adversários, impressiona ao servir os seus colegas de equipa: ninguém terminou 2017 com mais passes para finalização de bola corrida do que ele (2,7 por 90 minutos).
https://www.youtube.com/watch?v=WGh5qADomTM
4º ARJEN ROBBEN (BAYERN)
Aos 34 anos, acabadinhos de fazer, termina o seu contrato com o Bayern em Junho, mas continua a produzir de forma espectacular e consistente. Prova disso é o facto de não ter tido nenhum rating abaixo de 5.0 em 2017, algo que nenhum outro jogador constante no top-25 conseguiu. Com a possibilidade de assinar contrato a custo zero, são muitos os clubes que devem estar atentos ao extremo, pois quando este está bem fisicamente é muito difícil de travar. O famoso movimento de cortar para o seu pé esquerdo a partir da ala direita e visar a baliza adversária continua a surtir efeito, com o holandês a disparar cerca de quatro vezes por jogo e a marcar muitos golos com elevado grau de dificuldade. No ano passado foram 13, quase todos de belo efeito.
Infelizmente, 2017 fica marcado pela confirmação da sua ausência do Campeonato do Mundo. Nenhum outro holandês merecia lá estar mais do que ele, tanto pelo que fez na qualificação como pelo que tinha feito em 2014 no Brasil, onde foi um dos melhores do torneio.
https://www.youtube.com/watch?v=eb29puzCHMU