Segue-se a Juventus. Após eliminar Midtjylland e Arsenal, o Sporting vai tentar carimbar o passaporte rumo às meias-finais da Liga Europa. Nos “quartos”, os homens de Alvalade vão defrontar a “bipolar” Juve, num duelo imprevisível, perante um adversário que tem vivido esta temporada uma espécie de montanha-russa de emoções.
[ O jogo da primeira volta do Grupo H da Liga dos Campeões, ante o Benfica ]
Um arranque sôfrego, com inúmeros pontos desperdiçados na Série A, problemas com a justiça que penalizaram o clube com a perda de 15 pontos no campeonato, terceiro lugar na fase de grupos Liga dos Campeões, num Grupo H em que defrontou o Benfica, várias estrelas do plantel estiveram ou estão lesionadas, a “cabeça” de Massimiliano Allegri esteve à prémio. Contudo, o emblema de Turim começou a trilhar o caminho e a recuperar o embalo e vê nesta Liga Europa um atalho para marcar presença na próxima edição da Champions.
[ O jogo da segunda volta do Grupo H da Liga dos Campeões, ante o Benfica ]
Para o embate desta primeira mão, os “leões” podem esperar uma Juve que se veste em termos tácticos num 3x5x1x1 bastante camaleónico, que no decurso das partidas, desmonta-se com facilidade em vários sistemas tácticos: 1x5x3x2, 1x3x4x2x1, 1x3x4x3 ou até num 1x4x4x2. É uma equipa que tenta ter segurança no processo defensivo, actuando com um bloco médio/baixo compacto, procurando “convidar” o adversário a assumir as rédeas do jogo para, dessa forma, chegar ao ataque em poucos passes, explorando a largura dada pelos alas Cuadrado (à direita) e Kostic (à esquerda), a magia que Di María coloca sempre que cola a bola no pé esquerdo e na definição de Vlahovic. Os de Alvalade poderão aproveitar as deficiências do opositor no momento da transicção defensiva, as lacunas que a equipa denota para ultrapassar blocos fechados e algumas desatenções no trio mais recuado de defesas.
Três nomes que poderão marcar a diferença
Danilo: O antigo jogador do FC Porto tem sido a peça mais regular da equipa. Neste momento não é o lateral-direito ofensivo que despontou no Santos, brilhou nos “dragões” e que passou por Real Madrid e Manchester City. Na ausência de Bonucci é ele quem coordena a linha defensiva com inteligência e oferece soluções, tanto no momento da construção dos lances ofensivos, como na assertividade que imprime no processo defensivo.
Adrien Rabiot: Em final de contrato, o médio francês está a apresentar a melhor versão desde que aterrou em Turim há quatro temporadas. Rotativo, participa em todas as faces do jogo da Juve, tem sido mais regular no decurso dos encontros, aumentou os níveis de agressividade e tem sido uma presença cada vez mais constante nas zonas de finalização. Os dez golos, quatro assistências nos 35 jogos oficiais que tem até ao momento em todas as competições são prova disso mesmo.
Ángel Di María: O início da aventura italiana não foi fácil para o argentino, mas os últimos meses, principalmente desde o início de 2023, estão a justificar a aposta do conjunto transalpino. Aos 35 anos, Ángel continua a ser “Di Magia” e a peça que coloca nota artística nos lances da equipa. Sem o fulgor de outros tentos, tem actuado mais sobre a zona central, nas costas do homem mais adiantado da equipa. Protegido por Locatelli, Fagioli e Rabiot, o campeão do Mundo joga solto e usufrui do espaço que necessita para orquestrar os raides atacantes, ora assistindo (sete assistências em todas as provas), ora atingindo o alvo (oito tiros certeiros).