já poucos se lembrarão que Bas Dost esteve com um pé e meio fora de Alvalade no último verão. O “holandês voador” não só regressou como aumentou a sua influência nos “leões”, sendo nesta altura visto como um jogador (ainda mais) indispensável ao sucesso ofensivo leonino. E como as suas melhorias não se ficam por aí, não admira por isso que aquele que foi tantas vezes um jogador gerador de insatisfação para com o GoalPoint Ratings, termine a primeira volta como o melhor jogador da Liga… segundo o mesmíssimo algoritmo. O holandês sucede assim a Brahimi, o MVP GoalPoint da 1ª volta da Liga 17/18.
[Os “candidatos” propostos para melhor jogador da 1ª volta. À hora de publicação deste artigo a votação popular era liderada por outro avançado, o igualmente notável Dyego Sousa]
QUEM VAI SER O MELHOR DA 1ª VOLTA? 👑🔸 Melhor jogador será definido pelo GoalPoint Rating🔸 Mas queremos saber quem é,…
Publiée par GoalPoint.pt sur Lundi 14 janvier 2019
Mais e melhor Dost, que até já defende
Tivesse Dost concretizado o lance de que dispôs no “clássico”, com a qualidade que se lhe reconhece no jogo aéreo, e teria terminado a primeira volta com tantos golos quantos os jogos a que foi chamado a participar: 11. O holandês ainda “só” leva dez tentos, tendo marcado 27 na Liga 17/18, mas, face aos minutos jogados, atinge o final da primeira volta com uma média de 1,05 golos a cada 90 minutos, contra 0,94 na época passada.
Muitos são os que depreciam o facto de seis dos dez golos do holandês terem sido obtidos de grande penalidade, mas a verdade é que os penáltis só fazem a diferença se forem concretizados, um tema no qual Dost não sabe o que é falhar desde Março de… 2017.
Em apenas 11 jornadas, Dost arrecadou quatro nomeações como MVP Goalpoint, atingindo o seu rating mais elevado à 13ª, na vitória por 5-2 na recepção ao Nacional, na qual não só bisou como conquistou as duas grandes penalidades que concretizou.
Dost está também mais rematador, faltando-lhe apenas inaugurar a “ficha” no que toca a golos oferecidos aos colegas. No jogo aéreo está também ainda mais determinante: se em 17/18 já ganhava cerca de quatro lances ofensivos pelo ar aos adversários a cada 90 minutos, o holandês aproxima-se agora dos cinco.
As melhorias estendem-se também a outros capítulos do seu jogo, como a eficácia do passe: Dost continua a fazer cerca de 20 passes a cada 90 minutos, mas entrega agora com sucesso 69% dos mesmos, contra 65%, na época passada. O avançado cai também menos vezes em fora-de-jogo: um a cada três jogos completos, neste momento.
A melhoria mais surpreendente prende-se, contudo, com o contributo defensivo que oferece. Bas aumentou de 1,7 para quase três o número de acções defensivas que realiza, uma subida considerável para o seu perfil de jogador. Este aumento tem consequências naturais no número de bolas que recupera, ainda que com uma variação menor: 1,6 na época em curso, contra 1,1 durante toda a anterior.
Apesar de tudo isto, Dost continua a ser um jogador com pouca bola, factor que muitas vezes o impede de brilhar ainda mais numa visão estatística do futebol, mas que resulta natural do seu perfil. Mesmo assim melhorou ligeiramente, das cerca de 27 acções com bola corrida para as 29, a cada 90 minutos.
Tendo em conta o final de época turbulento, uma lesão a interromper o arranque de temporada e uma mudança de treinador com esta já a decorrer, é caso para acreditar que pouca coisa mexe com a produtividade de Bas Dost. Consiga o holandês escapar às lesões e o colectivo melhorar ainda mais o aproveitamento das suas qualidades e esta pode ser mais uma época de “monotonia positiva” na carreira de um goleador que já ganhou um lugar de relevo na história recente do futebol português.