Os 33 magníficos da Liga 20/21 ⭐

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A Liga NOS 2020/21 foi uma “pedrada no charco”. Na época de regresso de Jorge Jesus a Portugal e ao Benfica, com um investimento recorde por parte das “águias” para recuperarem o título perdido, e apesar das promessas de “arrasar” a concorrência, quem acabou por ser arrasador foi o Sporting, que conquistou o título nacional pela primeira vez em 19 anos, comandado pelo treinador que se tornou no segundo mais jovem de sempre a arrecadar o “caneco”, Rúben Amorim.

Este autêntico “terramoto” teve um impacto óbvio num dos exercícios mais apreciados e aguardados pelos nossos estimados GoalPointers: a “eleição” dos 33 Magníficos da Liga. São 11 posições, três jogadores por cada uma delas que, num universo de nomes que disputaram mais de 1530 minutos no campeonato (metade do total possível), mostraram, através dos GoalPoint Ratings, uma qualidade nos desempenhos acumulados acima da concorrência. Eles aí estão, com preponderância de “leões” entre os “titulares”, nada menos que quatro, incluindo o Jogador do Ano e o Jogador Revelação, num total de sete elementos, seguindo-se o Porto, com três no “onze” (sete no total) e o Benfica, com dois (8).

Em relação à época passada há só dois repetentes entre os líderes de posição e apenas dois clubes fora dos “três grandes” têm “titulares”, um do Marítimo, outro do Portimonense.

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Os repetentes

Olhando para aqueles que estiveram nestas andanças na época passada, destaque inicial para a saída de Helton Leite, apesar de ter ganho a titularidade no Benfica, em detrimento de Odysseas Vlachodimos, que até aparece nas lista de guardiões. Ricardo Esgaio é o único que transita na lateral-direita, enquanto na esquerda, Álex Grimaldo bate a concorrência, mantendo-se também o bracarense Nuno Sequeira como alternativa. E entre os centrais só mesmo Coates figurava nos destaques da época transacta.

Matheus Uribe, um dos destaques da época do FC Porto, recua no terreno, para médio-defensivo, como segunda escolha, enquanto Pizzi, um dos habituais “titulares”, perde o lugar para o colega de equipa Adel Taarabt, que passa do “banco” para o “onze”. Do lado esquerdo surge, como já falámos antes, Otávio; Rafa Silva mantém-se como segunda opção, Corona perde a preponderância que teve em 2019/20 na lateral-direita, e surge em terceiro nos extremos destros; enquanto na frente, Paulinho – em representação de Braga e Sporting – é o único que mantém presença, embora na sombra de Mehdi Taremi e Haris Seferovic. O iraniano é mesmo uma das entradas meteóricas. Mas vamos por partes.

Amir, a “aranha negra” iraniana

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A tremenda exibição de Amir no Dragão (clique para ampliar)

O dono da baliza esta temporada não é de nenhum dos “grandes”. Aliás, não o é habitualmente, pois os ratings dos guardiões costumam beneficiar quem é obrigado a mais trabalho e, de entre esses, quem o resolve com maior eficácia. Amir Abedzadeh ganhou em definitivo a baliza a Charles e brilhou em inúmeros jogos, em especial no arranque da Liga e no Dragão, onde foi fundamental na vitória insular. Mas não foi só frente ao Porto, tendo terminado a época com três notas acima de 8.0, mas também como terceiro guardião com mais defesas por 90 minutos (3,2), correspondendo a 73% de remates enquadrados travados.

Helton Leite, dono da baliza em 2019/20, pela temporada extraordinária que realizou, acabou por ficar de fora (não atingiu o número mínimo de minutos exigíveis) após ter ganho o lugar a Vlachodimos… que aparece em terceiro nesta equipa de estrelas e com a segunda maior percentagem de remates defendidos (76%), máximo em disparos na área (72%). O grego repetiu, na primeira fase da época, a mesma missão que havia cumprido em 19/20: disfarçar as debilidades do processo defensivo “encarnado”, mais evidentes durante a primeira metade da temporada. Em segundo Léo Jardim, que rubricou uma temporada fantástica no Boavista e já se fala do interesse do Barcelona.

Um líder, uma revelação, uma Rocha e um habitué

O Sporting está em maior número na defesa, com dois “titulares” numa linha de quatro e uma terceira escolha. Do lado direito uma entrada directa. Pedro Porro chegou a Portugal, desconfiaram dele, mas não só foi o melhor lateral-destro, como foi mesmo a Revelação GoalPoint do Ano – pode conferir todos os detalhes neste link. Na sombra do espanhol ficou Ricardo Esgaio, de novo nos 33 e com grande regularidade. O flanco direito do Braga é todo seu, com competência na retaguarda, onde registou 2,2 desarmes por 90 minutos, 1,5 intercepções, excelentes 2,2 acções defensivas no terço intermédio e 1,7 acções defensivas no meio-campo contrário (ambos o quarto valor entre laterais). E ninguém cruzou mais do que ele, de bola corrida (4 cruzamentos a cada 90m, com 27% de eficácia), terminando a época com três assistências. A fechar, Joel Pereira. O jogador do Gil Vicente esteve em grande no melhor período do Gil Vicente na segunda volta, tendo somado três presenças nos “onzes” semanais entre a 24ª e a 27ª jornada. Joel mostrou-se muito confortável a defender em zonas recuadas, com 4,4 acções defensivas no primeiro terço, e depois foi extremamente expedito a lançar o futebol directo, tendo sido o lateral com mais passes longos para o último terço (4,2), com impressionantes 49% de eficácia, segundo valor mais alto da posição.

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A discussão sobre o Jogador do Ano foi, desta feita, pacífica, no entanto há muito quem aponte a Sebastián Coates como o homem mais importante da caminhada do Sporting rumo ao título e, por conseguinte, o melhor da época na Liga. A verdade é que o uruguaio fez a melhor temporada desde que chegou a Portugal, foi um verdadeiro líder em campo (e fora dele), não só demonstrando uma solidez defensiva incrível, como salvando o “leão” em diversas situações, com golos fundamentais. Foi mesmo o defesa mais goleador do campeonato, com cinco tentos, e o mais rematador (1,3 por 90m), terminando alguns jogos a ponta-de-lança. E pelo ar foi a “fortaleza voadora” do costume, com 77% de duelos aéreos defensivos ganhos e 74% ofensivos. Sendo certo que vimos o melhor Coates de sempre, os GoalPointers mais atentos sabem que não é o primeiro ano que as suas qualidades estatísticas o colocaram nos nossos eleitos, um ponto de reflexão na discussão sobre a utilidade dos analytics.

O “leão” uruguaio é secundado por um pilar que tem mostrado números incríveis desde a época passada, Willyan Rocha, o brasileiro do Portimonense que pode ser central ou “trinco” com a mesma qualidade. Extraordinárias as 2,4 intercepções registadas, bem como os 46% de passes longos certos, em 11,1 tentativas (máximo da liga na posição).

[ À esquerda os 145 duelos aéreos disputados por Coates (azuis os ganhos), à direita as 63 intercepções de Willyan ]

Pepe, do FC Porto, e Maurício, do Portimonense, são as “sombras” dos titulares, este último a acompanhar o colega de equipa (Willyan) no passe longo (10,7), com 56% de acerto e a arrasar nas intercepções (3,0). Pepe teve sucesso em 66% das tentativas de desarme, foi o central com melhor eficácia de passe global, tremendos 90%, e destes seis centrais foi o menos driblado (0,2). O lote de centrais fecha com Zainadine Júnior, do Marítimo, e Jan Vertonghen, do Benfica, o primeiro estupendo no alívio (4,4), em especial na grande área (4,0), segundo registo entre centrais. O belga bateu toda a concorrência nos passes progressivos eficazes, com uma média de 10,7.

Não sabemos se Alex Telles, caso tivesse permanecido no Dragão, teria ganho o lugar na lateral-esquerda, ele que havia sido totalista no lugar desde 2016/17. Grimaldo, um dos poucos “encarnados” com um desempenho consistente na época, agarrou a oportunidade para ser o “titular”, deixando Nuno Sequeira e Nuno Mendes bem atrás (e com o mesmo rating final). O espanhol terminou a Liga em segundo lugar no número de assistências (9) e a liderar no total de ocasiões flagrantes criadas (20), e entre laterais foi quem mais passes ofensivos valiosos fez (4,0), ficando apenas atrás de Porro nos passes para finalização (1,7). Nuno Sequeira (2,2) esteve muito bem nas intercepções, mas abaixo de Nuno Mendes, segundo entre laterais, com 2,3. O bracarense esteve melhor nas acções defensivas em terço intermédio (2,5, o máximo entre laterais). Mas qualquer um deles foi uma das figuras das respectivas equipas e o jovem “leão” até foi chamado ao Euro 2020.

[ Comparativos de desempenhos entre Grimaldo, Sequeira e Nuno Mendes ]

“Três grandes” dominam meio-campo

Os problemas do meio-campo benfiquista são conhecidos, em especial em termos de cobertura defensiva, mas quando a questão é construção e ataque, a coisa muda de figura, com duas “águias” nas escolhas, uma a “titular”. Já no que toca ao trabalho mais “musculado”, Sporting e Porto lideram, com um de cada no “onze” e mais dois “nas dobras”, e isso poderá explicar grande parte da diferença entre estas equipas.

João Palhinha é dono e senhor do meio-campo mais recuado, tendo realizado uma época estupenda, ao ponto de estar convocado para o Euro 2020. O “leão” terminou a temporada com o máximo absoluto de desarmes (105), os mesmos de Fábio Pacheco, do Moreirense, mas com menos minutos que o jogador dos cónegos. Ainda assim foi Afonso Taira, da Belenenses SAD, terceira escolha para a posição, quem registou maior média por 90 minutos (4,0), ficando Palhinha em terceiro (3,8). O jogador do Sporting foi também aquele que mais acções defensivas fez nos meios-campos adversários (2,7) e no terço intermédio (3,9), chegando a 1,0 no último terço, máximo entre médios-defensivos. E pelo ar esteve imparável… a defender e a atacar, com 76% de duelos aéreos ofensivos ganhos e 70% defensivos.

[ A extraordinária época de Palhinha na Liga ]

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A seguir surgem Matheus Uribe, e Afonso Taira. O colombiano foi o médio portista com mais desarmes (2,3) e recuperações de posse (7,7) e na posição somou 2,1 acções defensivas nos meios-campos contrários (fixou o recorde da Liga 2020/21, com nove, na recepção ao Moreirense), batido apenas por Palhinha. A sua fácil integração nos momentos ofensivos permitiram-lhe fazer quatro golos, um deles importantíssimo e que deu empate 1-1 em casa do Benfica. Afonso Taira é um jogador diferente, de menor integração em zonas adiantadas, tendo sido o tal “especialista” no desarme, jogador que destacámos no início da temporada.

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Mais à frente no terreno, Sérgio Oliveira dominou por completo, em grande medida devido aos muitos golos que marcou, nada menos que 13, tendo sido o segundo melhor marcador dos “dragões”, e somou ainda cinco assistências. O centrocampista foi o quarto com melhor média de remates por 90 minutos (2,3). E na próxima temporada poderá ter a companhia, no Porto, de Bruno Costa. O médio, que esteve emprestado pelo Portimonense ao Paços de Ferreira e foi o “motor” do futebol pacense, deverá regressar ao Dragão, onde fez a formação. E olhando para alguns números, a diferença nem é assim tão grande, excepto nos golos, com Bruno a ganhar na certeza de passe para o último terço e a equilibrar nas assistências. A terminar este trio está João Mário. Nem sempre compreendido por alguns adeptos (e até supostos especialistas) pelo seu estilo discreto, é impossível não reconhecer o papel fulcral no sucesso leonino, como mostram as 7,5 recuperações de posse, máximo entre “leões”, tendo sido o terceiro médio em dribles eficazes (2,2) e em eficácia global de passe (88%). A João Mário faltou talvez mais golo, a marcar ou assistir, para realizar uma época ao nível do seu melhor.

No capítulo dos médios, fechamos com dois benquistas. À cabeça Adel Taarabt, que roubou a titularidade a Pizzi nos “encarnados” e também entre os 33 Magníficos. O marroquino melhorou na impetuosidade com que abordava os lances, terminando a Liga como o jogador com mais recuperações de posse (9,0), e na construção tem sido mais criterioso, registando três assistências, o máximo de passes de ruptura (0,4) e o quinto registo em passes ofensivos valiosos. Falta-lhe golo, que é algo que Pizzi tem, apesar de esta época ter estado mais discreto na Liga, somente com seis, ao que juntou quatro assistências, 2,4 passes para finalização (terceiro valor mais alto), 0,3 passes de ruptura (segundo melhor registo) e 5,9 passes ofensivos valiosos (4º). Esta posição fecha com Ryan Gauld, de quem se fala poder estar a caminho do Benfica. O escocês foi o quarto em passes para finalização (2,4, ligeiramente atrás de Pizzi), e foi o terceiro na contribuição directa para golos da equipa enquanto em campo (57%), com nove tentos e sete assistências.

O Jogador do Ano num ataque de “grandes”

A frente de ataque é composta exclusivamente por jogadores dos chamados “três grandes”. À cabeça Pedro Gonçalves, o médio-centro transformado em médio-ofensivo, extremo, finalizador e tudo o mais por Rúben Amorim. Analisámos a fundo da época de Pedro Gonçalves, Jogador do Ano GoalPoint, num artigo dedicado. Destacamos sobretudo os 23 golos que marcou, que fizeram dele o goleador-mor da Liga, com a mais alta conversão de remates em golo (29%) e de conversão de ocasiões flagrantes (63%). Imbatível e uma das “eleições” mais pacíficas que tivemos.

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“Pote” ocupa nesta equipa o lado direito do ataque e é acompanhado por um benfiquista e um portista. Rafa Silva surge logo a seguir, tendo sido um dos jogadores em evidência quando o Benfica atravessava uma das piores fases, dando energia, velocidade e esticando o seu jogo. Rafa fez cinco golos e outras tantas assistências, tendo sido o jogador com mais tentativas de drible (7,3 por 90m) e mais dribles completos (4,1), ou seja, sucesso em 55%, o segundo na média de passes ofensivos valiosos (6,4) e o sexto em ocasiões flagrantes criadas (0,5). Jesús Corona, esta época usado quase exclusivamente a extremo, vem em terceiro, tendo tentado 5,5 vezes o drible, 3,8 delas no último terço, o terceiro valor mais alto. No passe ofensivo valioso também foi o terceiro melhor (6,4), um pouco atrás de Rafa por centésimas, mas ninguém bateu o mexicano no passe para finalização, com incríveis 2,8 por 90 minutos, o que permitiu ser o segundo em ocasiões flagrantes (0,6) e fechar a época com sete assistências.

[ À esquerda as 173 tentativas de drible de Rafa (a azul as 98 eficazes), à direita os 68 passes para finalização de Corona ]

Na esquerda surge o segundo repetente da época passada entre os “titulares”. Otávio mantém um nível elevadíssimo de ano para ano, registando o segundo GoalPoint Rating mais elevado da temporada, um 6.73 a morder os calcanhares a Pedro Gonçalves. O comparativo entre as duas últimas épocas de Otávio, na infografia em baixo, mostra mesmo uma evolução no luso-brasileiro, que mantém os números de acções para golo, perde um pouco no (extraordinário) ritmo com que soma acções defensivas e bem adiantadas, mas ganha em passes ofensivos valiosos, variável na qual liderou ao longo da época, com uma média de 6,8. Mais foco ofensivo, sempre com grande critério.

[ Os comparativo de épocas de Otávio e entre Everton e Díaz ]

No “banco” ficaram Everton “Cebolinha”, do Benfica, e Luis Díaz, do Porto. O brasileiro não correspondeu às expectativas em si depositadas, mas a verdade incontornável é que mesmo assim terminou com números muito interessantes, nomeadamente 15 acções para golo, mais do que as registadas pelo colombiano do Porto (11). O benfiquista foi o quarto jogador com mais tentativas de drible (6,2), enquanto Díaz tentou menos (4,8), mas completou 67%, contra 47% da “águia”. Everton foi ainda o quinto em passes para finalização de bola corrida (1,4) e o sexto em passes ofensivos valiosos (5,2).

E terminamos com os pontas-de-lança, mais uma vez dos “três grandes”. Seferovic pode ter sido o segundo melhor marcador do campeonato, com 22 golos, mas Mehdi Taremi é o “titular” nesta equipa, muito por culpa das 11 assistências que fez (máximo da Liga), às quais juntou 16 golos – tratou-se de uma contribuição para 48% dos golos do Porto no tempo que esteve em campo. O iraniano é mais do que um ponta-de-lança, jogando como poucos mais recuado, entre linhas, a servir os companheiros. Mas como bom avançado que é, foi o segundo, atrás de Seferovic (3,7), na média de remates por 90 minutos, nada menos que 3,4, liderando a Liga em enquadrados (1,5).

[ À esquerda os 82 remates de Taremi (amarelo os golos, azul os enquadrados), à direita os 92 de Seferovic ]

O suíço, dono do único 10.0 esta época, dominou nos remates de bola corrida (3,1), registando excelente taxa de conversão de remate (24%), e ficou à frente de Paulinho, que fez metade da época no Braga e a outra metade no Sporting. O valor elevado que os “leões” pagaram pelo avançado não ajudou a que a sua prestação fosse consensual entre os adeptos, mas o atacante acabou a temporada com seis golos (incluindo o do título) e outras tantas assistências, pecando nas ocasiões flagrantes convertidas (24%). Mas a sua importância e qualidade no jogo de equipa são incontornáveis.

As menções honrosas

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João Novais (Braga) 6.34 – Uma alternativa sempre muito válida no meio-campo do Braga, a Fransérgio, ou a Castro, emprestando critério no passe e perigo no remate. Fica de fora pelo critério de minutos, mas esteve bem no passe para finalização (2,1) e de ruptura (0,3).

André Castro (Braga) 6.32 – O médio regressou a Portugal e começou a época num nível elevadíssimo, a médio-centro ou defensivo, que destacámos nas nossas páginas. Uma lesão tirou-lhe grande parte da época e os minutos para entrar nos 33, mas conseguiu dois golos e três assistências, bem como média 2,0 acções defensivas nos meios-campos contrários.

Wenderson Galeno (Braga) 6.25 – A extremo ou mesmo a fazer todo o corredor esquerdo num sistema de três centrais, Galeno é sempre um perigo. Acabou tapado por Otávio, Everton e Luis Díaz, mas ninguém lhe tira os 2,4 remates de bola corrida.

Diogo Gonçalves (Benfica) 6.22 – O jovem pegou de estaca na lateral-direita das “águias”, mostrando-se mais fiável que Gilberto, perante a lesão de André Almeida. Forte a atacar, fez cinco assistências, e se tivesse minutos suficientes, com este rating, entrava de caras.

Pedrinho Moreira (Gil Vicente) 6.18 – O ex-Paços regressou a Portugal para voltar a brilhar, agora no Gil Vicente. Apesar de não ter minutos suficientes para a entrada nos 33, merece destaque pela forma como liderou o Gil para uma excelente recta final de campeonato, com destaque para os 2,3 passes ofensivos valiosos.

Carlos Mané (Rio Ave) 6.16 – O Rio Ave viveu um último terço de Liga verdadeiramente penoso, mas Mané foi sempre dos melhores, com a sua nota a levar um “boost” após o 9.7 averbado na última ronda. Marcou seis golos, fez duas assistências, completou 56% das 4,5 tentativas de drible. E ainda tem um play-off para jogar.

Nuno Santos (Sporting) 6.13 – O extremo começou a época com grande fulgor e, se tivesse mantido o nível, certamente estaria nos 33. A sua nota acaba por não ser suficiente, mas fez sete golos e seis assistências.

Luca Waldschimdt (Benfica) 6.13 – Outro jogador que começou bem, a mostrar a qualidade de que vinha rotulado, mas caiu, a par da equipa do Benfica, e nunca mais se levantou verdadeiramente. O alemão termina, ainda assim, com um rating interessante, fruto de sete golos, duas assistências, 2,6 remates de bola corrida.

Pedro Trigueira (Tondela) 6.12 – O guardião do Tondela não ocupa a baliza por escassos 13 minutos… Terminou a época com melhor média de defesas, 3,7 por 90 minutos, e com 93% de saídas aéreas eficazes.

Dener (Portimonense) 6.02 – Na sétima época nos algarvios, o brasileiro voltou a ser uma voz de comando e garante de qualidade. Mesmo ocupando por vezes zonas recuadas do meio-campo, fez quatro golos e duas assistências.

Al Musrati (Braga) 6.00 – Não é por acaso que se fala do interesse de Benfica e Porto nos serviços do líbio do Braga. Al Musrati é uma presença imponente no meio-campo, tendo feito 7,1 recuperações de posse e 2,4 passes ofensivos valiosos.

César Martins (Farense) 6.00 – Fechamos com um central. César deixou o Santa Clara, não conseguiu evitar a descida do Farense, mas foi sempre dos melhores entre os algarvios, com destaque para os 68% de duelos aéreos defensivos ganhos, as 2,1 intercepções e os 6,4 alívios.

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